sábado, 20 de junho de 2009

Fisioterapia neurológica


A mobilização passiva é muito importante, mas não substitui a fisioterapia. Principalmente porque determinados movimentos são impossíveis de realizar sozinho por um lesado medular. E também porque os equipamentos de uma clínica fisioterápica são insubstituíveis e caros. E, obviamente, ninguém substitui um profissional de fisioterapia.
Porém, para nós lesados medulares, é muito difícil conseguir profissionais e clínicas especializados em fisioterapia neurológica, que é nosso caso. Os melhores fisioterapeutas dessa área estão no Sarah, destino obrigatório de quem sofre lesão medular, porém não há vagas pra todo mundo nem a possibilidade de acompanhar todos os pacientes por toda a vida.
Por isso é importante que o lesado medular procure uma forma de conseguir o acompanhamento de um fisioterapeuta, se não na rede pública, através do seu plano de saúde ou, se possível, particular. Ideal mesmo é ter plano de saúde, mas - por experiência própria - mesmo assim é difícil encontrar profissionais especializados em fisioterapia neurológica. Por ter atingido o limite de sessões do plano de saúde - ainda vou pesquisar sobre isso - e por descuido meu também, eu estava desde agosto do ano passado sem fisioterapia acompanhada, fazendo só em casa. Alguns exercícios que aprendi com os vários fisioterapeutas por que passei até hoje eu fazia com o auxílio da minha namorada. Mas, como citei acima, isto não substitui o acompanhamento de um profissional.
Voltei ao neurocirurgião que me operou, Dr. Antônio Baroni, que ficou satisfeito com a recuperação motora que apresentei, e recomendou fortemente a volta à fisioterapia, cuja falta pode até ser uma das causas das fortes dores que sinto. Fui então à busca de uma clínica, pois a última em que me tratei não possui alguns equipamentos importantes e sua localização pra mim é um pouco complicada. Liguei para o plano de saúde e peguei o telefone de algumas clínicas e comecei a marcar as avaliações. Fui na primeira, e ao ver o pedido a responsável já descartou, pois não oferecia aquele tipo de tratamento. Fui na segunda, mesma coisa. Liguei novamente no plano de saúde explicando o tipo de fisioterapia que eu precisava. Me indicaram mais três clínicas. Fui na primeira e, apesar de oferecerem a fisioterapia, me disseram que havia incompatibilidade com meu plano. Não fiquei satisfeito com a situação, mas antes de ligar no plano de saúde chorando as pitangas, marquei a avaliação na última clínica da minha lista.
No horário combinado fui com um amigo fazer a avaliação. A primeira coisa que observo é a existência de vagas exclusivas para deficientes físicos nas proximidades, e neste caso há várias vagas na região, que é onde se concentram vários hospitais e clínicas. Mesmo havendo as vagas, procuro uma que seja em uma rua com menos movimento, pois tenho que abrir completamente a porta do carro e mantê-la assim até montar completamente a cadeira e passar pra ela. Esta é mais uma dificuldade por ser cadeirante, se houver muito movimento ou for uma rua apertada, o risco é enorme.
Felizmente a clínica tem todos os equipamentos que preciso e a fisioterapeuta responsável me passou muita segurança e demonstrou grande conhecimento da área e interesse no meu caso. Semana que vem, finalmente, volto a fazer fisioterapia em clínica, e a partir de agora vou ficar mais atento, pois é minha saúde e minha recuperação em jogo.

4 comentários:

  1. Meu amigo,
    acho que aparelhagem é o menos fundamental, o importante é o conhecimento do profissional pq eles tem conhecimentos que nos com certeza nem sabemos!!!! Somos ignorantes diante destes brilhates profissionais da reabilitação!!!!!!!

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  2. Caro Alessandro,
    Reforço o que disse a pessoa acima, pois a aparelhagem é o menos fundamental. Se o fisioterapeuta for competente, ele consegue reabilitar uma pessoa com lesão medular ou outra condição semelhante, contando com uma bola e um tatame (aquela maca grande). Claro que equipamentos modernos vêm acrescentar ao tratamento, afinal, é para isso que existem tantas pesquisas em bioengenharia, e diminui muito o esforço físico do fisioterapeuta.
    Mas o que importa é que você sentiu confiança no profissional que vai te atender, e esta relaçao é de extrema importância para que se alcance bons resultados.
    Sorte à você! Sucesso na sua reabilitação!

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  3. qual e o preço de tratamentos para cadeiraantes???

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  4. Boa noite como faço p conseguir vaga p fisioterapia sou cadeirante a 33 anos e estou precisando muito.

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