sábado, 22 de agosto de 2009

Escara: todo cuidado é pouco

Três anos sem escaras, sempre com muito cuidado com as mudanças de decúbito, e um machucado devido a uma raspada na trava da porta do carro se transformou na minha primeira escara. Fui ao hospital, iniciei acompanhamento médico e troca de curativo todo dia, até que numa das trocas de curativo o esparadrapo, que foi reforçado com Benjoin, arrancou parte da pele, bem superficial.

Mesmo eu tendo muito cuidado e procurando ficar sentado o mínimo possível, o machucado do esparadrapo virou a segunda escara. Como esta era mais embaixo, evoluiu rápido e cresceu, demandando ainda mais cuidado com a posição. Deixei de ir a fisioterapia, deixei de sair de casa quase uma semana, permanecendo a maior parte do tempo de bruços, e consegui que as escaras se fechassem bastante, sumindo a parte necrosada e iniciando a cicatrização completa, até que a de cima era só casca e já estava sumindo.
Mas eis que na quarta feira passada, saindo da fisioterapia, na hora da transferência para o carro, o vilão da primeira escara entrou em ação de novo: deu um espasmo nas pernas e ralei as costas na trava do carro, onde a porta se encaixa, mais uma vez. Aí junta o movimento, meu peso e a velocidade em que eu entrava. Pelo menos não foi fundo, mas arrancou um grande área de pele e sangrou bastante. E agora, mais uma luta para fechar de novo e não virar escara. Estou colocando curativo e pomada de 12 em 12 horas e permancendo de bruços.

O problema comigo é que minhas pernas são muito compridas e o espaço para entrar no carro é sempre insuficiente. Quando tem alguém comigo já aprendi a evitar, é só a pessoa colocar a mão na trava da porta que evita machucar, mas quando estou sozinho não tem jeito. O negócio é continuar tomando cuidado, cada vez mais. O problema maior é que quanto mais machucado, mais a pele fica sensível e passível de voltar a machucar. No fim das contas, evitar as escaras é fundamental para continuidade da qualidade de vida, e muitas vezes, continuidade da própria vida.

7 comentários:

  1. Sempre aprendo algo no seu blog. Abraços.
    Vanessa Tamborra

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  2. legal,tb tenho problemas com isso ,fiquei paraplégico a quase três meses e ja é a segunda escara que sai em mim .têm mesmo que se cuidar ,se não fica cada vez pior ,abraços

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  3. tive escaras e melhora muito aplicação de gêlo em cima dela, seguidamente, assim como Agarol que é feito com base em uma alga que é cicatrizante .

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  4. Oi adorei a mensagem para nos cadeirantes quem ja não passou por essa famosa ESCARA nossa inimiga, adorei as dicas de outras pessoas e as suas tambem tenho um blog se quiseres olhar faço o convite caroldiversidadede.blogspot.com, continuarei acompanhando.
    Carol

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  5. tenho um primo e a sete anos ele é cadeirante ele vive dando escara é triste,mas vou dar essas dicas que vcs ensinaram. muito obrigada. Débora cristina de Uberaba Mg.

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  6. Realmente um problema que requer cuidados especiais! Gostaria de comentar aqui no blog de vocês sobre um equipamento que acaba de ser lançado na feira hospitalar deste ano. Tratasse de uma cama hospitalar com um sistema inovador de troca de decúbito, ou seja, a cama possui um leito dentro do outro sendo que um interno (móvel) e outro externo (fixo) e um sistema temporizado (programável) que permite o movimento do leito interno que hora sobe e hora desce, permitindo assim a troca de decúbito, não prendendo a circulação do usuário e evitando assim o surgimento da Úlcera. Posso revelar mais detalhes sobre o produto para quem interessar. Acredito que ajudaria muitas pessoas!!!!!!!

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