segunda-feira, 8 de março de 2010

Cadeirante passando raiva com ônibus

Quem tem carro não faz ideia da raiva que passa quem anda de ônibus. Quem é cadeirante então, não faz a menor ideia do que passa um cadeirante andando de ônibus. Mas ontem tive uma amostra do que é ser cadeirante, depender de ônibus, e ainda passar raiva por causa disso. Vou reproduzir aqui na íntegra o e-mail que o Thiago Helton, cadeirante daqui de BH, mandou pro blog Sem Barreiras, da minha amiga Tânia e depois ele me autorizou publicar aqui:

“A luta do meu dia a dia com o transporte público… Como sabem sou tetra C6 ha 1 ano e 3 meses. Desde o ano passado comecei a me preparar para concursos públicos, uma vez que esse era meu hobby antes de ficar “quebrado”. Na luta pra voltar a vida ao normal, consegui uma bolsa no preparatório do TJMG no cursinho do PROLABORE (menciono sem propaganda, pois é o que há no quesito acessibilidade em BH). Até ai tudo bem, matriculado num curso de qualidade comecei as aulas, no entanto dependo do transporte público adaptado pra frequentar o cursinho.
Sem fugir da história, porque é necessário contar isso, moro no 1 º andar num apartamento que esta em obras, aquelas mudanças até hoje… Aqui na minha rua só passavam microônibus e sem espaço reservado até janeiro, quando de tanto pedir e mandar milhões de e-mails colocaram 3 veículos com elevador que passam na porta da minha casa, (show de bola ônibus adaptado na porta de casa, muitos problemas resolvidos, ou não?) Na primeira semana o elevador de um dos carros já deu seu primeiro estrago, não baixava por completo, depois fomos percebendo que nenhum motorista recebeu treinamento para manusear os elevadores já teve dias que pelo fato de o motorista não saber mexer, já fui carregado em ônibus “novo”. Mais e-mails, reclamações… Sem falar na demora porque são só 3 com o elevador, o fator sorte também conta nessa linha, pois eles não seguem horário padrão para veículos adaptados…
Mas retomando a história vamos pro cursinho de ônibus eu e meu pai (na hora do desespero só ele aguenta carregar).
Hoje de manhã foi o cúmulo, manha chuvosa, vamos pra aula, o concurso esta chegando, fico no hall do prédio coberto e meu pai no portão esperando pra sinalizar, incrivel que hoje, em 5 minutos veio bonitinho de elevador, (ja esta suspeito), saí na chuva rápido pra entrar no onibus, o elevador baixou entrei e meu pai ainda colocava o cinto de segurança na cadeira enquanto o motorista penava pra recolher o elevador. Mais uma vez deu problema travou no meio da escada, mais de 30 minutos tentando recolher pra fechar a porta do onibus. Então surge outro atrás, microõnibus sem elevador, simplesmente todos sairam pulando pelo elevador enguiçado ficando só eu no ônibus, sai carregado de novo, me molhei todo, voltei pra casa.
Olha que legal, o ônibus ficou quase 1 hora parado na porta da minha casa!!! Lutei e consegui o ônibus, mas não era pra ficar estacionado na minha casa né? Parecia até particular…
A bendita linha é a 1950 do DER-MG.”
O Thiago tirou também fotos do elevador travado:
Que dureza, heim Thiagão? Mas não perde as esperanças não, pelo menos tem buzão adaptado né? Agora, imagina no interior, onde o jeito é carregar na charrete? Vamos ver se a BHTrans dá uma melhoradas nesses carros aí. Força garoto!

12 comentários:

  1. O pior é que o problema dos onibus adaptados não é privilégio de Bh.Também coloquei no meu bloguito falando sobre os onibus aqui.Aqui nós esperamos 11 onibus passar até aparecer 1 adaptado.É fogo... :(

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  2. Ainda não passei por isso, mas sinto que estou chegando perto, embora eu esteja em São Paulo, aqui as situações não são muito diferentes.
    O pior é que temos que encarar né, não tem jeito.

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  3. Enquanto os governantes não entederem que toda e qualquer adaptação, inclui ai treinamento de pessoal, que fizer para dar acesso aos serviços públicos é UM DEVER dos políticos e não um favor para nós deficientes (8 anos de luta), continuarémos presos em casa.

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  4. brincadeira como esses governos não estão nem aí para a inclusão!!! Me diga se isso é inclusão!!!!

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Vamos continuar protestando, mandando milhares de e-mails, ligações, reclamem sejam muito chatos!! É DIREITO NOSSO! Coloquem a cara a tapa, se todos cadeirantes começarem a sair de casa será O CAOS PÚBLICO imaginem...
    A luta é essa... estou nela ha 1 ano e vou brigar mesmo!!!

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  7. Na minha cidade, parece que só tem eu de cadeirante (moro em São João del Rei-MG) e a linha de ônibus, que passa em frente de casa, é praticamente toda ela adaptada, blz né? Nada ta tudo estragado pelo mesmo motivo do citado no post, nem motorista nem cobrador sabe operar o elevador, ja liguei muito na empresa responsável, fui super bem atendido, mas solução que é bom nada.
    Saio de casa só com um amigo, só não tem como, absurdo!

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  8. Aqui onde moro São José dos Campos aconteçe a mesma coisa.Demorou anos pra sair a licitação de compra de onibûs adptado e quando saiu a rampa abaixava e não levantava mais.E um apito do inferno apitando na cabeça bondão lotado e parado por que não anda com a porta aberta.Todo mundo descendo do bondão e eu com cara de bobo esperando vir outro num calor do inferno e sabado voltando do trampo.Mas num desisto não sempre quando chego no ponto a mesma tiazinha que esta esperando o mesmo bondão fala:-Hoje num vai quebrar não né fio!!!rsssss...

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  9. Já passei "zilhões" de situações embaraçantes por causa de ônibus! O elevador se já não está estragado qdo o bus passa, estraga quando vc entra e aí dá aquele frio na espinha, pois parece que os outros passageiros vão se juntar pra te dar uma surra!!! (rsrsrs...) Mas acho que na maioria das vezes, o bus não está estragado; acho que a maioria dos trocadores e motoristas não sabem operar o elevador, pois sempre é o mesmo trocador que informa o estrago, enquanto que com outro nunca há estrago!!! Pelo menos na linha que me serve, o 4034.

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  10. nossa falta de respeito um absurdo

    mas temos que lutar e citar nossas condições..........

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  11. É tenso. Tem veículos de transporte coletivo de fabricação brasileira rodando em pelo menos 3 continentes dando de 10 a 0 em modelos destinados ao mercado interno em termos de acessibilidade. Até na África do Sul os "cabritões" de motor dianteiro mais novos são no mínimo equipados com elevador, enquanto em locais com pavimentação decente aqueles modelos de motor traseiro e piso baixo prevalecem.

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