segunda-feira, 30 de maio de 2011

Essa M3...

Daqui a pouco eu caio pra trás
Não gosto de ficar falando mau, mas essa minha cadeira está começando a me irritar. Agora o que quebrou foi o encosto. Tá certo que sou grande, mas não gordo. Tá certo que peso quase noventa quilos, mas diz a fábrica que a cadeira aguenta usuários de até cem quilos. Então porque tanta coisa quebra?
Pior que para arrumar vou ter que deixar a cadeira numa loja especializada daqui de BH por dois dias, e usar a jangadinha (minha velha cadeira X) para rodar por aí. Fazer o que, né? O cara que arruma comentou que a solda é muito fraca para o peso que ela aguenta (me chamou de gordo). Mas disso eu já sabia, o Jhony, outro cadeirante daqui de BH que também tem uma M3 e conheci há alguns meses no Sarah, mostrou o mesmo problema, no mesmo lugar. Se pelo menos esse povo todo reclamando servir para a Ortobrás melhorar o projeto, outras pessoas não passarão essa raiva. Afinal, minha cadeira tem só um ano e meio de uso. E isso porque essa é a "melhor " cadeira nacional. Apesar de que já vi uma tal de Q7 da Ortomix que se diz mais leve, e parece ser muito boa. Só vendo pra crer...

Eles são diferentes e deram certo

Esse é o título da reportagem especial para o dia dos namorados que o IG fez e contou com minha participação (e da digníssima). Muito legal a matéria, focando como pessoas diferentes ou distantes enfrentam tudo para ficar juntas. Ah, o amor...
Demos a entrevista por telefone e depois veio aqui em casa um fotógrafo muito gente boa tirar fotos nossas para o site. Parabéns a eles pelo profissionalismo e qualidade! Vejam aqui a matéria.

Backflip em cadeira de rodas

A Gi (não a minha, uma amigona de Viçosa) me mandou o link desse vídeo aí me desafiando para saltar numa dessas, já que gosto tanto de adrenalina. Respondi na lata: traz a rampa! Sério que eu teria coragem, com treinamento, claro. Afinal, é por causa da danada da adrenalina que eu estou numa cadeira de rodas. E olha que antes de virar cadeirante eu falava que a única droga que eu precisava era adrenalina. E é uma droga tão perigosa quanto a cocaína, ou talvez até pior. E vicia mesmo.
Eu sempre busquei esportes radicais, sempre dirigi como um louco e sempre curti fortes emoções. Fiz paraquedismo, acrobacia com jet ski, pilotava kart, pilotava moto, e a maior loucura: descia montanhas de bike na maior velocidade possível. E sempre aumentando esse possível. Isso me rendeu uma bela lista de acidentes. E alguns ossos quebrados (incluindo a vértebra T2). E num belo dia esse vício me levou a 140 km/h numa moto de 600 cilindradas. E eu estava só começando a acelerar (meu recorde é 206km/h em moto). E deu no que deu: um trator vinha saindo e na frenagem a moto capotou e voei, caindo de cabeça no chão, explodindo minha querida T2.
Claro que me arrependo do que fiz, mas vício é incontrolável. Você sabe que faz mal, ou que pode morrer, mas não dá evitar. E quase me custou a vida, mas em compensação senti emoções intensas e tive experiências fantásticas. Mas não precisava me arriscar tanto. Há formas mais seguras de liberar a adrenalina.
Hoje não me considero mais viciado em adrenalina. Mas estou prestes a viver mais uma aventura: um salto de parapente. Combinei de saltar no próximo domingo de manhã, se o tempo estiver bom, na serra da Moeda, perto de BH. Contarei mais detalhes aqui depois.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Siena Essence 1.6 16V Dualogic

Mais um post em que a Automax nos brinda com a avaliação de um carro de altíssimo nível e super adequado para cadeirantes: o Siena Essence 1.6 16V Dualogic 2012. Um carro completo com um dos maiores porta malas da categoria, com 500 litros de capacidade. Espaço mais do que suficiente para qualquer tipo de cadeira manual.
Para quem não gosta de perua e prefere um carro mais sóbrio, esta é a melhor alternativa ao Palio Weekend Adventure, na minha opinião. O espaço interno é o melhor da categoria e eu já elogiei aqui, mas desta vez posso provar com a foto acima: mesmo eu tendo 1,04m de perna dá para perceber como elas ficam folgadas embaixo do volante, sem contar que o volante tem regulagem de altura, o que pode melhorar ainda mais o espaço. O porta malas, como eu disse, é gigante, cabe a cadeira com as rodas e ainda sobra muito espaço.
O carro é extremamente confortável, já vem com direção hidráulica, vidros elétricos dianteiros com "one touch" e vem com muita tecnologia embarcada, a começar pelo computador de bordo, que dá informações importantes como consumo médio e consumo instantâneo, distância percorrida, velocidade média e tempo de percurso, e ainda são dois, A e B, a gente pode zerar um e o outro continua contando. Vem também com Mycar Fiat (que gerencia várias funções no visor digital), follow me home (acende os faróis por até três minutos para auxiliar no desembarque) e até alerta de limite de velocidade, muito útil nessas ruas cheias de radares. 
Mas teve uma coisa que me impressinou muito nesse carro: a beleza do painel. Tem conta giros e visor digital, e a Fiat está usando uma cor meio dourada, que dá um tom sofisticado ao interior, muito bonita.
O motor é o novíssimo 1.6 16V flex e-Torq, que entrega 117 cv de potência com etanol, que leva esse carrão com tranquilidade em qualquer subida e garante ultrapassagens seguras na estrada. Aliado ao motor está o câmbio Dualogic, aperfeiçoado, que faz o trabalho duro de trocar as marchas e ainda economiza combustível.
O preço do Siena para deficiente impressiona: cai de 42.590,00 para 30.646,05. É gente, taí um carrão belíssimo e confortável, que deixa qualquer um, deficiente ou não, bonito na fita! Quem quiser ver o orçamento completo da Automax com todos os dados do carro é só clicar aqui.
Published with Blogger-droid v1.6.9

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Acessibilidade no interior 2

A fachada da nova Abadágio
Mais uma vez tive a oportunidade de avaliar locais acessíveis em Viçosa, cidade que morei por muito tempo e ainda guardo no coração. E desta vez fui até homenageado, com direito a ter meu nome atribuído a um banheiro! Não é ainda uma rua ou praça, mas fiquei muito honrado quando me contaram que aquele era o banheiro do Sam! Um banheiro novinho, todo adaptado e exclusivo para deficiente, no novo galpão das confecções Abadágio, dos meus queridos amigos Cláudio e Aninha.
Porta larga, barras na parede e pia sem armário
É muito legal ver que eles se preocuparam com inclusão, afinal de contas sempre pode aparecer um cliente cadeirante, né? Claro que ter um amigo cadeirante foi importante para a decisão de construir um banheiro adaptado, mas não fundamental, pois geralmente vou a Viçosa nos fins de semana, e vou direto para a casa deles (pra tomar uma cervejinha, claro). E o que acho bacana é perceber como as pessoas estão cada vez mais preocupadas com a acessibilidade. Se eu servir para mudar a cabeça de duas ou três pessoas já me sinto realizado.
Aproveitei para conhecer (ou melhor, re-conhecer) um bar/restaurante adaptado na cidade, o Pau Brasil. Me contaram que o proprietário tinha colocado rampa pra todo lado para tornar o lugar acessível e achei o sábado à noite ideal para conferir. Engraçado que nunca imaginei que pudessem adaptar aquele bar, pois são dois lances de escada esprimidos na entrada, mas não é que ficou bom?
Rampa para a rua e para o resturante
Lá dentro fizeram outra rampa para a parte superior do restaurante. Mas pecaram no banheiro. Além de ter um pequeno ressalto (mini-degrau, eu diria), não cabe uma cadeira de rodas no que seria o banheiro para deficiente, dentro do masculino. E nem tem barras de apoio na parede. Num aperto, dá pro cara passar pro vaso, empurrar a cadeira para fora e fechar a porta, mas precisava desse malabarismo?
Mas foi uma noite agradável, lá tem música ao vivo, os garçons são muito educados e pedimos um caldo de feijão que estava uma delícia, combinou com o friozinho. E a cerveja estava geladinha!
Mesmo assim ainda passei uma raiva. Na saída, tinha um carro parado bem em frente à rampa, é mole? Mas não me fiz de rogado, pedi a Gi para ver se achava o dono, e ela foi mais abusada ainda: pediu para o cara que estava tocando falar no microfone. Eu ouvi lá de fora "dono de um gol preto, seu carro está em frente à rampa de acesso". Dali a pouco apareceu o cara se desculpando e tirou o empecilho do caminho. Não precisava ter passado essa vergonha, né? Mas é bom que aprende: rampa de acesso tem sua função!
Curtindo o frio de Viçosa
Outro flagrante de acessibilidade no interior: quando passava por Piranga, no caminho para Viçosa, percebi que na praça central da cidade eles fizeram rampa de acesso e colocaram até corrimão! Belo exemplo para outras cidades, grandes ou pequenas.
Já posso ir pra praça ver a banda no coreto!

domingo, 22 de maio de 2011

Dúvidas sobre o câmbio automatizado

Ultimamente tenho recebido muitas dúvidas de leitores do blog sobre o câmbio automatizado. Como tenho um carro com este câmbio há três anos, já dirigi vários modelos, automáticos e automatizados, e sempre pesquiso muito sobre carros, dou aqui minha opinião.
Em primeiro lugar, o automatizado troca as marchas sozinho, assim como o câmbio automático, e tem a vantagem de possibilitar ao motorista reduzir ou aumentar a marcha se achar necessário. Mas no caso de reduções, há ainda o recurso chamado "kick down", basta dar um "toquinho" no acelerador para que o sistema reduza automaticamente. Não é difícil e não oferece riscos.
Segundo, os trancos que muita gente reclama, não incomodam, e depois que a gente pega a manha eles somem. Basta saber dosar a aceleração de acordo com a necessidade do motor e dar uma pequena aliviada no acelerador quando o sistema troca marchas. Parece complicado, mas é questão de costume, eu nem sinto que faço isso, e quem anda comigo nem percebe as trocas de marcha.
Mas a maior dúvida que recebo é em relação às paradas nas subidas. As pessoas tem receio que o carro volte muito quando se para em uma subida, já que o sistema não freia automaticamente o carro, como faz o sistema automático. E como precisamos acelerar e freiar com a mão, o povo tem medo de não conseguir freiar a tempo, ou pior, não conseguir soltar o freio e voltar a acelerar em tempo hábil depois, sem deixr o carro voltar. Mas isso é só impressão, o carro não volta praticamente nada nestas situações. Nunca fiz o teste, mas acredito que eu seguro um carro automatizado numa subida bem mais rápido do que em um carro automático. O fato de acelerarmos e freiarmos com a mão não significa que temos menos reflexo. Acho que é até mais fácil, pois a maior parte das pessoas tem muito mais destreza com as mãos do que com os pés. Para se ter uma ideia, eu dirigo com as pontas dos dedos, e meu carro não volta nem dez centímetros em uma subida. Geralmente volta zero (tá, alguns milímetros deve voltar).
E tem gente que tem dúvida até sobre a potência e desempenho do carro, se há alguma alteração ao se optar pelo automatizado. E minha opinião é que sim, há alteração. Para melhor. O automatizado gerencia as trocas de marcha com mais precisão e aproveita mais a potência do motor. E alguns modelos tem até um botão "Sport", que estica mais as marchas e auxilia nas ultrapassagens. Este é outro ponto que gera dúvidas, segurança em ultrapassagens. E ele ajuda com essa tecla, ou fazendo um "kick down" antes de ultrapassar. Eu nunca passei perrengue em ultrapassagens.
Mas a maior vantagem do automatizado, na minha opinião, é no bolso. É mais barato do que o automático, é mais barata a manutenção (quando dá) e economiza combustível. Meu carro tem motor 1.8, da Powertrain, que na verdade nada mais é que o motor que a Chevrolet usava nos Monza melhorado (e tem fama de beberrão). E apesar do carro ser pesado, no computador de bordo A, que não zero há um bom tempo e está com dois mil e tantos quilômetros, a média de consumo é 10,1 km/l (75% cidade e 25% estrada). Excelente para um carro deste porte, considerando ainda que minha mão é pesada, acelero muito na estrada.
O Dualogic até hoje só me trouxe alegria
Enfim, recomendo fortemente optar por um carro com câmbio automatizado, dificilmente a pessoa irá se arrepender. E não vai querer saber de outra coisa.
Obs.: O Ministério dos pedestres e outros motoristas adverte: o que relato aqui depende da destreza e experiência do motorista. Se a pessoa dirige mal, deve treinar muito em auto escola antes de dirigir qualquer tipo de carro.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Hotel Villa Bela em Gramado

Meu amigo Gregori Iochpe, de Lages/SC, me enviou um relato sobre sua experiência em um hotel em Gramado que impressiona pelo grau de acessibilidade. Ele chamou a atenção para um ponto muito importante, que nós cadeirantes muitas vezes não percebemos quando falamos em acessibilidade: que o termo engloba outros tipos de inclusão, como de cegos, surdos e outras deficiências. Já que sempre buscamos nossos direitos de acesso, vamos incluir outros excluídos! Vejam o relato:
"Como é bom ser surpreendido positivamente, foi o que aconteceu comigo neste fim de semana na Serra Gaúcha.

Após preparar a viagem por duas semanas, minha esposa encontrou um hotel com quarto adaptado para cadeira de rodas, porém, devido à minha desconfiança de que o quarto era realmente adaptado, solicitei as fotos do banheiro para ver se realmente a cadeira poderia entrar. Pode parecer um pouco de exagero de minha parte, mas aconteceu duas vezes comigo, uma em Porto Alegre, no hotel Ibis, do Moinhos de Vento, e outra no hotel Villa Vergueiros de Passo Fundo, de falarem que o quarto era adaptado e que já haviam recebido cadeirantes e ao chegar nos referidos havia degrau no box e para transferir para cama tinha que ir caminhando.
Em resposta a minha solicitação, a atendente do hotel enviou uma mensagem dizendo que o hotel é o único da américa latina a possuir o certificado do Instituto Pestalozzi de acessibilidade total, fiquei surpreso e empolgado para ver o que de diferente o tal certificado oferecia.
O selo de acessibilidade tem até placa!
Depois de três horas e vinte minutos de viagem chegamos, eu, minha esposa, e meu filho Gustavo de 3 meses, ao hotel. Para minha grata surpresa o manobrista já sabia como tirar do porta malas e montar a cadeira de rodas, ofereceu ajuda para sair do carro de uma forma tão natural que parecia que ele tinha algum familiar com problemas de locomoção.
Na recepção do hotel, ao invés dos balcões altos, no quais nós cadeirantes temos dificuldades de preencher os documentos, havia mesas com atendentes capacitadas a atender pessoas com as mais diversas necessidades (cegos, surdos e dificuldades de locomoção).
Estava tudo muito bom por enquanto, mas e o quarto, como seria? E o banheiro, daria para escovar os dentes na pia ou teria que escovar em um copo de água, como já aconteceu em outras vezes?
Fomos acompanhados até o quarto e então notei que o hotel realmente oferecia um diferencial. Vejam a foto do banheiro:

Isso que é banheiro adaptado

Além do banheiro ser adaptado, o cadeirante não precisa levar sua cadeira de banho, pois o hotel disponibiliza cadeira higiênica com rodas grandes, dando mais liberdade e espaço no porta malas do carro.
Outra coisa que me chamou atenção foi a quantidade de famílias com bebês no hotel, parece que o negócio no hotel é andar sobre rodas, então fui perguntar para a gereência do hotel o porquê de tantos papais novos como eu, e a resposta foi bem simples, todos os locais do hotel estão acessíveis a cadeira de rodas e carrinhos, facilitando a vida das mães.
A piscina e a sauna do hotel tem rampas e chuveiros aptos a receber portadores de qualquer necessidade especial, foi o único lugar sem ser o hospital Sarah de Brasilia que vi tamanha disponibilidade ao portador de deficiência.
Notem a cadeira de elevação que sobe e desce o cadeirante da piscina.
Mas a viagem guardou uma grande lição para mim, hotel acessível não é aquele que não tem escadas e portas estreitas, mas sim aquele em que qualquer pessoa com qualquer necessidade especial possa ir e vir sem restrições:
- Elevadores em Braile e que falam o andar aonde esta parando.
- Cardápio em Braile
- Telefones para surdos.
- Atendentes aptos a falar com um deficiente sem parecer que estão falando com um extraterreste, são coisas tão importantes e nos fazem sentir seguros de que a estadia vai acontecer de forma natural.
Para quem quiser ver as fotos do hotel, aqui vai o site: http://www.hotelvillabella.com.br/"

terça-feira, 17 de maio de 2011

Central de Comandos Elétricos da Guidosimplex

A Hélio Adaptações nos brinda com um post sobre a Central de Comandos Elétricos da Guidosimplex, um equipamento que pode ser instalado em qualquer carro e permite ao motorista controlar todas as funções importantes do veículo em um único controle. Pode ser instalado do lado direito ou do esquerdo, e é indicado para quem não tem uma mão ou um braço, ou para quem quer praticidade e segurança sem precisar tirar a mão do volante para nada.
Nele você controla acendimento de faróis (farolete, farol baixo e alto), limpador de para brisa (dianteiro e traseiro), esguicho de água no vidro, buzina, setas e pisca alerta, e ele ainda se ilumina à noite para ajudar a enxergar os comandos. Muito bacana e prático, e como é instalado junto com um pomo giratório, o motorista pode acionar os comandos até durante uma curva, girando o volante. Um equipamento muito importante para garantir mais segurança no trânsito. Quem quiser mais informações, é só clicar no banner da Hélio Adaptações ali do lado ou ligar para (31) 2526-1569.
Mas ninguém melhor para demonstrar o equipamento do que um técnico especialista da Guidosimplex que veio diretamente da Itália para instalar em um Linea que foi pra Reatech deste ano. Com vocês, Antonio Pati (com um inconfundível sotaque italiano e com auxílio do Leonardo na explicação):

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A novela da compra do carro... de novo - parte 2

Há uma semana estive no Detran (Rua Bernardo Guimarães, 1468) para saber se precisaria fazer outro laudo médico para pedir as isenções. Felizmente o Jeferson, que me atendeu com muita presteza, disse que não seria necessário, bastava pagar uma taxa (pouco mais de dez reais) e aguardar 30 dias. Achei o prazo meio puxado, afinal era só validar meu antigo laudo, mas ele me explicou que teria que passar por várias assinaturas, por isso a demora, mas pediu que eu ligasse toda semana para ver se já havia chegado. Fazer o que né, vou ligando...
O próximo passo foi levar a documentação que eu já havia imprimido e xerocado na Secretaria da Receita Estadual (Rua da Bahia, 1816) e me surpreendi com a eficiência e rapidez. Peguei uma senha preferencial e esperei cinco minutos. Apresentei os documentos, já esperando que seria solicitado o laudo do Detran e para minha surpresa não foi preciso! O atendente pegou o número do meu processo anterior e entrou com a documentação nova, e disse que em cinco dias ficaria pronto. É mole? Já achei que tinha pedido o laudo médico à toa, mas no dia seguinte descobri que não.
Faltava o último passo, levar a documentação na Receita Federal para pedir a isenção de IPI. Como a sede da RF é na Afonso Pena, pedi a Gi para levar pra mim. Mas como sou adepto da Lei de Murphy, descobri mais tarde que não é lá mais que leva os documentos. Mudaram para o escritório da rua Levindo Lopes, 357. Felizmente essa rua é bem ao lado de onde trabalho, é só virar a esquina. E lá fui eu levar os documentos no dia seguinte. E o prédio tem acesso, claro.
Me informei no térreo e subi para o 12º andar. Lá esperei uns minutinhos e fui atendido. Mostrei os documentos que eu tinha e a moça não quis nem receber. Disse que o principal é o laudo médico do Detran, que sem ele nem adianta, eu iria ficar com pendências. Mesmo eu insitindo que preferia já entrar com os documentos e depois resolver as pendências, ela insistiu que era melhor trazer o laudo, mesmo que fosse o antigo, pois talvez serviria. Acontece que deixei a última cópia no Detran para conseguir a nova via... Bem, semana que vem ligo pra lá para ver se ficou pronto. Duvido que adiantem... mas a esperança é a última que morre. O problema é quando o cara tem uma sogra chamada Esperança...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Rampa de português

É só subir um degrau para chegar na rampa...
Gente, já não uso tanto este espaço para denunciar falta de acesso, senão teria que fazer um blog só pra isso, mas dessa vez não resisti. O flagra foi feito na rua Fernandes Tourinho, 604, no Koni Store, uma casa de comida japonesa que tem uma rampa inacreditável. Ela tem até boa inclinação, tem antiderrapante para não escorregar, mas acaba em um degrau!! Como assim?
Incrédulo naquela situação, fiz questão de perguntar para os funcionários se não havia uma rampa móvel para encaixar na frente daquela ali para permitir o acesso ao lugar, mas eles disseram que não, mas se precisasse chamavam alguém lá dentro para me ajudar a subir no degrau. Aí eu poderia chegar até a rampa! Poxa gente, não acho ruim alguém me ajudar a subir um degrau ou dois quando necessário, e sei que bato muito nessa tecla, mas bastava uma rampa móvel para resolver o problema né? Pelo jeito as pessoas não pensam mesmo nos cadeirantes. Mas pelo menos para quem consegue subir um degrau eles adaptam! Fala sério... Será que custava tanto esticar um pouco a rampinha??
Quando for comer japonesa, vou em outro lugar...
Published with Blogger-droid v1.6.8

sábado, 7 de maio de 2011

Participação no programa BH Connection

Bate papo sobre acessibilidade e prazer ao caminhar (ou rodar)
Ontem participei do programa BH Connection, do canal BH News TV, canal 9 da NET em Belo Horizonte. O tema do programa foi "acessibilidade e prazer ao andar e rodar pelas calçadas e ruas de Belo Horizonte". Bem, na verdade essa é minha interpretação, mas resume bem o que foi discutido lá.
O programa contou com a participação da Maria Elisa, conceituada arquiteta que abordou com clareza a questão da falta de acessibilidade e segurança, além da poluição visual que as pessoas encontram ao caminhar (ou rodar) pelas calçadas da cidade. Ela apontou os principais problemas que enfrentamos no dia a dia, o excesso de buracos, lixeiras altas que trazem riscos, muros muito altos e cheios de arame farpado, parecendo campos de concentração. Apresentou também ideias e soluções para melhorar este quadro e propiciar mais acesso a todos e mais prazer ao caminhar.
Muito lindo esse menino na TV, heim?
Outro participante do programa foi o professor de história Ricardo Wagner, que acrescentou muito trazendo informações e opiniões sobre o tema. Mais um que compôs a mesa, com uma divertida participação, foi o Carlos Alenquer, publicitário que fez intervenções importantes e muitas vezes engraçadas. E para completar, eu, que falei sobre os problemas que os cadeirantes enfrentam no dia a dia pelas calçadas e ruas da cidade, e ainda sobre as deficiências dos transportes públicos.
E quem conduziu tudo foi o Carlos Barroso, que além de jornalista e comentarista, é poeta, e participa de uma série de eventos chamado "Terças Poéticas", que acontece toda terça feira de maio nos jardins internos do Palácio das Artes. Vale a pena conferir.
Gostei muito de participar do programa, a oportunidade de discutir um assunto importante como esse na televisão por tanto tempo - o programa durou uma hora - é uma raridade, e deve ser valorizado. Destaco aqui uma ideia da Maria Elisa, fazer uma camapanha com o tema "somos todos cadeirantes", para que as pessoas se sensibilizem com nossa situação e exijam acessibilidade em todos os aspectos. 
No site do canal BH News a programação é transmitida em tempo real, e o programa é reprisado no fim de semana, mas não souberam precisar o horário. Mas enquanto eu fazia esse post descobri que passou hoje às 20:00 hs. Amanhã vou ficar de olho de novo e vou tentar gravar.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Mais uma furada nas costas


No bom sentido, claro. Estive mais uma vez hoje no Sarah para retorno com o Dr. Gabriel, especialista em dor, e desta vez coincidiu com uma crise que estou tendo desde o começo da semana. E o veredito foi o mesmo da última vez: dor neuropática associada com estresse muscular. Ele resolveu aplicar novamente injeções de anestésicos fortes direto na coluna.
É um procedimento relativamente simples, mas delicado, já que mexe numa região importante. E tem efeito imediato, alguns minutos depois já me senti melhor. Mas dá uma moleza no corpo depois, que parece que não vou me aguentar de pé... Ainda bem que tenho a cadeira!
A foto acima é depois da aplicação, eles colocam gelo e te deixam por uns vinte minutos. Depois disso o músculo estava até duro. E não reparem na cueca de funkeiro aparecendo, tá?
Published with Blogger-droid v1.6.8

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Reportagens

Ultimamente tenho contribuído bastante com a causa da acessibilidade. Semana passada, na quinta feira, dei entrevista para a Camla Sol, focando acessibilidade e dificuldades do dia a dia de um cadeirante. À noite no mesmo dia recebemos uma equipe da TV Brasil em nossa casa, o pessoal que faz o programa Cara e Coroa (que passa às terças, 20:30), para uma matéria sobre a vida de deficientes, destacando as dificuldades enfrentadas no relacionamento a dois. Felizmente nossas dificuldades foram mais para nos acertar, a família e amigos encaram tudo numa boa.
Hoje dei uma entrevista por telefone para a revista Incluir, falando sobre os problemas enfrentadas por mim nos aeroportos que passei, destacando pontos positivos e negativos e ainda opinando sobre a preparação para os eventos que estão por vir, Copa do Mundo e Olimpíadas. O Brasil tem muito a melhorar nos aeroportos, pois são a porta de entrada no país e podem ter muito impacto na imagem do Brasil lá fora. Amanhã vou conceder mais duas entrevistas, uma para o Cláudio, estudante de jornalismo da UNI/BH e à noite vou participar de um programa da BHNewsTV, o BH Connection (às 20hs, ao vivo), sobre as dificuldades enfrentadas pelos cadeirantes nas ruas da cidade. Espero contribuir para a causa da acessibilidade, trazendo um pouco de luz para esta importante questão urbana. E me acompanhem na mídia!
Published with Blogger-droid v1.6.8

terça-feira, 3 de maio de 2011

A novela da compra do carro... de novo

Formulário de solicitação de isenção na SEF
Um dos primeiros desafios que contei aqui no blog foi da compra do carro com isenção e adaptado. Isso foi em 2008 e o processo todo demorou quase três meses. Agora, três anos depois, comecei de novo o processo de compra do carro. Não que eu esteja precisando muito trocar de carro, meu carro está com menos de 30 mil quilômetros e ainda tem cheiro de novo, é bonito e extremamente confortável. Mas não dá pra perder esta vantagem do desconto de ICMS e IPI a que temos direito. No fim das contas, vou gastar muito pouco para trocar o carro, já que posso vender meu carro por preço de mercado e comprar um zero quilômetro com as isenções.
E adivinhem o carro que escolhi... um Fiat Bravo Dualogic, que é o sucesssor do Stilo. Sou muito criterioso para comprar, faço um comparativo com itens de segurança, conforto, beleza, tecnologia, preço de revenda, manutenção, etc. E como da primeira vez, deu Fiat na cabeça. E olha que os concorrentes são barra pesada: Focus, C4, Golf, Corolla, Vectra GT. Mas é até covardia. O Bravo é o mais econômico, tem mais tecnologia embarcada, maior porta malas, projeto mais atual e é o mais bonito. Há até um ou outro quesito discutível, mas no custo/benefício não tem pra ninguém. Opinião totalmente imparcial, claro.
Mas vamos à luta. Acredito que esse ano as coisas sejam mais rápidas, e a primeira pista disso é o site da Secretaria da Fazenda de Minas Gerais, que permite fazer a solicitação da isenção pela internet. Depois é só entregar os documentos solicitados em uma das agências na cidade. Parece prático, vamos ver quanto tempo demora para avaliarem os documentos. Ao meso tempo vou entrar com o pedido na Receita Federal. Lembro que um problem na época foi que só poderia pedir isenção de ICMS depois que saísse a isenção de IPI. Já descobri que isso não é mais necessário. Portanto, está dado o "pontapé" inicial, imprimi os documentos e fiz a solicitação. Vou contando aqui as próximas etapas.
Para quem também está nessa luta, abaixo os links com informações sobre como requerer as isenções.
Receita Federal:
Secretaria da Fazenda de Minas Gerais:
https://www2.fazenda.mg.gov.br/sol/ctrl/SOL/SERVWEB/CADASTRO_001?ACAO=VISUALIZAR

Ah, e a boa notícia é que estou colocando meu carro à venda. Abaixo os dados dele:
Stilo Dualogic 1.8 flex 2008/2008 vermelho alpine 114cv
31.000 km rodados
Itens de série: piloto automático, computador de bordo A e B, vidros, travas e retrovisores elétricos, ar condicionado, porta luvas superior refrigerado, abertura de portas, vidros e porta-malas na chave, rodas de liga aro 16 (inclusive estepe), controle de tração, regulagem elétrica de faróis, follow me home, My Car Fiat.
Opcionais: Freios ABS com EBD, Air Bag Duplo Multi Stage, Alarme, Insulfilm, Bluetooth, entrada USB e para Ipod.
E a adaptação vai de graça!

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...