domingo, 31 de julho de 2011

Boas notícias sobre cadeirantes

Dá gosto ver que tem gente que luta muito em prol dos direitos dos deficientes e em busca de mais qualidade de vida para pessoas que já enfrentam tantos obstáculos. E é com prazer que divulgo aqui as vitórias e conquistas destas pessoas. Abaixo, duas boas notícias de vitórias de cadeirantes:

Mineiros na paraolimpíada escolar
Os atletas Ângelo, Rosiane e Camila e o Alexandre ao fundo
O Fábio, de Ribeirão das Neves, me contou sobre uma grande vitória do pessoal de lá: três atletas foram chamados para participar da paraolimpíada escolar que vai ocorrer em São Paulo entre os dias 26 e 31 de agosto. Eles conseguiram o convite depois de entrar em contato com a Rosana Bastos, representante do esporte adaptado do governo federal. Os atletas serão acompanhados pelo Alexandre, que já acompanha o pessoal há um bom tempo. Os meninos jogam pingue-pongue, e lá há também atletas de basquete, como contei nesse post aqui. O pessoal luta bastante e com poucos recursos e apoio.
Treinando para arrasar em São Paulo

Cadeirante será indenizada após queda no DF
O Distrito Federal foi condenado a pagar R$ 20 mil para uma portadora de necessidades especiais. A mulher caiu da cadeira de rodas e quebrou uma das pernas devido a um desnível da calçada na Esplanada dos Ministérios. A cadeirante sofreu fraturas no fêmur de uma das pernas. Ainda cabe recurso para a decisão.A mulher, Cicera da Silva, acusou o estado de ter responsabilidade pelo ocorrido. O DF alegou que o acidente aconteceu por falta de cuidados da vítima e informou que o desnível seria para facilitar a circulação de cadeiras de rodas. Apesar do argumento, a decisão foi para que o DF compense Cicera por danos morais e materiais.
A Justiça entendeu ainda que a administração Pública demonstrou descaso em relação às pessoas portadoras de necessidades especiais.
Mais detalhes, clique aqui.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Dois encostos

Não, não estou falando do meu cunhado e do meu irmão (mesmo porque é mais fácil eu "encostar" neles do que o contrário) e nem de duas entidades de Exú que estão me rondando (sai de mim, encosto!). Falo dos encostos da minha cadeira de rodas que quebrou, como contei aqui, e da minha handbike, que devolvi para a fábrica para aumentarem o tamanho.
Esse encosto aí não faz mal a ninguém
O encosto da cadeira foi enviado pela Ortobrás depois que mandei e-mail para eles contando da quebra prematura do encosto (a cadeira tinha só um ano e meio), mas fiquei sabendo que não foi novidades para eles, pois me contaram de pelo menos mais três casos idênticos, no mesmo local e com menos de dois anos de uso. Taí um feedback legal para a fábrica pensar em reforçar este local, evitando dor de cabeça (e acidentes) a outras pessoas.
Achei bacana a fábrica me mandar um encosto gratuitamente, mas faltaram dois detalhes: não veio furado, para parafusá-lo no tubo, e nem o velcro para fixar a almofada. Para resolver o primeiro, levei a um serralheiro perto da minha casa, mas mesmo furando no lugar certo não deu encaixe e não consegui parafusar. Para o segundo, a Gi colou faixas de velcro com Super Bonder, resolvendo o problema. Pior que agora ela pode falar que "colou velcro" e vou ter que concordar. kkkkk
Como estava antes - assim fica fácil me dar um pescoção
O encosto da handbike, eu havia mandado de volta para a fábrica pois ficou muito baixo e estava me dando dor no pescoço. Demorou bastante para voltar (pelo jeito a produção está bombando), quase dois meses, e fiquei sem pedalar esse tempo todo. Minha pança deve ter crescido uns cinco centímetros nesse meio tempo, agora vou ter trabalho dobrado para voltar à forma (de barril). Não vejo a hora de colocar os pneus na estrada de novo e ouvir o barulhinho da corrente girando, girando... É Gi, acho bom nunca perguntar se eu prefiro casar ou ficar com a bicicleta, senão vou sentir saudades de você... 

terça-feira, 26 de julho de 2011

Bar da Neca e Mercado Central, bons programas para cadeirantes

No último sábado, como parte das comemorações pelo cinco anos como cadeirante, e para aproveitar o habeas corpus de liberdade provisória que consegui no fim de semana (já que a Gi estava viajando), saí por volta de meio dia em busca de um boteco para encontrar alguns amigos e beber, falar bobagem e olhar pras meninas (coisa que homem detesta fazer). Passei na casa do Daniel, amigaço desde o tempo de faculdade, peguei ele e o Carlim, e fomos procurar um boteco acessível. A região em que ele mora (bairro Anchieta) tem vários botecos (BH TODA é cheia de botecos) e começamos a rodar.
Passamos por alguns lugares que até tinham acesso, mas tinha pouca mulher, ou melhor, pouca gente, e continuamos a peregrinação. Nosso próximo destino foi a rua Pium-i, reduto de botecos da mais alta estirpe (e alguns copos sujos também). A rua em si neste pedaço com botecos não é muito boa, é uma descida bem íngreme, o que dificulta sair do carro. Mas é só parar em uma das ruas transversais e ir rodando até o destino. Na esquina com uma dessas ruas, a Passa Tempo, fica o Bar da Neca, esse sim um famoso reduto de boemia e destino certo para quem quer conhecer as atrações de Belo Horizonte.
Curtindo uma gelada com os amigos
As mesas ficam na calçada, totalmente acessíveis, e para minha surpresa eles tem até banheiro para deficiente! Eu já havia estado ali antes como cadeirante, mas nem perguntei porque achei que não tivessem. O banheiro é ótimo, bem espaçoso e com tudo ao alcance. Mas devido ao pouco uso, para chegar lá o garçom teve que tirar da frente uma pilha de caixas de cerveja (se não estivessem quentes, podia deixar dentro do banheiro comigo). Foi uma tarde ótima, chegaram mais dois cumpadres da velha guarda de Viçosa, Fabrício e Marbeny, tomamos algumas e comemos tira gostos deliciosos. Destaque para a Carne de Sereno, vale a pena experimentar.
Depois do boteco, fui levar meu amigo Marbeny na casa da Fernanda, namorada dele (o habeas corpus dele venceu rápido), e no caminho ele disse que precisava passar no Mercado Central para comprar ingredientes para o café da manhã (o cara tem altos dotes culinários).
Elevadores, banheiros adaptados e piso liso, mas as rampas são íngremes
Aí me toquei que eu não ia ao Mercado Central há mais de cinco anos, já que não tinha ido nenhuma vez como cadeirante. E eu adorava passear por lá, principalmente num sábado à tarde para tomar uma cerveja e comer uma porção de fígado com jiló (é uma delícia, acreditem). E seria também uma excelente opção para avaliar a acessibilidade do lugar. Eu já havia ouvido falar que há elevadores para descer do estacionamento, que fica por cima das lojas, e também rampas para passear pelos andares mais altos.
Marbeny me indicou as melhores lojas do Mercado
Realmente o estacionamento é bem adaptado, as vagas para deficiente ficam bem em frente ao elevador. A ascensorista de lá é uma figura, já chega chamando a gente de "moço bonito" e dá uma beijoca em cada um (não se preocupem, namoradas, ela não é muito atraente). E aí a pessoa adentra o surpreendente e incrível mundo do Mercado Central de Belo Horizonte, com barracas lotadas de milhares de itens, especiarias de todos os lugares do mundo, artesanato, aquários, e muita, muita comida, de queijos a pimentas, doces a frutas. Sem contar os botecos e restaurantes. Lá se come de tudo e se encontra de tudo, é impressionante a quantidade de coisas que enchem nossos olhos (tem que ter cuidado para não ficar zarolho).
Eu sou o ponto verde perto das panelas
Foi um grande barato rever aquilo tudo, o movimento, as comidas e milhares de itens. E lá dentro é bem tranquilo para rodar, tem banheiros acessíveis e rampas para os andares superiores, mas elas são bem íngremes, só dá para subir ou descer sozinho se agarrando nos corrimões. Mas vale a pena, é um lugar único e cheio de atrações, principalmente o preço, consegue-se comprar centenas de itens a preços mais baixos do que em lojas e supermercados. Aproveitei para comprar uns presentinhos para a patroa, que ia chegar no dia seguinte. Afinal, tive que fazer uma média depois de passar o dia no boteco...

Abaixo assinado para isenção de impostos para deficientes

O Tiago Pinheiro me mandou uma dica legal para divulgar no blog: um abaixo assinado que está rolando na internet para cobrar do governo isenção de impostos de importação para produtos tecnológicos voltados para auxiliar na acessibilidade e inclusão de deficientes. Vejam o vídeo acima e depois cliquem no link abaixo para assinar o abaixo assinado.

domingo, 24 de julho de 2011

5 anos


Hoje faz cinco anos que sofri o acidente de moto que me deixou paraplégico.
Há cinco anos eu era um cara cheio de planos e expectativas, tinha uma vida muito ativa, estudava, morava na praia, viajava muito, saia todo fim de semana, namorava muito, praticava esportes...
Mas hoje... Sou o mesmo cara, só que ando sobre rodas. Ainda faço de tudo, só que com mais planejamento e adaptações. Minha vida está mais definida, encontrei minha cara metade, tenho um bom emprego e conheci um monte de gente bacana através deste blog, onde compartilho experiências e busco melhores condições de acesso para todos.
Portanto, comemoro hoje cinco anos de uma nova vida, uma nova chance que ganhei de continuar em busca dos meus sonhos e de uma vida melhor. Para mim e, porque não, para todos nós.
Published with Blogger-droid v1.7.4

sábado, 23 de julho de 2011

Shopping despreparado para cadeirantes

Domingo passado fui conferir uma dica do meu amigo Alfredo no Boulevard Shopping: uma exposição de carros antigos. Como sou entusiasta de automóveis, não podia perder.
Aproveitei que tinha levado meus sogros ao aeroporto e resolvi ir direto pra lá. Como na ida o porta malas estava cheio, não deu para leva minha cadeira de rodas, então pensei em pedir uma emprestada no Shopping, afinal todos eles têm, e neste não devia ser diferente. E esse foi meu erro: acreditar que o shopping tinha estrutura tão boa quanto os outros. Afinal, é o mais novo de BH, inaugurou há alguns meses.
Chegando lá, primeira bola fora: nas primeiras vagas para deficiente que encontrei, perto de uma das entradas, descobri que não tinha elevador, só escada rolante. Dá pra acreditar? Os caras delimitam vagas para deficiente em uma entrada sem elevador. Parece brincadeira.
Escadas rolantes e, ao fundo, vagas de deficiente. Sem rodas, claro.
E quem me contou isso foi o manobrista que chamei para pedir a cadeira. Fui direcionado para outro estacionamento para deficientes (desta vez perto de um elevador) e me preparei para o chá de cadeira que ia tomar esperando a cadeira chegar (ainda bem que estou acostumado com cadeira). Depois de uns 15 minutos apareceu outro cara numa moto do shopping informando que a Gi teria que ir lá no segundo andar pegar a cadeira e deixar um documento. Aproveito para manifestar minha indignação com esta prática, que já vi em outros shoppings, de ter que deixar um documento para buscar a cadeira. E se o cadeirante estiver sozinho? Vai se arrastando? Ou num carrinho de supermercado?
Mas regras são regras, e lá foi a Gi buscar a bendita cadeira. Mas quando ela chegou não acreditei. Olha só o que eles chamam de cadeira de rodas! 
Isso no máximo é um carrinho de rodas, afinal o cara não consegue tocar sozinho. TEM que ser empurrado. E além disso, é pequena. E muito desconfortável. Até achei que a Gi havia se enganado e pego o modelo errado, mas ela me garantiu que só tinham esse. É mole? Definitivamente, um cadeirante não deve ir a esse shopping sozinho. Vai ter que escolher outro. Nota 3 em acessibilidade.
Troco as duas por modelos mais novos...
Mas já que eu estava ali, fui pra tal exposição. Mas antes dei uma passada na loja que arrancou minha unha do dedão do pé para ver se eles mudaram a vitrine assassina. Que esperança... Tá tudo igual. Deviam pelo menos colocar um aviso: "Cuidado Cadeirantes, mantenham distância!"
Mercedes Gullwing, o Asa de Gaivota
Depois de mais essa decepção, finalmente a exposição. Gostei muito, é muito bem organizada e tem exemplares lindíssimos, inclusive uma réplica do primeiro carro do mundo, o Mercedes Wagen (na foto com a Gi). Achei muito legal uma fila de Corvettes que mostra a evolução do modelo até o início dos anos 70, com um belíssimo exemplar do famoso modelo Sting Ray, com rodas de competição e motor de mais de 400 cv! 
Mercedão cromado. No sol, cega até os guardas!
E a grande estrela da exposição, um Mercedes Benz 300C, de 1933, todo cromado. Show! Valeu a pena, apesar de tudo, recomendo. Mas leve sua própria cadeira.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Prejuízo na volta

Me despedindo da ponte
Pelos últimos posts, deu para perceber que minha estada em Floripa foi tudo de bom, o curso foi ótimo, me lembrei de vários bons momentos, sai para uma balada acessível e conheci pessoalmente minha amiga Kaká. Mas tinha que dar alguma coisa errada...
Na quinta feira, tive o último dia de curso, com uma prova no final para conseguir certificação. Ou seja, fiquei sentado o dia inteiro. E meu vôo para BH era só às 19:50. Acabei a prova pouco antes de cinco e meia, e fui para o hall do hotel dar um tempo antes de chamar um táxi para o aeroporto. Aproveitei para mudar um pouco de posição e pulei para o sofá do hall.
Pedi o táxi, que demorou um pouco, mas cheguei no aeroporto a tempo, faltando 40 minutos para o embarque. Mas no check in, me avisaram que o voo iria atrasar vinte minutos. Eu, preocupado, avisei que tinha conexão lá às 22hs, e a moça comunicou com o pessoal de lá, e eles garantiram que ia dar tempo. Fui embora tranquilo e embarquei em Floripa às 20:10. E como sempre faço, tirei a almofada Roho da minha cadeira e eles a levaram para o porão do avião.
Chegando em Guarulhos, às nove e vinte, começou o desembarque e eu, como sempre, fiquei por último. Nada contra, é o padrão de desembarque, depois de todo mundo sair é que buscam o cadeirante. Mas aí me vieram com uma cadeira da TAM (por onde eu estava viajando), e logo protestei, preocupado com minha cadeira. Disseram que ela foi despachada direto para Confins. 
Ah, e disseram também que minha conexão estava atrasada, ia demorar um pouco, a previsão era para meia noite. É mole? Eu cansado, dia inteiro sentado, e ia esperar mais duas horas e meia até embarcar de novo. Bem, como não tinha escolha, coloquei minha almofada na cadeira deles e desembarquei. Mas aí dei o grito: naquela cadeira eu não ia esperar. A alternativa deles foi me levar para a sala VIP. Apesar de começar a curtir a ideia, não era animador ficar tanto tempo esperando, sem contar que eu ainda tinha que trabalhar no dia seguinte.
Fui pra sala VIP da TAM, que é enorme, mas encontrei um sofá tipo chaise em uma das salas e me estirei nele. Lá estavam também dois casais cariocas e seus filhos a caminho de Londres. Um dos caras foi super solícito comigo e trouxe refrigerante e salgados, mini sanduíche, tudo que eu pedi. Um cara muito gente boa. Fiquei vendo TV e curtindo a salinha, e finalmente às 11:40 foram me buscar. O voo só saiu meia noite e vinte. Fui meio dormindo, chegamos em BH uma e pouco da manhã.
Saudade da minha almofadinha...
E quando pousou... veio a revelação e a tristeza. Lembrei que esqueci minha almofada Roho na cadeira do Ambulift. Ai que ódio. Tem só seis meses que a comprei. Falei com o pessoal da TAM, eles tentaram contactar o pessoal de Guarulhos e nada. O cara pegou meu telefone e e-mail, e no dia seguinte liguei pro achados de perdidos e pro pessoal da TAM, mas nada encontraram. Entrei em contato até com a ouvidoria, mas nada. Gente, pelamordedeus, se alguém ver uma almofada dessas dando sopa em uma cadeira de Guarulhos, pega pra mim?
Pior foi ir pra casa sentado no assento duro da cadeira...
Published with Blogger-droid v1.7.4

terça-feira, 19 de julho de 2011

Koisas com Ká e com S

Kaká e Sam
Agora vem o ponto alto da minha viagem a Floripa: conheci a Karla, do blog Koisas com Ká! Eu já batia altos papos com ela pela internet e ficamos amigos. Fiquei sabendo muita coisa da vida dela e ela da minha. Dou muito valor a essas amizades virtuais, a gente conhece a pessoa pelo que ela é, independente de qualquer tipo de preconceito. Mas adoro quando conheço pessoalmente, é um selo de garantia numa amizade verdadeira. E assim que fiquei sabendo que ia a Floripa a trabalho, tratei logo de combinar com a Kaká.
Cheguei na terça e combinei com a Kaká de nos encontrarmos na quarta feira a noite. E o programa não poderia ser melhor: balada acessível! Esse quesito ficou por conta da Kaká, que teve uma certa dificuldade em encontrar um lugar totalmente acessível. Havíamos combinado no John Bull, um bar de lá que eu sempre quis conhecer. Mas ela descobriu que tem escada na entrada e não tem banheiro acessível. Depois de dezenas de ligações ela descobriu que o Benvenuto Bar tem rampa na entrada e banheiro "específico para cadeirante". Sem saber direito o que isso significa, ela me consultou e eu achei ótimo, principalmente para descobrir como é esse tal banheiro.
Depois de um dia inteiro de curso, me arrumei com a maior empolgação para a balada em Floripa (ah, meus tempos...). Kaká descolou um motorista, o Rafael, primo dela, já que ela não tem costume com estrada. Na hora marcada ela apareceu no hotel para me pegar, toda metida dirigindo o carro do Rafael. Ela veio logo me cumprimentar e descobri que não é tão baixinha quanto me falava, na verdade é um pouco maior do que eu! Ah, mas eu estava sentado... rsrsrs
Em frente ao Benvenuto - vejam a rampa atrás
Eu já estava em Floripa desde o dia anterior, mas agora é que eu ia mesmo ver a ilha direito, afinal fui do aeroporto pro hotel e lá fiquei. Descemos pela Beira Mar e comecei a lembrar de mais momentos bons vividos na ilha. Passamos pelo shopping Beira Mar, e logo chegamos em frente ao prédio que minha irmã morou. Descemos mais e chegamos perto do Condomínio Itambé, onde morei. Aí pedi ao Rafael para dar uma voltinha por lá, para que eu visse de novo os lugares por onde vivi. E o cara foi muito gente boa, atendeu todos meus pedidos, passou em frente ao condomínio, foi até a Universidade, e até parou em frente ao departamento de administração, onde comecei o mestrado. Incrível como é tudo acessível, calçadas com piso tátil e rampas em todas as esquinas. Deu até vontade de dar umas voltinhas de cadeira pela rua. Foi muito bacana rever todos estes lugares e lembrar de tudo, dos últimos meses que andei, pouco antes do acidente. E percebi que o que mudou foram pequenas coisas, ainda sou a mesma pessoa, continuo curtindo a vida, só que agora adaptada.
Entrada do Benvenuto Bar
E finalmente fomos para o boteco. Chegando lá, mais uma surpresa agradável: eu já conhecia o lugar, fica no final da rua que fica a kitinete que meu irmão morou por um bom tempo (e eu também por um mês). Eu sempre curti esse bar, é uma casa de esquina e tinha uma varanda com um deck alto cheio de mesinhas com guarda sol, uma delícia para uma cervejinha de fim de tarde. Mas na época não era nada acessível. Agora fecharam a varanda e fizeram uma boa rampa na entrada (um pouco íngreme, mas "subível"). Estava rolando uma música ao vivo de qualidade, e procuramos uma mesinha na ex-varanda. Ficamos batendo papo a noite toda, o Rafael é muito gente boa e a Kaká é super divertida e animada, e descobri que temos mais uma coisa em comum: aventura na veia! Não vou contar o que, mas ela está planejando uma big aventura pra breve!
A Igreja de Garopaba: ainda vou lá conhecer!
E a Kaká levou até um presente pra mim! Ela me deu um quadro de uma artista de Garopaba que retrata a igreja matriz da cidade. Que honra! Muito carinhoso da parte dela, fiquei muito feliz! Vou colocar uma bela moldura e pendurar aqui em casa.
Como os dois não bebem, tive que beber para três...rsrs Na hora de ir embora fui conferir o tal banheiro "específico". Não tem nada demais, na verdade é bem apertadinho, mas tem tudo que é necessário, inclusive o tal "vaso vazado". Pra um boteco, está ótimo.
E assim foi uma ótima noite em Floripa, fazendo koisas que eu adoro: batendo papo, comendo tira gosto, ouvindo música e até vendo jogo:  estava passando o jogo do Brasil x Equador, que ficou 4 x 2 (antes de ser eliminado pelo Paraguai). Já deixou saudades, estou programando a próxima viagem, no fim do ano, desta vez de férias. E aguardo a Kaká aqui em BH para que eu possa mostrar as belezas de Minas, e a noite da cidade!
É muito legal a oportunidade que a internet nos dá de conhecer pessoas especiais, com as quais nos identificamos. Grande beijo, Kaká! Te espero em BH!

domingo, 17 de julho de 2011

Intercity Hotel - Florianópolis

Quando reservei o hotel que ia ficar em Floripa, frisei bem que precisava de um quarto adaptado para cadeirante. Depois, mandei um e-mail solicitando confirmação de que o quarto era adaptado, e ainda perguntei se tinha cadeira de banho. Diante da confirmação, fiquei mais tranquilo, pois já passei raiva com estes hotéis "pseudo-adaptados" que tem por aí.
Cheguei ao hotel e já gostei da entrada, tem uma porta giratória e uma comum. Mas o balcão de recepção é alto, e não tem um rebaixamento para atender cadeirantes (ou baixinhos). O atendimento foi muito bom, e fui encaminhado para o quarto, que fica no primeiro andar. Isso parece bobagem, mas em uma eventual falta de luz facilita para descer pelas escadas. Fiquei em um hotel em Vitória uma vez que o quarto ficava no quarto andar, aí faltou luz e os caras suaram para descer comigo até o térreo. Sem contar a insegurança.
O quarto é muito espaçoso, dá para rodar com a cadeira de um lado e do outro da cama. Tem uma bancada comprida, com uma ramificação onde fica a TV, e atrás fica o frigobar, que é pequeno e fica próximo ao chão, dificultando um pouco pegar as coisas nele.
Só faltou vaso para deficientes
O banheiro me impressionou. É gigante. A pia é vazada embaixo, fácil de entrar com a cadeira. Tem barras para auxiliar na transferência para o vaso, mas este não é específico para deficiente (aquele com abertura na frente) e é muito baixo, dificultando um pouco a volta para a cadeira. O box do banheiro é excelente, tem até dois chuveiros, uma ducha de um lado e um chuveirinho deslizante, ideal para deficiente, com duas barras para apoio. O banco é escamoteável e grande o suficiente para garantir estabilidade no banho. Mas identifiquei um problema deste tipo de banco: não é regulável em altura, achei difícil voltar para a cadeira. Nesses casos, costumo tirar a almofada da cadeira para ficar mais baixo.
Mas como nem tudo é perfeito, dois problemas de manutenção me dificultaram o banho: o suporte de sabonete e xampu estava quebrado, tive que usar a cadeira para isso, e o suporte do chuveiro, da barra deslizante, também estava quebrado, impedindo de usar como chuveiro mesmo.
Cabideiro retrátil
Mas teve uma coisa que eu adorei. Tinha um cabideiro retrátil no armário. Nunca tinha visto esse equipamento, ele resolve o problema de quem tem dificuldade de alcançar as roupas que ficam penduradas. Tem uma barra no meio do cabideiro, é só puxar ela que o cabideiro desce até fazer 90 graus e trava, deixando os cabides todos ao alcance. Depois de tirar ou colocar as roupas, é só empurrar de volta que ele trava no lugar de novo. Achei tão bacana que fiz até um vídeo.
Avaliando os prós e contras, dou nota nove para o hotel, do ponto de vista da acessibilidade para cadeirantes. Ficaria de novo numa boa. Mas eles tem que dar mais manutenção.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Chegando em Floripa

Bem feinho esse aeroporto heim? Parece rodoviária...
Hoje começo a contar minhas experiências na volta a Florianópolis depois de cinco anos. E vou começar pelo aeroporto. Eu já o conhecia, mas como andante, e já sabia que é do tipo "térreo", que não tem um segundo andar operante, ou seja, que recebe passageiros das aeronaves. Portanto, nada de finger (o corredor que vai até a porta do avião, tão querido pelos cadeirantes). 
Restava saber se tem Ambulift (caminhão que sobe até o avião) ou Stair-tac (aquele robozinho que sobre escadas). Este último costuma ter em todo lugar. Quanto ao primeiro, já me informaram no avião que não havia disponível (como se estivesse ocupado... sei...). Mas esse é fácil perceber se tem ou não, afinal é um caminhão nada discreto. E o segundo, fique sem saber, pois o pessoal de bordo não soube dizer, e o pessoal de terra nem sabia do que se tratava. A solução foi invocar o "Rice & Beans", ou, no popular, "Arroz e Feijão" que os caras comeram para dar conta de me carregar escada abaixo. Deviam pedir "vale-academia" para ficar fortes e aguentar os cadeirantes sem perigo (sem perigo mesmo é impossível, convenhamos).
A bela vista de quem desce de "Rice & Beans"
Chegando ao aeroporto, achei bem adequado o espaço para circulação, e as rampas tem uma inclinação suficiente para subir sem ajuda. Depois fui conferir os banheiros (e aproveitar para aliviar a bexiga). Demorou um pouco para encontrar, afinal fica ao lado de uma cabine, mas achei bem espaçoso e adaptado, com barras para todos os lados e o tenebroso "vaso vazado", com aquele buraco no meio que muita gente não sabe pra que serve - eu creio que seja para facilitar a limpeza da saída de esgoto, já que a gente não consegue dar aquela levantadinha lateral. Além disso, facilita para as mulheres fazerem o cateterismo (me corrijam se estiver falando bobagem). Mas acho as bordas muito finas, difícil de equilibrar, prefiro cadeira de banho mesmo (quando tem, claro).
O vaso vazado
Mas pra que o tablado? Será que tem show?
Mas teve uma coisa que adorei. Ao pedir um táxi, vi o sonho de consumo de um cadeirante em viagem, que além da cadeira tem malas para carregar: uma fila só de Palio Weekend! Nenhum taxista iria virar a cara para a bagagem extra nem se incomodaria em desmontar a cadeira, afinal ela vai montada. E foi tranquilo mesmo, coube cadeira e mala (ou melhor, malas, contando comigo).
Quem quer levar um cadeirante aí?? Eeeeeeuuuu!!!
E então fui para o hotel. No caminho, já estava lembrando das muitas aventuras vividas na ilha, inclusive de uma trilha de bike que fiz no morro do lado de cima da estrada, maravilhosa. E as memórias foram voltando... Passei perto da casa de uma guria que tive um caso, lembrei de uma ida ao centro para conhecer a famosa Figueira milenar, dizem que quem dá não sei quantas voltas nela garante o casamento (essa eu pulei), e finalmente, me deparei com a belíssima e histórica Ponte Hercílio Luz. Como diz um amigo meu, rolou até uma lágrima no canto do olho... Depois conto sobre o hotel e outras koisas... Ih, me adiantei!
A Ponte e o belo fim de tarde quando cheguei a Floripa!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Participação na Revista Incluir

Aquele na foto do canto ali sou eu!
Hoje recebi a edição número 12 da Revista Incluir, em que contribui para uma reportagem sobre a acessibilidade nos aeroportos brasileiros. Como conheço alguns, dei minha opinião, e elegi os piores: Vitória/ES e Cuiabá/MT. Nenhum deles tem finger (aquele corredor que chega até o avião) e nem ambulift (aquele caminhão que se eleva até o avião), mas o de Vitória tem pelo menos aquele robozinho que sobe escada com o cadeirante em cima.
Há autoridades preocupadas com os aeroportos, alguns deles já estão em obras e tem muita gente cobrando, mas o interessante notar é que todo esse movimento está baseado somente nos próximos eventos que ocorrerão no Brasil: a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Isso porque virá gente do mundo todo e tem que fazer bonito para eles. Mas porque não tomaram estas atitudes antes para atender a todos os brasileiros? Será que foi porque ninguém reclamou?? Duvido. É bem mais provável que nada foi feito até hoje porque o orçamento destas obras sempre sofreu "rombos" na hora da execução e acabaram deixando de lado a questão da acessibilidade. Mas a gente tá aí é para denunciar, né não? E amanhã vou avaliar mais um aeroporto, que já conheço de antes de ser cadeirante, mas agora vou observar do ponto de vista da acessibilidade.
Obs.: Hoje o Blog atingiu 700 seguidores!! Obrigado gente, é muito bom saber que tem tanta gente interessada no que eu escrevo. Mas tem um detalhe: o seguidor número 700 é.... a Gi, minha namorada! Dá para acreditar que até hoje ela não me seguia? Na verdade, é só aqui que faltava ela me seguir... vou ficar atento com o que escrevo... (a propósito, gatas de Floripa, amanhã estou chegando!! Provavelmente solteiro, depois que ela ler isso...)

domingo, 10 de julho de 2011

Floripa!

Belíssima e imponente, a ponte Hercílio Luz
Há pouco mais de cinco anos eu estava saindo de Florianópolis de férias do mestrado, sem imaginar a triste surpresa que aquelas férias me trariam. Na última semana, já pensando na estrada que eu pegaria na volta para a "ilha da magia" para retomar meus estudos, um trator aparece no meu caminho, causando o acidente que me deixara paraplégico. E minhas aulas jamais seriam retomadas, e eu não veria mais a belíssima ilha de Santa Catarina.
Mas felizmente a vida continuou, me recuperei, e agora sobre rodas, terei a felicidade de ver Floripa novamente! E antes do que eu planejava. Isso porque prometi pra Gi que a levaria para conhecer Floripa, e programamos tirar férias juntos no fim do ano para isso. Mas pintou um curso para fazer pelo trabalho, e estarei embarcando na terça feira! Vai ser muito bom rever a ilha e relembrar dos muitos momentos felizes que passei por lá. 
Dirigindo pela beira mar, com as turmas do mestrado, de bike e de trekking
Lembro como se fosse ontem, eu pegava a bike na cozinha, descia as escadas do condomínio Itambé e ia para a Universidade pedalando. Chegando lá, tinha um morrinho em que todo dia eu dava um salto com a bike, perto do prédio do CPGA. Assitia as aulas e ia para o "Bandejão" pegar aquele rango baratinho. Depois, ia pra casa ou para um dos gramados ouvir música tocada ao vivo por bandas universitárias. E nos fins de semana, a rotina era pesada: balada na sexta, trilha de bike no sábado, mais balada à noite, trekking domingo de manhã, programa cultural à noite - cinema, teatro, café (ou mais balada). Haja fôlego!
Fiz bons amigos por lá, mas já perdi contato com a maioria deles. Mas pelo pouco tempo que vou ficar nem dava para encontrar com o povo mesmo, sem contar que estarei a trabalho. Mas vai ser muito legal rever as belezas da ilha. E vai ser legal também observar a acessibilidade dos lugares (pelo que me lembro, era bem melhor de que em BH). Só que vai estar um frio...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Vagas alteradas no Santander

A vaga absurda que haviam feito na agência do Santander...
Gente, quando uma coisa dessas acontece, vejo que vale a pena lutar por nossos direitos. Há alguns meses, precisamente em fevereiro, meu amigo Alfredo Miranda (que tem um Scooter que avaliei),  me mandou um e-mail denunciando uma vaga para deficientes absurda feita numa agência do Santander no bairro Gutierrez (na foto acima). Publiquei aqui no blog e mandei um e-mail para o Santander reclamando, mas não recebi resposta. 
Felizmente, ontem o Alfredo me mandou outro e-mail contando que viu obras na agência e eles refizeram a vaga! Desta vez, seguiram os padrões de acesso ditados na NBR 9050 (além de regras de bom senso, né?) que tornam possível um cadeirante sair do carro sem cair em cima do jardim ou se espremer na parede. Vejam só como ficou bom!
... e as vagas novas na agência. Fizeram até uma para Idosos!
Agora sim! Tô até pensando em abrir conta lá...
Parabéns (e obrigado) ao Alfredo pela denúncia eficiente e ao Santander por atender às nossas reivindicações, e à norma, claro. A propósito, na época o Alfredo tinha me informado até as normas legais que obrigam os bancos a ter vagas especiais, mas não publiquei por um deslize: é o Decreto n° 5.296, de 02 de dezembro de 2004, que regulamenta a Lei n° 10.098/00, para, no art. 25, determinar a reserva de 2 % (dois por cento) do total de vagas regulamentadas de estacionamento para veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência física ou visual, desde que devidamente identificados.
É o mínimo, né gente?

Colunista em site

Há alguns dias o Jorge Teixeira, administrador do site Acessibilidade Total, me convidou para ser colunista do site, contribuindo com matérias relativas a acessibilidade e ao meu dia a dia. O site surgiu de um grupo de discussões no Facebook sobre acessibilidade, e é tocado por um grupo de paulistas, além de eventuais colunistas, como eu. É uma iniciativa muito bacana, que só tem a agregar na luta por mais conscientização e  um país mais acessível.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Bistrô Árabe Casa de Abrahão

No último sábado estive em um agradável restaurante para comemorar o aniversário de um grande amigo meu, Marbeny, ao centro na foto, que acabou de voltar de uma mega viagem pelo mundo. O nome do restaurante é Casa de Abrahão, nome do proprietário, que o define como um Bistrô Árabe. É especializado em comida árabe (não diga!) e tem um charme todo peculiar, com decoração típica e até "nichos" (como este acima), locais com mesas baixas, almofadas e cortinas, o que torna a experiência ainda mais marcante. Passar da cadeira para os bancos com almofadas foi fácil, mas para voltar precisei de ajuda, mas nada que uma forcinha extra na subida não resolva. 
O lugar em que ele fica é um show à parte. Encrustado entre as montanhas de Brumadinho, depois do restaurante Topo do Mundo, onde fiz meu salto de parapente, o lugar é maravilhoso. O restaurante não é tão acessível quanto desejável, tem dois degraus na porta e não tem banheiro adaptado.
Lá aconteceu uma coisa muito legal: quando o Abrahão foi nos servir, virou pra mim e perguntou: você tem um blog, não tem? Achei especialmente inesperado porque não era ninguém diretamente relacionado a algum cadeirante, mas aí ele me esclareceu que a Laura Martins, do blog Cadeira Voadora, esteve lá no início do ano e avaliou o lugar quanto à acessibilidade, e o seu Abrahão achou meu blog através do dela. Ele mesmo também é blogueiro, e no blog dele há relatos sobre os pratos que cozinha, os vinhos que serve e também registros de alguns eventos acontecidos no restaurante.
Os pratos são deliciosos, preparados com ingredientes típicos e de acordo com os maiores padrões de comida árabe. Comemos na entrada pão árabe quentinho com kibe cru e vários patês, inclusive um de abóbora picante delicioso, e depois provamos kibes fritos. Nesses últimos deu para perceber o quanto é diferente (e mais gostoso) quando preparado com bons ingredientes e temperos corretos. Para o prato principal seguimos uma sugestão do Abrahão e comemos um frango recheado com especiarias, arroz e pure de batatas. Uma delícia!

sábado, 2 de julho de 2011

Descaso com esporte para cadeirante

Outro dia eu estava no trânsito, indo para a UFMG, quando um carro emparelhou comigo e o cara gritou "e aí cara, é você que tem um blog pra cadeirantes?" Respondi que sim e o cara, que descobri que se chama Fábio, disse ser cadeirante também e seguidor do blog, e que tinha que trocar uma ideia comigo. Falei para ele me mandar um e-mail e o trânsito andou.
Depois disso mandei meu telefone e o Fábio me contou que mora em Ribeirão das Neves, município perto de BH, e que se eu já enfrento problemas de acessibilidade aqui, a situação por lá é muito pior, tanto de acesso quanto de atenção com os deficientes pelo poder público. A prefeitura de lá chegou a criar em 2007 um projeto chamado NESC, Núcleo Esportivo Social e Cultural, para incentivar o esporte na cidade, inclusive o adaptado, mas hoje ele está abandonado. 
O pessoal até se reúne toda segunda feira, com a ajuda de um funcionário da prefeitura, para praticar basquete adaptado, mas não há nenhuma cadeira própria para o esporte, utilizam a própria cadeira e não há nenhum outro incentivo para o pessoal a não ser o lugar que é disponibilizado. O poder público precisa prestar mais atenção a esses projetos, pois o esporte só tem a acrescentar na vida de quem tem deficiência e vive em cadeira de rodas, além de promover a integração possibilita uma atividade física que contribui muito para o bem estar e para a saúde.
Mas eles não estão sozinhos, na maioria das cidades não há projetos eficientes voltados para o esporte adaptado, geralmente depende de uma ONG ou das próprias pessoas que gostam de praticar esportes, que lutam muito para conseguir um espaço ou qualquer outro incentivo. Cabe a nós cobrarmos e continuar na luta por melhor qualidade de vida.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...