segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Fernando de Noronha para cadeirantes - Parte 3

O museu tubarões é muito bom
Continuando minha jornada por Fernando de Noronha, um programa um pouco mais cultural é conhecer o Museu dos Tubarões. Mesmo porque eu queria conhecer um pouco mais sobre eles antes de mergulhar junto... Fica próximo à capela de São Pedro, ao porto e ao posto de combustíveis (único da cidade). O museu tem informações interessantíssimas sobre este temido predador dos mares, que pode te deixar com menos medo dele - ou mais, dependendo do que ler. Lá descobri que o tubarão é somente o décimo animal que mais mata no mundo, e que o primeiro lugar, por incrível que pareça, é de um animal bem menor - o mosquito. Nem é tão incrível assim, afinal só no Brasil o mosquito da dengue mata gente pra caramba. Por outro lado, o Brasil é o terceiro país com mais mortes por tubarão. E Pernambuco é o estado campeão. Nada animador...

Objetos e obras de arte nos fundos do museu
Informações e temores à parte, há no museu dezenas de arcadas dentárias de tubarões, das mais diversas espécies, e esqueletos completos de algumas espécies. Algumas bocas são beeeem grandes, cabe fácil uma pessoa sentada lá dentro. Há também diversas lembrancinhas relacionadas ao tubarão, desde pelúcias a miniaturas em prata. E para completar tem um restaurante, onde servem bolinhos de tubalhau, coxinha de tubarão e outros petiscos com a carne do predador. Comi os bolinhos e meu amigo Fabrício pagou caro - doze reais - em uma coxinha de tubarão. A carne é boa, lembra um pouco a de cação. Nunca comeu cação? Sinto muito, não tenho outra comparação... Nos fundos do museu há alguns objetos de barcos e esculturas muito bonitas. No por do sol dão um efeito muito legal.
Polvo ao molho de caju do Mergulhão
Além das paisagens belíssimas e praias perfeitas, Fernando de Noronha é um paraíso turístico também para gastronomia. Há restaurantes famosos, peculiares, elaborados e caros, muito caros. Com as dicas da minha colega de trabalho Dalini, fui eliminando um por um os restaurantes indicados. O que mais gostei foi o Varanda, onde comi um delicioso bobó de lagosta, imperdível. Comi também um risoto de frutos do mar maravilhoso. Em segundo lugar, o Mergulhão, que fica bem em frente ao porto, onde comi um polvo ao molho de caju incrível, a mistura do sabor do polvo com o adocicado caju proporcionam uma sensação inédita na boca. Outro prato muito bom que comi lá foi um tartar de atum com gergelim, e a Gi comeu bobó de camarão, excelente.

Belíssima vista do restaurante Mergulhão
Um outro prato que fiz questão de experimentar por lá foi o Tartar de Atum Marinado do restaurante da Pousada Maravilha. O visual da pousada é magnífico, conta com uma piscina com borda infinita e de quebra tem a baía do Sueste ao fundo. O restaurante é aberto ao público, mas é preciso fazer reserva. Quando estive lá dei sorte de chagar cedo e nos deixaram entrar. Não é tão caro quanto pensei, mas não espere gastar menos de 60 reais por pessoa em nenhum destes restaurantes.

Vista da piscina da Pousada Maravilha
Mais uma boa dica gastronômica é o restaurante da Pousada Teiju-Açu, que é o nome de um lagarto da região. Foi lá que os noivos, meus amigos que se casaram na ilha, receberam os convidados, portanto comi vários petiscos, frutos do mar gratinados e um peixe na folha de bananeira delicioso. Esse último prato é servido também na Barraca das Gêmeas na praia da Caçimba do Padre. Fantástico. Todos os restaurantes visitados são parcialmente acessíveis, em alguns há um degrau na porta, e nenhum encontrei banheiro para deficiente. Portanto, faça as necessidades antes de sair de casa e vá de coletor de perna.

Jantando delícias no Restaurante Varanda
Mas nem tudo são flores. No penúltimo dia em Noronha, caímos em uma armadilha. Por indicação de uma fotógrafa, fomos ao restaurante mais caro de nossa visita, o Palhoça da Colina. Nos disseram que é de um chef famoso em todo Brasil e até lá fora. Fomos ansiosos para conferir as iguarias do chef, e nos deparamos com farofa pronta (sério, ele teve coragem de falar), batatas e bananas cozidas, e um atum enorme muito sem gosto. E para fechar, uma bola de sorvete Kibon para cada um. Tudo isso por apenas 120 reais por pessoa. Ai que ódio. Saímos dali e fomos para um boteco no centro tomar cerveja e rir - de raiva -  de tudo. Fiquem longe deste.
Outros restaurantes que me recomendaram e não tive tempo ($$) para visitar, foram o Zé Maria, Tribuju e Beijupirá. No próximo - e último - post sobre Noronha vou falar sobre os mergulhos que fiz na ilha! Aguardem!

2 comentários:

  1. sou feliz ao concordar com vc, quantas coisas belas temos em nosso brasil. obrigada por vc ter essa vontade de sempre nos mostrar tantas coisas, confesso que j.a viajei muito em suas postagens. sou sua fã seguidora de um longo tempo. há cinco anos fiquei cadeirante e desde q descobri seu blog consegui ver q cadeirante também é feliz, obrigada,

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    1. Obrigado Eliene, fico muito feliz quando recebo mensagens assim! Abraços!

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