sexta-feira, 28 de outubro de 2016

A tábua da salvação

Essa tábua quebra um galho!
Quem é cadeirante sabe que um dos "calcanhares de Aquiles" do dia a dia são as transferências. A gente precisa fazer transferência a todo momento, desde a hora em que acorda até a hora em que deita. É da cama para a cadeira, da cadeira para o carro, da cadeira para o sofá, da cadeira para outra cadeira... Veja no vídeo abaixo como usar a tábua. Só que, quem tem lesão alta sofre para fazer estas transferências. A ferramenta mais simples e útil que temos para auxiliar nessas transferências é a tábua de transferência. Que, na verdade, nem precisa ser uma tábua, já vi tábua de transferência feita de plástico e de acrílico.
Mas onde conseguir esta bendita tábua? No Mercado Livre? Em loja de produtos ortopédicos? É, nesses dois lugares tem - para quem quer ver no Mercado Livre, clique neste link. Mas são muito caras. A mais barata no Mercado Livre custa oitenta e nove reiais! Mas que alternativa temos? Ganhei a minha no Sarah, e é onde a maioria das pessoas que tem esta tábua ganha. Só que nem todo mundo passa pelo Sarah, e aí vem me perguntar onde conseguir a tábua. A sugestão que dou é: faça sua própria tábua. Falo para procurarem a postagem sobre a tábua no blog, pegar a foto que tirei dela e mandar fazer em uma marcenaria. Só que eu estava pensando nisso outro dia, e acho que só com base no desenho é complicado fabricar esta tábua. E este é o propósito deste post. Fiz o desenho abaixo com as medidas da tábua, para quem quiser mandar fazer, levar ao marceneiro ou ao... plastiqueiro? Quem trabalha com plástico rígido, e pedir para fazer com base nas medidas. Se for de madeira, é feita de compensado e tem um centímetro e meio de espessura. Depois é só arredondar as bordas. Explicando um pouco o desenho, ela mede 72 cm de complimento por 29 cm de largura, e as medidas dentro da tábua, que pegam no início do buraco, é para orientar onde fazer o buraco. Tentei pegar bem nas bordas do buraco para facilitar, e o buraco tem dez centímetros por quatro de largura. Espero ajudar de verdade quem tem dificuldade com transferências!
Clique na imagem para ampliar e salve em seu computador

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Nove meses dos gêmeos

Sou pai coruja mesmo, eles são lindos!!
Já contei aqui como foi o processo para termos nossos filhos, através da inseminação artificial, em alguns posts - vejam link para eles ao final deste. E quem leu sabe que, ao contrário da maioria dos casais, o desejo de ter filhos era mais meu do que da minha companheira, e sabe também como foi o processo para chegar à decisão de investir nesse sonho.
Cuidar de dois não é fácil. Mas basta um olha e um sorriso para valer a pena
Agora vou falar como tem sido nossa vida após o nascimento deles - fizeram nove meses dia 14/10 - e como tem sido o dia a dia com nossos bebês. Após o nascimento tenso deles, em que ficamos todos internados, saímos do hospital aos dezoito dias de vida deles. Fomos para casa, eles se ambientaram aos novos berços, e começamos a cuidar - com ajuda da minha mãe nos primeiros dias. Como eu estava de licença médica do trabalho, pois fiz uma cirurgia nas costas há pouco tempo, e a Gi de licença maternidade, resolvemos cuidar deles sozinhos, sem ajuda de babá, até o fim da licença da Gi. A primeira coisa que preciso falar a todos os meus amigos que me aconselharam dar valor ao sono antes dos meninos nascerem é... Vocês estavam certos! Nos primeiros meses a gente não dorme. Nos meses seguintes dorme um pouco, chega a umas três, quatro horas por noite! Tá, não é bem assim, e na verdade não posso reclamar, meus filhos dormem bem desde três meses de idade.
Segurar os dois juntos não e fácil!
Nossa rotina nos primeiros meses era assim: durante o dia, a Gi dava peito para um, trocava fralda, às vezes precisava trocar roupa, limpar, ficava no colo um pouco, e logo o outro queria a mesma coisa. Era dedicação exclusiva, trabalho durante o dia inteiro. Ao chegar a noite, combinei com a Gi que eu ficaria responsável por cuidar deles para que ela pudesse descansar. Meu turno iniciava às 11 da noite e terminava às 5 da manhã. Eles dormiam perto de meia noite, e por volta de duas, quase três da manhã, alguém começava a chorar. Aí eu levantava, trocava fralda, dava mamadeira e fazia dormir. Quando estava colocando no berço, o outro acordava, e fazia o mesmo processo. E quando acaba com o segundo, o primeiro acordava de novo. E começava tudo de novo. Interessante é que raramente os dois acordavam ao mesmo tempo. Achei que por estarem no mesmo quarto, quando um chorasse o outro acordaria e ia chorar junto, mas não era assim. Ainda bem. Quando isto acontecia de madrugada, aí eu tinha que chamar a Gi para ajudar. Ela vinha cambaleando, e cuidávamos dos dois juntos. E assim foi até o terceiro mês, quando eles começaram a dormir mais durante a noite. Aí meu turno ficou fácil... eu dormia e quando algum deles chorava eu ia lá ver e fazer o processo. Às vezes era só um chorinho bobo, como temos babá eletrônica, eu via pela tela se estava tudo bem, o choro parava e eu voltava a dormir.
Batizado dos gêmeos em Paula Cândido, terra da Gi
A Gi voltou a trabalhar no dia 1º de julho, e eu permaneci de licença médica - até hoje - pois minhas dores não diminuíram, pelo contrário, aumentaram. Decidimos então contratar uma babá para me ajudar. Demoramos três "experiências" até acertar, mas hoje estamos com uma pessoa ótima. A Gi sai para trabalhar pela manhã e ela fica com os dois, dá mamadeira, deixa eles no cercadinho brincando, e fica de olho, e quando vai fazer almoço eles ficam na cadeirinha. Eu acordo por volta de onze horas - não é preguiça, é que ainda durmo muito mal devido às dores, acordo às sete com a Gi, faço mobilização passiva e volto a dormir. Se eles ainda estiverem no cercadinho - alguns chamam de chiqueirinho, mas não acho eles tão porquinhos assim - fico no sofá, puxo para perto de mim e brinco com os dois. Atualmente eles gostam de ficar de pé segurando na beirada, eu coloco eles assim e ajudo a dar uns passinhos. Depois de algum treino aprendi a tirar eles do cercadinho e colocar, o que ajuda quando alguém fica nervoso. Também consigo tirar eles da cadeirinha e puxar para cima do sofá. Em outras atividades, dou sempre um jeito de levá-los. Quando saímos de casa sem o carrinho, eu uso o Canguru, é uma mão na roda, eles gostam de andar nele. Chega na garagem, antes de tirar e colocar no carro, fico dando voltas e girando a cadeira, eles se divertem!
Passeando no calçadão da Praia do Morro com o Max no Canguru
No dia a dia eles são muito bonzinhos. Não dão muito trabalho, aliás dão menos trabalho que muito bebê sozinho. Ficam quietinhos na cadeirinha vendo TV, se comportam bem no cercadinho. Comem muito bem, só a Anne faz uma carinha estranha a cada comida nova, mas acaba comendo. E estão crescendo muito! Aos nove meses, apesar de serem prematuros, já estão acima da média dos bebês nesta idade. A Anne está pesando 8,80 kg e o Max 8,40. Ela mede 75 cm e ele 71,5. Desde o nascimento ela é um pouco maior. Acho bom ele crescer logo, senão vai apanhar da irmã, já pensou que feio? Está avisado!
Já ficam de pé no cercadinho, daqui a pouco estarão andando
Apesar de bonzinhos, há momentos em que provocam o caos. Estão em uma fase que não param quietos, querem ficar de pé e ficam doidos para ir para o chão. Imaginem segurar dois bebês com pouco controle de tronco? Não é fácil, mas a gente dá conta. E é um ótimo exercício para o tronco. Na atual fase deles, só segurar no colo já é um exercício. Eles ficam se mexendo, tentando ficar de pé, querendo ir para o chão, e a gente tem que segurar eles com firmeza. Para não correr risco, procuro ficar próximo ao sofá ou outro lugar que eu possa me apoiar em caso de emergência. Ainda não ocorreu. Uma coisa interessante, eles já começaram a perceber que o papai é um pouco diferente. Às vezes estão na cadeirinha, no chão, e eu chego perto. Eles olham para a cadeira, depois para mim. É ótimo para a criança aprender desde o nascimento a conviver com as diferenças.
Além de tudo isto, é uma alegria muito grande poder acompanhar o dia a dia dos meus filhos, apesar de estar passando por dores muito fortes. Cada dia é um novo aprendizado, perceber eles aprendendo coisas novas, novos sabores, as primeiras sílabas e as brincadeiras diárias é muito bom. Poder dar comida a eles, carinho, colo, me faz esquecer um pouco das dores absurdas que estou sentindo. Espero controlá-las um pouco para ter forças para cuidar e acompanhá-los todo dia!

Posts sobre antes e depois do nascimento dos nossos babies!
http://www.blogdocadeirante.com.br/2015/09/paternidade-sobre-rodas.html
http://www.blogdocadeirante.com.br/2016/02/alegrias-e-perrengues.html
http://www.blogdocadeirante.com.br/2016/06/fertilizacao-na-pratica.html
http://www.blogdocadeirante.com.br/2016/03/pai-quarentao-cadeirante-de-gemeos.html

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Hotel Blue Tree Premium em São Paulo

Fachada do Blue Tree Premium Faria Lima (foto do site do hotel)
São Paulo é um dos meus destinos mais frequentes, e não é somente porque lá acontecem os principais eventos do país, nem pela diversidade cultural ou pela rica gastronomia. O principal motivo de ir tanto a São Paulo são meus três lindos sobrinhos que lá residem, e meus dois irmãos. Por isso, nunca uso hotel para hospedagem naquela cidade, prefiro ficar na casa de um dos meus irmãos, para aproveitar bem o pouco tempo com todos.
Hall do hotel, alto nível em tudo
Mas eis que recebi o convite da Iveco para cobrir o lançamento da Daily Elevittá, da qual sou garoto propaganda. E eles disponibilizaram um hotel para que eu ficasse próximo ao evento. Solicitei as adaptações necessárias e reservaram para mim o Blue Tree Premium Faria Lima, que fica na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3989, Vila Olímpia. Por ser de uma grande rede, fiquei mais tranquilo em relação às adaptações, pois geralmente seguem o padrão internacional e prestam atenção às necessidades dos clientes.
Na entrada do quarto, uma sala com sofá e TV
Ao chegar, já me impressionei bem com o funcionário que me recebeu, perguntou como faria para auxiliar o taxista a montar minha cadeira e depois perguntou se eu queria ajuda para desembarcar. Parece coisa simples, mas pouca gente faz isso, geralmente vão pegando a cadeira, segurando de qualquer jeito, ou até tentando puxar a gente para fora do carro. Perguntou também se eu queria ser empurrado, outra coisa básica. Não preciso de ajuda para estas tarefas, declinei educadamente. No balcão, achei que havia encontrado uma falha, ele é alto e não tem nenhuma parte rebaixada, mas me direcionaram para uma mesa para fazer meu check in. Tudo certo.
A cama é enorme e muito confortável
Feito o check in, me acompanharam até o apartamento, no vigésimo quinto andar. O quarto é enorme, com bastante espaço para circulação, dividido em uma ante sala, cama e escritório. A sala tinha duas mesinhas de centro, que atrapalham a aproximação da cadeira de rodas, e um sofá, muito baixo e macio. Não arrisquei me transferir par ele. A TV é visível da cama, portanto não foi necessário utilizar a sala. A cama tem boa altura, pouco acima da cadeira de rodas, e não tinha obstáculo. Me aguardava em cima da cama o programa do lançamento do veiculo da Iveco e uma sacola da Kopenhagen de brinde (hummm). O escritório fica atrás da cama, é composto por uma mesa com gavetas e uma cadeira, a mesa é bem vazada e a cadeira entra com facilidade. A vista do apartamento é belíssima, para quem gosta de prédio... Dá para ver boa parte da cidade.
Até escritório tem no quarto
Vista do 25º andar
O banheiro, como era de se esperar, era muito bem estruturado. Tinha barras para todo lado, inclusive barra móvel ao lado do vaso, que felizmente não tem aquela abertura na frente. O assento, este sim tem abertura, e esta eu acho útil, facilita a higiene. Para a lixeira, nota dez, aberta por cima porém mais estreita que a boca. No box, um banco para banho, recomendável para quem tem bom controle de tronco. Como é meu caso, utilizei sem dificuldade.
O banheiro é top, completo e com todas as adaptações necessárias
O hotel conta também com piscina, academia, sauna e área de lazer no último andar, porém como fiquei pouco tempo não tive oportunidade de conhecer. A esta altura você deve estar pensando que este hotel é caríssimo, e não está longe da verdade. Fiquei lá porque foi cortesia, não gastei nada, mas em uma busca rápida pelo Trivago, descobri a diária fica em torno de quatrocentos reais. Bem puxado, mas para quem não abre mão de luxo e sofisticação, é uma boa pedida.

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