terça-feira, 18 de outubro de 2016

Nove meses dos gêmeos

Sou pai coruja mesmo, eles são lindos!!
Já contei aqui como foi o processo para termos nossos filhos, através da inseminação artificial, em alguns posts - vejam link para eles ao final deste. E quem leu sabe que, ao contrário da maioria dos casais, o desejo de ter filhos era mais meu do que da minha companheira, e sabe também como foi o processo para chegar à decisão de investir nesse sonho.
Cuidar de dois não é fácil. Mas basta um olha e um sorriso para valer a pena
Agora vou falar como tem sido nossa vida após o nascimento deles - fizeram nove meses dia 14/10 - e como tem sido o dia a dia com nossos bebês. Após o nascimento tenso deles, em que ficamos todos internados, saímos do hospital aos dezoito dias de vida deles. Fomos para casa, eles se ambientaram aos novos berços, e começamos a cuidar - com ajuda da minha mãe nos primeiros dias. Como eu estava de licença médica do trabalho, pois fiz uma cirurgia nas costas há pouco tempo, e a Gi de licença maternidade, resolvemos cuidar deles sozinhos, sem ajuda de babá, até o fim da licença da Gi. A primeira coisa que preciso falar a todos os meus amigos que me aconselharam dar valor ao sono antes dos meninos nascerem é... Vocês estavam certos! Nos primeiros meses a gente não dorme. Nos meses seguintes dorme um pouco, chega a umas três, quatro horas por noite! Tá, não é bem assim, e na verdade não posso reclamar, meus filhos dormem bem desde três meses de idade.
Segurar os dois juntos não e fácil!
Nossa rotina nos primeiros meses era assim: durante o dia, a Gi dava peito para um, trocava fralda, às vezes precisava trocar roupa, limpar, ficava no colo um pouco, e logo o outro queria a mesma coisa. Era dedicação exclusiva, trabalho durante o dia inteiro. Ao chegar a noite, combinei com a Gi que eu ficaria responsável por cuidar deles para que ela pudesse descansar. Meu turno iniciava às 11 da noite e terminava às 5 da manhã. Eles dormiam perto de meia noite, e por volta de duas, quase três da manhã, alguém começava a chorar. Aí eu levantava, trocava fralda, dava mamadeira e fazia dormir. Quando estava colocando no berço, o outro acordava, e fazia o mesmo processo. E quando acaba com o segundo, o primeiro acordava de novo. E começava tudo de novo. Interessante é que raramente os dois acordavam ao mesmo tempo. Achei que por estarem no mesmo quarto, quando um chorasse o outro acordaria e ia chorar junto, mas não era assim. Ainda bem. Quando isto acontecia de madrugada, aí eu tinha que chamar a Gi para ajudar. Ela vinha cambaleando, e cuidávamos dos dois juntos. E assim foi até o terceiro mês, quando eles começaram a dormir mais durante a noite. Aí meu turno ficou fácil... eu dormia e quando algum deles chorava eu ia lá ver e fazer o processo. Às vezes era só um chorinho bobo, como temos babá eletrônica, eu via pela tela se estava tudo bem, o choro parava e eu voltava a dormir.
Batizado dos gêmeos em Paula Cândido, terra da Gi
A Gi voltou a trabalhar no dia 1º de julho, e eu permaneci de licença médica - até hoje - pois minhas dores não diminuíram, pelo contrário, aumentaram. Decidimos então contratar uma babá para me ajudar. Demoramos três "experiências" até acertar, mas hoje estamos com uma pessoa ótima. A Gi sai para trabalhar pela manhã e ela fica com os dois, dá mamadeira, deixa eles no cercadinho brincando, e fica de olho, e quando vai fazer almoço eles ficam na cadeirinha. Eu acordo por volta de onze horas - não é preguiça, é que ainda durmo muito mal devido às dores, acordo às sete com a Gi, faço mobilização passiva e volto a dormir. Se eles ainda estiverem no cercadinho - alguns chamam de chiqueirinho, mas não acho eles tão porquinhos assim - fico no sofá, puxo para perto de mim e brinco com os dois. Atualmente eles gostam de ficar de pé segurando na beirada, eu coloco eles assim e ajudo a dar uns passinhos. Depois de algum treino aprendi a tirar eles do cercadinho e colocar, o que ajuda quando alguém fica nervoso. Também consigo tirar eles da cadeirinha e puxar para cima do sofá. Em outras atividades, dou sempre um jeito de levá-los. Quando saímos de casa sem o carrinho, eu uso o Canguru, é uma mão na roda, eles gostam de andar nele. Chega na garagem, antes de tirar e colocar no carro, fico dando voltas e girando a cadeira, eles se divertem!
Passeando no calçadão da Praia do Morro com o Max no Canguru
No dia a dia eles são muito bonzinhos. Não dão muito trabalho, aliás dão menos trabalho que muito bebê sozinho. Ficam quietinhos na cadeirinha vendo TV, se comportam bem no cercadinho. Comem muito bem, só a Anne faz uma carinha estranha a cada comida nova, mas acaba comendo. E estão crescendo muito! Aos nove meses, apesar de serem prematuros, já estão acima da média dos bebês nesta idade. A Anne está pesando 8,80 kg e o Max 8,40. Ela mede 75 cm e ele 71,5. Desde o nascimento ela é um pouco maior. Acho bom ele crescer logo, senão vai apanhar da irmã, já pensou que feio? Está avisado!
Já ficam de pé no cercadinho, daqui a pouco estarão andando
Apesar de bonzinhos, há momentos em que provocam o caos. Estão em uma fase que não param quietos, querem ficar de pé e ficam doidos para ir para o chão. Imaginem segurar dois bebês com pouco controle de tronco? Não é fácil, mas a gente dá conta. E é um ótimo exercício para o tronco. Na atual fase deles, só segurar no colo já é um exercício. Eles ficam se mexendo, tentando ficar de pé, querendo ir para o chão, e a gente tem que segurar eles com firmeza. Para não correr risco, procuro ficar próximo ao sofá ou outro lugar que eu possa me apoiar em caso de emergência. Ainda não ocorreu. Uma coisa interessante, eles já começaram a perceber que o papai é um pouco diferente. Às vezes estão na cadeirinha, no chão, e eu chego perto. Eles olham para a cadeira, depois para mim. É ótimo para a criança aprender desde o nascimento a conviver com as diferenças.
Além de tudo isto, é uma alegria muito grande poder acompanhar o dia a dia dos meus filhos, apesar de estar passando por dores muito fortes. Cada dia é um novo aprendizado, perceber eles aprendendo coisas novas, novos sabores, as primeiras sílabas e as brincadeiras diárias é muito bom. Poder dar comida a eles, carinho, colo, me faz esquecer um pouco das dores absurdas que estou sentindo. Espero controlá-las um pouco para ter forças para cuidar e acompanhá-los todo dia!

Posts sobre antes e depois do nascimento dos nossos babies!
http://www.blogdocadeirante.com.br/2015/09/paternidade-sobre-rodas.html
http://www.blogdocadeirante.com.br/2016/02/alegrias-e-perrengues.html
http://www.blogdocadeirante.com.br/2016/06/fertilizacao-na-pratica.html
http://www.blogdocadeirante.com.br/2016/03/pai-quarentao-cadeirante-de-gemeos.html

6 comentários:

  1. Parabéns pela coragem e alegria que estão enfrentando essa fase de desenvolvimento dos bebês!!!

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  2. Sam,parabéns pra vc e a Gi! Pelo amor, união, companheirismo e pela linda família de vocês.
    Também sou mineira, nasci em Lavras, morei em Contagem e viemos pro Rio de Janeiro quando eu tinha 6 anos.
    Adoro seu Blog do Cadeirante ♿ e sempre peço por vc e sua família em minhas orações.
    Tenho polineuropatia, ando, mas só distância curta e recebi minha cadeira motorizada Ottobock B400 pelo SUS, através da AFR(Associação Fluminense de Reabilitação).
    U abração bem apertado pra vc e pra Gi e beijinhos na Anne e no Max🙏😚

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    1. Obrigado Erika, de coração. Parabéns pela cadeira, é uma luta conseguir. Beijos para você, feliz ano novo!

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  3. Feliz Ano Novo pra você também! Beijos 🙏💋💋

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  4. Nossa como seus pequenos estão lindos! que Deus abençoe sempre , desejo muito constituir minha família também.
    Quero compartilhar um acontecimento com você.... meu namorado e eu agora somos "Noivos" mais um paço perto do tão desejado casamento, e você e sua esposa são nosso exemplo de vida, por é transparente que você tem fé e garra e por isso Deus está lhe dando tudo aquilo que seu coração deseja!
    Deus abençoe Sempre!

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