quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Especialistas defendem uso do cateter hidrofílico

Cônsul Geral da Dinamarca, Eva Bisgaard Pedersen
O Consulado Geral da Dinamarca em São Paulo, em parceria com a Coloplast, promoveu o workshop “Cuidado em Saúde Urológica para Lesados Medulares. O evento contou com a participação de médicos da Sociedade Brasileira de Urologia, lesados medulares que fazem o procedimento de esvaziamento da bexiga, enfermeiros estomaterapeutas, políticos e entidades parceiras.
A Cônsul Geral da Dinamarca, Eva Bisgaard Pedersen, mostrou aos participantes como a Dinamarca trata os lesados medulares. Desde o início da década de 90, novo protocolo de tratamento oferece aos pacientes dois centros especializados, um no oeste do País e outro em Copenhagen. Além de tratamento, as entidades colaboram na inclusão social. Mais de 50% dos lesados medulares trabalham. O cateterismo intermitente é o método adotado na maioria dos casos.
O Diretor-Geral da Coloplast do Brasil, Everson Soares, disse que a empresa desenvolve produtos para pacientes que precisam de cuidados íntimos, desde 1957. “Neste ano, no Brasil, já atendemos mais de 12mil pacientes no Programa Ativa “, destacou. A enfermeira estomaterapeuta Gisela de Assis falou sobre a introdução ao cateterismo intermitente e cateter hidrofílico e o urologista José Carlos Truzzi, da SBU, desmitificou o esvaziamento da bexiga. Os profissionais de saúde explicaram que o cateter hidrofílico oferece menos chance de infeção, de hospitalização, evita sangramento e estreitamento da uretra. “O cateterismo intermitente traz independência e socialização ao lesado medular”, afirmou o médico.
Em 1990, o policial militar Alexandre Miragaia foi baleado e ficou tetraplégico. Sem orientação e com pouco contato com outros cadeirantes não sabia que precisa fazer o cateterismo intermitente, procedimento para esvaziar a bexiga várias vezes ao dia. Passou anos com problemas de saúde e foi internado várias vezes. Ele começou a fazer o cateterismo quando entrou na Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência do Estado de São Paulo. “Depois que conheci o cateter hidrofílico nunca mais fui internado”, disse.
Deputado Eduardo Barbosa
O presidente da Subcomissão de Saúde e presidente da Comissão de Direitos da Pessoa com Deficiência da Câmara Federal deputado Eduardo Barbosa, se comprometeu a iniciar as discussões sobre a distribuição do cateter hidrofílico pelo governo. “Já perdi muitos amigos com insuficiência renal. Espero que tenhamos desdobramentos desse assunto na Câmara”, falou o deputado.
No Brasil, segundo estimativas do Ministério da Saúde, há cerca de 6 mil novos casos de lesão medular todos os anos. Cerca de 80% das vítimas são homens jovens, que podem ter o controle da bexiga afetado. Esse órgão pode se comportar de maneira desconexa, resultando em perda urinária frequente e esvaziamento incompleto. O resíduo de urina não eliminado propicia a multiplicação bacteriana o que causa infecção urinária e pode refluir para os rins, podendo levar a perda de sua função.
O resíduo de urina pode ser removido de maneira simples e segura pela própria pessoa com lesão medular por meio de um procedimento mundialmente recomendado: o cateterismo intermitente, que consiste na introdução de um cateter, que é um tubo transparente, através da uretra para esvaziar a bexiga. O procedimento deve ser feito de quatro a seis vezes ao dia. O workshop foi realizado nesta segunda-feira (24/10), no Hotel Renaissance, em São Paulo.
O workshop no Hotel Renaissance contou com estrutura completa

Sobre a Coloplast
Multinacional dinamarquesa presente em mais de 132 países, foi fundada em 1957, emprega mais de 10.000 funcionários pelo mundo, cujo negócio inclui soluções para Estomia, Urologia e Incontinência, e Cuidados de feridas e da pele.
Elise Sørensen, uma enfermeira dinamarquesa, percebendo os problemas de sua irmã Thora, que foi submetida a uma operação de estomia, passando a temer sair de casa pelo risco de sua estomia vazar em público, criou a primeira bolsa adesiva de estomia do mundo: uma bolsa que não vazava.
No Brasil, a Coloplast está presente desde 1989, e desenvolve produtos e serviços que tornam mais fácil a vida para pessoas com necessidades em cuidados íntimos de saúde.
Em 2012, 2013, 2014 e 2015, a Coloplast foi eleita em pesquisa realizada pela consultoria independente Patient View, a empresa de Dispositivos Médicos com a melhor reputação no mundo por mais de 400 grupos pacientes. Em 2012 e 2013, foi eleita pelo Instituto Ethisfere uma das empresas mais éticas e por 3 anos consecutivos, está entre as 50 empresas mais inovadoras do mundo segundo o ranking da Forbes.

Desde 2010, o programa de atendimento gratuito, Coloplast Ativa, oferece suporte ao paciente desde o primeiro momento durante a reabilitação até o seu dia a dia em casa, através da visita de enfermeiros especializados.

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