sexta-feira, 28 de julho de 2017

A importância da NBR nas Reformas de Casas e Apartamentos

Vai reformar? Siga as normas!
Reformar, muitas vezes altera a estrutura do imóvel. Uma coluna retirada indevidamente causa danos ao local e às pessoas. Mas, a corriqueira instalação de portas e janelas, por exemplo, também pode modificar a edificação. Por isso a importância da NBR nas reformas de casas e apartamentos. Pretende reformar? Leia esse artigo para conhecer os principais aspectos da norma que rege essas reformas.

O que é uma NBR?

NBR significa “Norma Brasileira” e representa um grupo de características ou orientações a cerca de processos, produtos ou materiais. As NBR’s são elaboradas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), entidade privada e única representante da ISO (International Organization for Standardization) no Brasil.


Entenda a NBR 16820

A ABNT NBR 16820 surgiu em 2014, para evitar tragédias como a ocorrida em 2012, após o desabamento de um prédio no centro do Rio de Janeiro. O problema foi devido uma reforma sem acompanhamento técnico, onde paredes estruturais e paredes externas foram removidas. Foram 17 vítimas fatais.
Essa norma torna obrigatória um Laudo de Reforma, elaborado por engenheiro ou arquiteto. O documento traz informações de quais procedimentos serão realizados, equipamentos protetivos para trabalhadores e vizinhança, documentação, registros pré e pós-reforma, além de especificaras responsabilidades do proprietário. Em setembro de 2015, a NBR 16280 reforma ganhou uma atualização.
Um dos principais aspectos da norma é a responsabilidade do síndico. O profissional (ou administradora) tem a responsabilidade de autorizar, autorizar com ressalva ou vetar. Voltando ao desabamento ocorrido no Rio de Janeiro, a falta de envolvimento dele com a obra foi criticada. Segundo Fábio Sciliar, delegado titular da Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico (Delemaph), o síndico deveria ter comunicado as irregularidades da reforma à prefeitura, além de realizar Boletim de Ocorrência, citando o Código Civil.


Quando a ABNT 16280 é aplicada?

Em toda reforma de casa e apartamento que possa modificar a estrutura. Caso a intenção seja trocar suas antigas janelas e portas por portas e janelas de alumínio, com remoção de paredes, é necessário orientação e acompanhamento de engenheiro ou arquiteto. Saiba em quais situações se aplicam a essa norma:

1. Modificação de esquadrias, fachada-cortina e componentes;
2. Furos, aberturas, retirada e acréscimo de paredes;
3. Vedações que alterem a disposições iniciais da edificação;
4. Uso de ferramentas de alto impacto para alteração de revestimento;
5. Instalação e reforma de equipamentos contra incêndio;
6. Instalação e reforma de sistema de ar-condicionado;
7. Instalação e reforma de sistema de automação, dados e comunicação;
8. Instalações de sistema de gás;
9. Instalações elétricas;
10. Instalação e reforma de sistema hidrossanitário.

Você conhecia a importância da NBR 16280 para reformas? Confira aqui mais informações sobre obras e reformas.

Fontes

* por Robert Sena

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Esqui Adaptado no Valle Nevado, no Chile

Uma das coisas mais legais que fiz na vida!
Se tem uma coisa que me dá satisfação é descobrir algo que parece impossível de ser feito em uma cadeira de rodas e há uma forma de adaptar e fazer. Quem diria que é possível um cadeirante esquiar? Mas o que me dá satisfação mesmo, é experimentar esta coisa! E ainda por cima, realizar um antigo sonho. Meu sonho era conhecer neve e esquiar, pois um amigo de república, nos anos 90, foi aos Estados Unidos, esquiou e voltou dizendo que o esporte era minha cara, já que eu gostava de esportes radicais e descia montanha de bicicleta (antes de ser cadeirante). Mais de vinte anos depois, consegui esquiar! E ele tinha razão, esquiar é muito legal e é o tipo de coisa que eu gosto muito de fazer, pois envolve esporte, velocidade e emoção.
Chegando ao complexo Valle Nevado, um dos hotéis ao fundo
Não precisei ir aos EUA para experimentar o esqui adaptado, há alguns anos eu descobri que havia na Argentina e no Chile. Como conhecer o Chile também era uma vontade antiga, resolvi realizar dois sonhos de uma vez. Eu ia deixar este post por último, pretendia falar sobre a viagem ao Chile primeiro, mas resolvi colocar a sobremesa na frente do prato principal! Se você não quer esperar meus posts sobre o Chile, dê um pulo no Cadeira Voadora, a Laura fez posts excelentes sobre o país e ainda tive o privilégio de pegar dicas com ela pessoalmente! As informações sobre o esqui adaptado eu consegui pesquisando na Internet, em 2015! É que esta viagem estava programada para aquele ano, porém resolvi com a Gi ter filhos, e adiei esta viagem até este ano. E, apesar de minhas dores terem aumentado, juntei forças e encarei mais esta aventura. Não se aguento outra dessas...
Quanto mais sobe, a paisagem vai ficando mais branca e menos verde
Enviei alguns emails para a responsável pelo esqui adaptado no Valle Nevado, a Myrian Torralbo (mtorralbo@vallenevado.com) em 2015 e ela me explicou que o equipamento é seguro, tem instrutores especializados e toda infra estrutura necessária às aulas de esqui adaptado. Aulas? Eu me perguntei. Eu não quero virar profissional, só experimentar! Ela me explicou que, se a pessoa quiser se tornar um esquiador amador, ou até profissional, após algumas aulas você pode esquiar sozinho. As primeiras aulas, são com o instrutor te levando, segurando o "monoesqui" - é como eles chamam a cadeira. Eu iria em setembro daquele ano, mas já sabem porque não fui. Passou o tempo, e este ano resolvi ir no início de junho e experimentar o esqui adaptado. Mandei emails para a Myrian novamente, e a primeira resposta que ela me deu me deixou muito chateado: estariam fechados, só abririam no final de junho. Poxa, já tinha comprado passagem, reservado hotel... Pesquisei antes, e disseram que a temporada de esqui é de junho a setembro, por isso fiquei tranquilo. Mas não comuniquei com ela antes. Bola fora. Felizmente, duas semanas antes de embarcar para o Chile, caiu uma nevasca por lá e permitiu adiantarem a temporada. Ufa!
Loja para alugar roupa e equipamento de esqui
Reservei uma van para o Valle Nevado com antecedência, por indicação da minha irmã, que mora em SP, com a Fabiana, da BraChil Turismo, pelo WhatsApp (+56 9 6259-0772). Tudo em português, ela me disse que já tinha experiência com cadeirantes e a van me pegaria no hotel. Foi tudo como combinado, porém a van - como todas que peguei lá - era muito alta, e precisei ser carregado até o banco. Se não fosse o pessoal que estava indo junto - dois rapazes se ofereceram para ajudar - seria bem complicado subir. Seguimos viagem, e no pé da montanha, logo antes da subida principal, tem uma loja enorme para alugar roupa e material de esqui. Não deixe de alugar roupa completa, inclusive bota, e se for esquiar alugue capacete também.
Tomando um chá de coca na subida da montanha - sem ficar doidão!
A subida é longa, enjoativa (devido às curvas e à altitude) e linda. São 62 curvas, numeradas! E o visual vai mudando, cada vez mais alto, e com cada vez mais neve. No meio do caminho há um mirante onde é possível tomar um chá de coca. Sim, feito da folha que dá origem à cocaína, mas não se preocupe, não é tóxico, não dá onda e faz bem para adaptar ao ar rarefeito. Chegando à estação de esqui, tudo impressiona. Há vários hotéis, restaurantes e lojas. O visual é incrível, tudo muito branco e belíssimo. Mas nem tudo é acessível. Para chegar ao restaurante principal eu precisei ser carregado, não há elevador. Mas há gente acostumada a lidar com cadeirantes para ajudar. Há banheiro adaptado, mas estava em reforma, felizmente consegui usar assim mesmo.
Aqui o Gonzalo me explicando como segurar e utilizar os "alrrigues"
Depois de comer, com o belíssimo visual das pistas, fui para minha aula. O Gonzales foi meu instrutor, ele fala bem português e explicou detalhadamente como é o esqui adaptado. O aluno segura dois mini esquis chamados "alrrigues" (não sei se escreve assim) que auxiliam nas curvas e na estabilidade do monoesqui. O instrutor vai atrás segurando o monoesqui e o aluno vai seguindo as orientações, abrindo os alrrigues nas curvas e inclinando o corpo. O monoesqui tem dois esquis paralelos e móveis, ligados à cadeira por um amortecedor. O aluno fica preso à cadeira por vários cintos, é tudo muito seguro. E lá fomos nós!
No teleférrico, com Nicolas e o Gonzalo
O início é tenso, a gente não sabe a que velocidade vai e nem se é fácil tombar. A impressão que dá é que vai correr muito e que na primeira oportunidade a gente vai de cara na neve. Isto porque dá para perceber que há pouco atrito, é fácil escorregar. Mas logo nos primeiros metros já sentimos segurança, e dá para começar a curtir a descida. Ele desliza gostoso, o atrito com a neve é muito baixo. E a gente vai fazendo curvas para não ganhar muita velocidade. A cada curva é preciso abrir o braço para o lado que está virando e inclinar levemente o corpo. O Gonzalo vai dando as instruções, para que lado tem que inclinar, o quanto abrir o braço, e a gente começa a sentir o monoesqui. É uma delícia! O vento (gelado) batendo no rosto, as curvas, a velocidade aumentando, e ainda tem aquele visual incrível! De vez em quando passa em cima de um montinho e a gente sente o monoesqui levantando e amortecendo. Já fiz muitos esportes de aventura na vida, e este vai certamente para meu top five! Vejam no vídeo abaixo se não foi demais:

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