sábado, 30 de abril de 2011

Cadeirante na trilha

Mais um vídeo que mostra um cadeirante superando desafios e se adaptando para voltar a ter uma vida mais próxima possível da que tinha antes da lesão. Nesse caso é de uma atleta chamada Tara Llanes, ela era ompetidora a nível internacional de Mountain Bike e Bicicross, sofreu um acidente e ficou paraplégica. Depois de um tempo ela voltou a competir, a única diferença agora é que ela usa quatro rodas ao invés de duas.
Eu, que antes do acidente era downhiller, até babei. Quem sabe um dia eu volte a descer montanhas?

Arregos 2

Continuando os relatos sobre meus arregos de férias, ainda em Buenos Aires tomei um susto com a cadeira: uma peça se quebrou. Mas felizmente dei duas sortes. Primeiro, foi uma peça não muito importante, mas que faz alguma falta, e mesmo falando o nome dela pouca gente vai saber do que se trata: um "nove". Essa peça é a que segura a aba de proteção da roda da cadeira, conforme se nota pela foto abaixo. E o nome dela é devido à forma, quando você a vê fora da cadeira percebe que é tem forma de nove mesmo. Ou seis, dependendo do ponto de vista.
Esse nove pintou o sete
Mas mesmo não sendo fundamental para tocar a cadeira, faz muita falta, principalmente em transferências. E para proteger também, pois a todo momento a gente dá uma raspada na roda, que além de machucar suja a calça toda. Minha segunda sorte foi ela quebrar no último dia, exatamente quando eu me transferia para o último táxi, que nos levou ao aeroporto.
Chegando a São Paulo, como eu ia ficar uns dias na casa da minha irmã, aproveitei para dar um pulo na Ortopedia Monumento, onde comprei minha cadeira, e aproveitei para bater um papo com o sempre simpático Luciano, que me deu duas peças dessas de graça e ainda um par de rodas dianteiras, já que as minhas estavam no fim. Deixo aqui um agradecimento especial ao Luciano, que resolveu meu problema, e minha empregada também agradece, pois minhas calças já estavam todas sujas.
Outro arrego que passei foi na volta do Rio de Janeiro. Foi uma situação, digamos assim, delicada, e só não acabou em "tragédia" por outro golpe de sorte. 
Minha ideia inicial era passar em Juiz de Fora, dormir na casa da minha tia, e continuar no dia seguinte rumo a BH. Mas como saímos cedo do Rio, por volta de uma e meia da tarde, e peguei estrada vazia, resolvi tocar direto até em casa. Mas se eu soubesse que ia passar (literalmente) por um cagaço, não tinha ido direto...
Foi um caso típico de lei de Murphy. Assim que decidi passar direto por Juiz de Fora, antes de dar 15 quilômetros pintou um dos vilões de quem está na estrada: uma bela dor de barriga. Daquelas de arrepiar os cabelinhos do braço. E de outros lugares...
Agora imaginem: já é complicado o cara encontrar um banheiro decente (e limpo) numa situação dessas, ainda mais um banheiro adaptado! Tenso...
Como sabem, quem tem lesão medular tem pouco ou nenhum movimento abaixo da lesão. Como é que o cara vai conseguir, digamos, evitar uma freiada de trator nesse caso? Felizmente tenho um pouco de movimento recuperado e me concentrei ao extremo para "travar" o desastre, e de repente minha vista se iluminou pelo outdoor salvador: posto Graal a 15 km. Isso significava banheiro limpo e adaptado! Aguentei mais uns minutos e chegamos ao posto com o carro ainda limpo. Corri para o banheiro e fiquei uma hora lá me aliviando. Uma hora sofrida, daquelas que desce suor da testa. E ainda ouvi alguns comentários tipo "alguém morreu aqui dentro" e "esse banheiro está podre". Mas tudo bem, pelo menos resolvi meu problema. E salvei minhas calças.
Agora descobri o real significado de "santo Graal"

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Arregos 1

Contei aqui só as histórias legais que passei nas férias, mas não os perrengues que enfrentei em Buenos Aires e no Rio. Primeiro vou contar sobre os arregos na Argentina. O primeiro deles foi logo na chegada, ao me tirarem do avião. Eu já fui tirado de avião de tudo quanto é jeito, carregado, de ambulift, de robozinho, mas que nem carga foi a primeira vez. Nunca tinha visto um aparelho mais tosco para tirar cadeirante do que esse. É praticamente um levantador de carga com um banquinho minúsculo. E eu tive que me segurar como pude para não desequilibrar enquanto o cara metia o pé na base do negócio para rodar nas minúsculas rodinhas até o ambulift, que por sinal estava em péssimo estado de conservação. E sem nenhuma segurança. Coloquei os pés no chão e me agarrei ao banquinho para não cair.
"Carga viva"
Outro perrengue que passamos foi no calçadão da rua Lavalle. Chegamos na sexta e trocamos só cinquenta reais para pegar um táxi para o hotel, já que o câmbio é mais baixo lá (dica de um amigo meu). Como estávamos cansados, passamos a tarde no hotel e à noite saimos para jantar, e paguei com cartão.
No sábados saímos para passear e precisamos trocar mais dinheiro, e no calçadão ficam várias pessoas distribuindo folhetos com propaganda de casas de câmbio e chamando os turistas com taxas atrativas. Fomos atraídos por um destes e entramos em uma galeria, fomos conduzidos a uma pequena porta (um muquifo) e trocamos duzentos e cinquenta reais, o que deu pouco mais de quinhentos pesos, em notas variadas, de vários valores e idades, notas novas misturadas com velhas. Tiramos mais dinheiro depois e misturamos tudo, até que num dia a Gi pegou um táxi para ir à feira de Santelmo e o taxista disse que uma nota de Cem Pesos (+ ou - 48 reais) era falsa. Depois disso mostramos a um garçon que confirmou que a nota era falsa, e este até mostrou uma verdadeira para compararmos. Fomos até um banco, que confirmou a falsidade da nota.
Resolvi então ir até a casa de câmbio para reclamar da nota falsa, apesar do receio da Gi. Só que além do lugar ser um muquifo, os funcionários não tinham uma cara amigável. Por sorte, na entrada da galeria havia um policial de plantão, portanto fui direto nele comunicar minha intenção. Ele me acompanhou até a casa de câmbio e eu já reconheci o cara que me atraiu até lá, e fiz minha reclamação. Claro que o cara não ficou nem um pouco feliz e já começou a esbravejar um monte de coisa e entrou pra chamar o patrão dele. O patrão, por sua vez, chamou o policial e a gente lá dentro. Nesse momento a coisa ficou tensa, o policial levou a mão na cintura, perto do revólver, pediu pra gente esperar e foi lá dentro, onde bateu boca com os caras e voltou falando que só conversava se fosse do lado de fora. A Gi já estava com cara de terror absoluto, enquanto eu mantive a calma e aguardei o desfecho. Resumindo, depois de muito bate boca, e depois de dar esporro no funcionário e mandar ele passear, o dono do lugar veio falar comigo que o que aconteceu foi que algum taxista ou garçon pegou minha nota e trocou rapidamente pela falsa. O policial, por sua vez, me questionou porque demorei tanto para reclamar, já que era quinta feira, e mesmo eu falando que só no dia anterior tinha descoberto que a nota era falsa, já percebi que não valia a pena insistir, pois o dono da casa de câmbio não ia ceder e o policial não tinha muita ação sobre a situação. Falei pra deixar pra lá, afinal eu devia ter mesmo me enganado, e os caras continuavam batendo boca e o policial já com a mão sobre a arma. O policial ainda perguntou se eu queria dar uma queixa, mas achei melhor não, pois se pensar bem é fácil alguém dar algum comando para pegar um cara numa cadeira de rodas vermelha. Felizmente já era o último dia, voltamos para o hotel, arrumamos nossas coisas e pegamos o avião de volta à noite. Sãos e salvos.
Mais falsa que os peitos da Ariadna
Isso leva a uma reflexão: se alguém cismar com a cara de um cadeirante e quiser fazer uma emboscada, o cara se vê com dois problemas: primeiro vai ser impossível se esconder, pois encontrar um cara numa cadeira de rodas é muito fácil. E segundo, se for achado, nem precisa tentar reagir, manda o cara executar logo o serviço, pois não dá nem pra correr, nem pra lutar numa cadeira de rodas. Portanto, se você é cadeirante, ande na linha!

domingo, 24 de abril de 2011

Rancho do Boi


Tem algumas rampas íngrimes, mas "possíveis"
Esse fim de semana de páscoa não viajei, mas meus pais, minha irmã, meu cunhado e meu sobrinho vieram me visitar. Brinquei muito com meu sobrinho, que está lindo, passeamos na Praça da Liberdade, jogamos muito baralho, assisitmos filmes e fomos comer fora agumas vezes. E numa dessas vezes, no sábado, fomos ao Rancho do Boi almoçar, um mega restaurante na saíde de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro, na BR 040. O lugar é lindo, a comida uma delícia, gosto muito de almoçar lá, apesar de já ter sido mal tratado uma vez. Fui pedir preferência na fila de espera e o responsável por isso teve a coragem de falar "ah, mas você está sentado". Quase xinguei ele, mas viu a bobagem que falou e deu a preferência. E eu só voltei lá porque gosto muito do lugar mesmo.

Vagas existem, mas no meio das pedras?
Acontece que lá não tinha nem vaga para deficiente, mas há alguns meses implantaram duas bem próximas à entrada. Ponto para eles. Ou melhor, meio ponto, pois as vagas são com chão de pedrinhas tipo brita, que dificultam muito sair rodando. Precisa ir empinando ou alguém ajudando. E o pior é que logo ao lado das vagas já tem asfalto. Poderiam ter esticado um pouqinho essa pavimentação.
Adaptado, "pero no mucho"
Mas o banheiro adaptado... é sofrível. Tem masculino e feminino, mas ambos sofrem do mesmo problema: tem um degrau na entrada. Coisa simples de resolver, como já disse aqui muitas vezes, até mesmo uma rampa móvel resolve. E o pior está lá dentro, onde cometeram um grave pecado: não deixaram espaço suficiente para entrar com a cadeira de rodas e fechar a porta. Tem que ficar manobrando e encaixando a cadeira ao lado do vaso para conseguir a façanha. Uma luta desnecessária. Além disso não há barras para apoio ao lado do vaso, e nem mesmo tampa.

Será que tenho que usar de porta aberta?
Maaaas apesar do transtorno para deficientes é um lugar muito gostoso, tem brinquedos para crianças, varandão e várias mesas ao ar livre. E as carnes na chapa são um espetáculo, com destaque para o imperdível frango com catupiry. É gente, que sacrifício temos que fazer para curtir um ranguinho com a família, heim?

Todo mundo com cara de fome

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Campanha educativa

Muito interessante e inteligente esta campanha desenvolvida pela agência The Getz, de Curitiba, que tem o objetivo de mostrar o quanto é importante o respeito às vagas reservadas para deficiente. Um tapa de luva em quem acha que é só parar na vaga que não está sendo usada, mesmo rapidinho, que não vai atrapalhar ninguém. Extremamente coerente depois da história da Anamaria, e foi ela mesma que me mostrou. E a Ivonete, de São Paulo, também deu a dica.
Quantas vezes eu já precisei parar e tinha um infeliz na vaga de deficiente, precisei parar longe e fiz um grande esforço tocando a cadeira pelas perigosas ruas da cidade. Sem contar as vezes em que, mesmo eu pedindo e mostrando a credencial da BHTrans, a pessoa se fez de desentendida e não se moveu um centímetro para liberar a vaga. É o cúmulo, não é?

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Denúncia de vaga de deficiente

O relato abaixo foi enviado pela Anamaria, terapeuta daqui de BH que passou por uma situação absurda envolvendo vaga para deficiente. Incrível a cara de pau de algumas pessoas, revoltante.
"Ola pessoal!!!

Gostaria de compartilhar com vcs um acontecido comigo, em frente ao pronto Socorro do Hospital Vera Cruz. Tenho o meu carro credenciado há mais de dez anos pela Bhtrans. Eu tenho prótese nos dois quadris e isso faz com que eu tenha dificuldade de deambular e muita dor. Há dois meses atrás, minha avó estava em observação no Vera Cruz e eu fui visitá-la, então tentei estacionar meu carro na rua Paracatu, em frente ao pronto atendimento onde ela estava. Chegando lá, havia estacionado na vaga de deficiente um carro sem credencial e sete motos, isso mesmo, sete motos. Na hora consegui estacionar em outro lugar e voltar andando, o que para mim é possível, mas com dor. Resolvi ligar para Bhtrans e em pouco tempo eles chegaram, porém não podiam multar ninguém e o reboque não foi junto. O pior não é isso, quando os guardas chegaram eu me identifiquei e disse que era um absurdo o que estava havendo ali.
Sabe o que aconteceu? O porteiro do hospital ligou para os donos das sete motos e do carro e todos foram lá e retiraram seus veículos. Questionaram, acharam um absurdo alguém denunciar eles, e olha que são profissionais da saúde, que absurdo. Cheguei a ser ameaçada por dois deles, dizendo que se eu caísse lá dentro do hospital na mão deles eu ia ver. Bom, no dia seguinte liguei para o hospital e fiz a minha queixa, e uma mulher que presenciou tudo também ligou queixando da conduta dos funcionários. Sendo assim, eu lhes pergunto, onde vamos parar com tamanha falta de educação, e principalmente quando essa vem por parte de pessoas que deveriam ser as primeiras a cumprirem o dever? Gostaria ainda de dizer que eu sou profissional da saúde e cada dia que passa me envergonho mais dessa classe, que dentro dos consultórios dizem uma coisa e do lado de fora agem de outra. Hipocrisia? Com certeza sim, além de muita falta de educação. Bem final da historia, os funcionários não foram punidos. E se passarmos por lá hoje com toda certeza as motos estarão estacionadas na vaga.
--
Anamaria A. Costa
Terapeuta Ocupacional
Crefito-4:1558LTTO

domingo, 17 de abril de 2011

Vi não

Nesse fim de semana meu passeio de handbike do sábado foi frustrado por um pneu furado. Logo o dianteiro, que já havia furado uma vez, quando voltei do Rio. E logo num dia em que eu ia testar outro lugar legal para pedalar aqui em BH, a avenida José do Patrocínio Pontes, no alto do bairro Mangabeiras. Lá tem uma mini ciclovia, que na verdade é uma faixa da avenida, que é colada no canteiro central, pintada de verde para ser respeitada pelos carros e utilizada pelas pessoas para correr e pedalar.
Mas já que eu estava lá dei pelo menos uma volta na ciclovia tocando a cadeira de rodas, enquanto a Gi caminhava. A vantagem lá não é propriamente a ciclovia, mas é que dá pra pedalar pela avenida, que não é muito movimentada, e tem até uma grande subida/descida no final.
Cheguei em casa e fui remendar o pneu, e novamente me envolvi com chaves, peças, bomba e uma tubinho que conheço desde os anos 80, o kit de remendo para pneu de bicicleta Vipal. E é daí que vem o título da postagem, uma brincadeira que faço desde aquela época: pedi a Gi para procurar um negócio que eu mostrei pra ela no dia anterior. Ela, achando que era uma charada, ficou perguntando um monte de coisas, até que eu falei: é aquele tubinho azul ali. Ela rebateu dizendo que eu não tinha mostrado aquilo, aí pedi pra ela ler o nome. Quando entendeu a sacanagem, quase jogou o tubinho na minha cara.
Hoje felizmente a coisa foi diferente, meu concerto foi eficiente e fui pedalar novamente na lagoa da Pampulha, pra mim o melhor lugar, não é tão cheio e o visual é um espetáculo. É o mais longe da minha casa, mas já que tenho que sair com a bike dentro do carro mesmo, tudo bem. Hoje rodei pra caramba (quase 20 km) e meu ombro não chiou, mas ainda estou bem fora de forma, me canso rápido. Mas resistência é uma coisa que se pega com o tempo, né?
Olha que linda a foto da capivara com raios de sol!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Palio Weekend Adventure

Esse é na minha opinião o melhor carro para cadeirante, pois seu porta malas é enorme, cabe uma cadeira de rodas montada e ainda sobra muito espaço. E todo cadeirante sabe que espaço é fundamental, principalmente na hora de viajar. Além disso ele vem com câmbio Dualogic, que tem baixo valor de manutenção e ainda economiza combustível.
Eu só não comprei um carro desses porque a porta é menor que a do Stilo e para mim, que tenho 1,04m de perna, é um pouco mais difícil de entrar. Mas para qualquer outra pessoa "normal", esse detalhe não atrapalha. Mesmo porque é um carro com ótimo espaço interno, pois mesmo eu sendo muito alto me sentia confortável no meu carro anterior, um Palio Fire.
Olha só como cabe a cadeira sem desmontar!
Outro destaque do carro é o motor 1.8 16V eTorq, com 132cv, potência mais do que suficiente para garantir óitimo desempenho em qualquer situação. E como é um carro aventureiro, com boa altura do solo, acessórios off road e pneus mistos, não faz feio nem mesmo em estradas de terra. E o Palio Weekend Adventure vem recheado de equipamentos, incluindo ar condicionado, vidros dianteiros e travas elétricas, computador de bordo, direção hidráulica, faróis de milha e um monte de outros itens de segurança e conforto. E o mais importante, já vem com Air Bag e ABS de série.
O Geraldo Amaral, nosso parceiro da Automax, nos informa que o Palio Weekend Adventure tem preço inicial de R$ 56.400,00, mas com os descontos de IPI e ICMS que deficientes físicos tem, esse valor cai para apenas R$ 42.718,00. Mais informações sobre este carro fantástico, é só ligar pro Geraldo nos telefones (31) 3299-0962 ou (31) 8749-0796.
Ah, eu saí no jornal da Automax desse mês, para ler a reportagem é só clicar aqui.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Meditação

Eu sempre fui uma pessoa positiva e centrada, isso me ajudou a lidar com as limitações da deficiência sem maiores traumas. Sempre tive uma mente aberta para novas experiências e sempre busquei tirar algo positivo de tudo que acontece comigo. Em conversas com uma colega de serviço há alguns dias, surgiu o tema meditação e controle da mente, como alternativa para minimizar os efeitos que a dor crônica que sinto causam no meu dia a dia.
Ela então me emprestou um livro pequeno e muito interessante chamado "Pensamento Oriental para Mente Ocidental", que já li e gostei muito. Um dos capítulos fala de Transformação Qualitativa, e descobri então que eu sou um transformador qualitativo, uma pessoa que pega os acontecimentos e situações negativas em algo benéfico para si mesmo e para os outros. Transcrevo abaixo um trecho que gostei:
"Ao invés de ragirmos negativamente às pessoas e eventos, podemos nos moldarmos a eles. Através da aceitação, nossa consciência salta para um outro nível de percepção e nós compreendemos que o que possivelmente tenhamos considerado um problema pode, se conduzido corretamente, ser um meio de desenvolvermos nossas forças e removermos nossas fraquezas. Se a situação é um problema ou um presente, depende da nossa percepção. A escolha é nossa."
Essa é uma das várias lições do livro, que nos faz refletir e voltar o pensamento para o que realmente é importante na vida. Não sou seguidor fervoroso dos métodos, só acredito que a meditação pode ajudar muito qualquer pessoa, mas para quem passa por um trauma pode se tornar uma ferramenta importante. Em outro trecho, há uma definição: "A meditação é a conexão com Deus, que libera as energias positivas dentro de si." Profundo, né? Então repitam comigo: aaaummmm, aaaummmm...

domingo, 10 de abril de 2011

Speedy

Há algum tempo encontrei na internet esse "veículo" muito interessante, que acopla na cadeira de rodas e me serviria muito bem no dia a dia, e ainda economizaria uma boa grana em gasolina. Apesar de se assemelhar muito a uma moto e compartilhar com ela o perigo, já que a pessoa fica à mercê dos carros no trânsito pesado de uma grande cidade, é mais seguro pois o cara fica em um triciclo, e só de ver a cadeira de rodas na rua as pessoas devem ter um pouco mais de cuidado.
A empresa que fabrica o Speedy é alemã, e não sei qual o preço do bichinho, mas que é super prático para pequenos deslocamentos, isso é, pois é elétrico e fácil de guardar. Para mim, que moro a um quilômetro do trabalho, faria uma grande diferença, não precisaria pegar carro todo dia e nem pagar estacionameto caro todo mês.
Nesse vídeo dá pra ter uma ideia da praticidade do negócio, o próprio cadeirante encaixa embaixo da cadeira e trava, levantando as rodinhas da frente, e sai pilotando por aí, e quando chega ao destino é só desencaixar e tem até um apoio próprio em que ele fica estacionado. Seria muito legal alguém trazer isso pro Brasil, ou mesmo fabricar por aqui. A frente dele lembra muito aquelas mobiletes dos anos 90. Se alguém quiser me dar de presente de aniversário, vou ficar muito feliz tá?
A empresa fabrica também handbikes que se encaixam na cadeira, e até handbikes com motores elétricos junto, a pessoa pode pedalar por um tempo e acelerar em subidas, por exemplo. É uma alternaiva que deve ter custo bem menor que uma handbike, além de ser mais fácil para pedalar. Grande sacada!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Vídeo pedalando

Esse videozinho mostra bem como funciona a handbike, pedalamos com as duas mãos de uma vez, e não alternadamente, como alguns pensam. Se assim fosse, não teria controle da direção, né? O vídeo foi feito pela Andréia, namorada do Nicolas, no fim de semana em que estive no Rio. Fomos pedalar no aterro do Flamengo, perto da casa do Nicolas. Ele remendou o pneu traseiro da handbike, mas na hora de encher o pneu estourou de novo, inviabilizando o passeio para ele. Mas como eu estava todo pronto, fui assim mesmo, e ainda íamos encontrar o Dado, que voltava do treino.
O lugar é muito bacana, tem uma ciclovia bem completa, com curvas e desníveis, e ainda fecham a pista de carros até as 18:00 hs. Comecei a pedalar e fui ajustando o câmbio, e quando tudo estava certo e fui puxar forte, senti uma dor terrível no ombro direito, que está com bursite. Aí não consegui mais pedalar. Fui me arrastando, sentindo muita dor, até que o Dado apareceu. Contei pra ele a tragédia e ele ficou preocupado porque estava quase na hora de abrir a pista e viriam muitos carros de uma vez. Consegui sair a tempo e continuei pedalando devagar até a casa do Nicolas, mas já estava preocupado se ia conseguir dirigir, de tanto que doia. Felizmente deu tudo certo, consegui ir numa boa até o hotel, e à noite foi só colocar um gelo no ombro que melhorou e não incomodou muito na viagem.
E neste fim de semana vou voltar a pedalar, pretendo ir na lagoa da Pampulha no sábado à tarde, na ciclovia perto do parque ecológico. Quem quiser conhecer minha handbike é só aparecer por lá. E descobri que aqui em BH também tem uma avenida que é fechada no fim de semana, a Avenida Bandeirantes, no bairro Mangabeiras. Ouvi dizer que a Avenida Prudente de Morais também está com um programa assim, mas não sei se ainda funciona. Elas são fechadas das 08:00 às 13:00 para a prática de esportes, como caminhada e ciclismo. Se eu acordar cedo, aproveito para pedalar de novo. É, acho que o negócio é uma febre...
Arrumei um lugarzinho para guardar a bike em casa. Coube certinho no espaço em frente à porta da cozinha, em cima do cantinho da Belinha, nossa gatinha. Ela até gostou, já que tive que cobrir o assento para ela não arranhar, já pegamos ela dormindo bem tranquila em cima da bike. Tem um jeitinho pra tudo!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Rodas soft roll da Frog Legs

Em mais uma luta para instalar rodas decentes na dianteira da minha cadeira de rodas (em menos de um ano e meio foram dois pares das originais da M3) decidi agora utilizar as "verdadeiras" soft roll, como dizem alguns, da marca Frog Legs. Eu achava que esse nome era do tipo de garfo dianteiro, mas na verdade é uma marca de garfos e rodas dianteiras. Essas rodinhas são importadas e comprei através de um importador de São Paulo, o Andrés (andresbrasil444@hotmail.com), que também vende cadeiras da marca O`racing.
As rodas são realmente melhores, dá pra sentir a qualidade só de apertar. Quem usa diz que dura mais de dois anos, mas se durarem pelo menos um ano já está bom. Só não quero ficar mancando de novo... Estou gostando das rodas, não são mais duras que as antigas e rodam tão bem quanto.
As Frog Legs e as antigas
Essas rodinhas são caras, mas o Andrés me ofereceu um par que foi usado para avaliação pelo pessoal do Mão na Roda, e tinha rodado só 20 dias, por um preço bem camarada, aí fechei. Só que as rodinhas são de 4", enquanto as que eu usava eram de 5". Imaginei que não seria problema, era só levantar um pouco os apoios de pés, mas acabou que nem isso fiz ainda, pois não tem atrapalhado tanto. Só tenho que me lembrar de empinar mais a cadeira quando passo por obstáculos. Bem, o  povo vive dizendo que a M3 é uma cadeira esportiva, então agora minha cadeira está rebaixada! Só falta insul film e um sonzão!

Agora estou dando cascudo em barata!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Descontos em medicamentos

Da última vez em que estive no Hospital Sarah (o povo não aguenta mais ver minha cara lá) foi para consultar com o Dr. Gabriel, especialista em dor. Relatei o fracasso da rizotomia e o aumento das dores nas últimas semanas, assim como a última alteração de medicamento proposta pelo médico que me acompanha.
Após mais algumas perguntas e alguns exames ele sugeriu acrescentar mais um medicamento (daqui a pouco estarei tomando coquetel de remédio), desta vez um anti-depressivo chamado Cymbalta (alguém conhece?).
Na hora falei que eu tinha que tomar é anti-empolgante, pois não tenho nada de depressivo, mas ele me explicou que o remédio age também nas dores provenientes do sistema nervoso central, por isso a recomendação. Mas me avisou também que ele é meio caro, mas valia a pena tentar. Além disso, ele sugeriu fazer uma aplicação de anestésico no músculo paravertebral nas costas, o que poderia ter efeito sobre as dores. Já me mandou para uma sala de microcirurgia e pediu pra eu tirar a roupa e colocar aquela roupinha linda (branca e amarela de listrinha, um luxo).
Demorou um pouco e ele veio com uma injeção daquelas de fazer muito marmanjo chorar que nem menininha, mas como sou muito macho (e tenho pouca sensibilidade mesmo) não me assustei e virei para a aplicação (no bom sentido, claro). Dr. Gabriel aplicou com carinho nas minhas costas (no bom sentido de novo) e felizmente ganhei um atestado para ir pra casa. Não percebi nenhum efeito no dia, mas na semana seguinte minhas costas ficaram mais dormentes e menos doloridas.
E aí fui comprar o tal Cymbalta, Gi chegou na farmácia e só faltou uma faca no pescoço quando ela perguntou o preço: R$ 200,00!! Uma cartelinha com vinte comprimidos. Desacreditando, ela perguntou se tinha genérico, e pra supresa dela, não tinha. Mas... felizmente tinha um mas. Se ela se cadastrasse por telefone na fabricante do remédio, a Lilly, tinha desconto de mais de 50%. Bem, já é alguma coisa, né? Mas desse jeito daqui a pouco tô vendendo a janta pra comprar remédio...
Para quem quiser saber o nome do programa é "Lilly melhor para você" e é só perguntar na farmácia que eles te dão o telefone (não sei porque ela não guardou o número, ligou e cadastrou).
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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Mais uma parceria

O blog do cadeirante fechou mais uma parceria de peso para auxiliar a todos os cadeirantes que já adquiriram ou querem adquirir um carro adaptado. Voltar a dirigir é uma das maiores liberdades que uma pessoa pode adquirir quando vive em uma cadeira de rodas. Por isso ser bem orientado é fundamental para tomar a decisão certa e instalar os equipamentos adequados para tornar a direção uma atividade segura e prazerosa.
Já temos a experiência e boa vontade do Geraldo Amaral, da Automax, para nos auxiliar e informar sobre os produtos da Fiat mais adequados aos deficientes físicos, e agora contamos também com a parceria da Hélio Adaptações, distribuidor exclusivo da Guidosimplex, fabricante italiana de equipamentos de alto padrão que atendem a todo tipo de deficiência para adaptar carros manuais ou automáticos.
A nova sede da Helio Adaptações, que ainda passará por mais reformas
Para nos auxiliar na escolha da melhor adaptação para qualquer tipo de veículo, podemos contar com o Leonardo Moura, que dirige a Helio e vai tirar todas as dúvidas dos leitores do blog. E a Hélio Adaptações está de casa nova, com toda a estrutura necessária para atender e fazer as adaptações com presteza e eficiência. Fica na rua Pitangui, 650, no bairro Lagoinha, aqui em Belo Horizonte. O telefone de lá é (31) 2526-1569 ou (31) 3444-1569. E o Leo nos presenteará também com artigos sobre as adaptações e outros assuntos pertinentes. Aguardem!
Leonardo Moura no galpão da Hélio Adaptações

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