segunda-feira, 30 de abril de 2012

Desafio Sem Limite

Show de imagens em esportes adaptados
Neste domingo, no Esporte Espetacular, o para-atleta Fernando Fernandes introduziu a série de reportagens que contará várias aventuras que ele viveu em esportes adaptados, chamada Desafio Sem Limite. A cada domingo será mostrada uma aventura praticando diversos tipos de esportes, desde uma corrida de aventura em Paulo Afonso/BA até a maratona da Disney em Orlando que participou de handbike, e além disso, salto de paraquedas, esqui na neve, e muito mais.
Sempre apoiei a prática de esportes por cadeirantes, os benefícios são enormes, tanto física quanto emocionalmente. Procurar uma prática esportiva que te dê prazer é muito importante e perfeitamente possível. E a série vai demonstrar que, se você tiver vontade, é capaz de realizar seus sonhos mais loucos, independente de ser cadeirante ou não.
Quem diria, por exemplo, que eu voltaria a pedalar, uma atividade que sempre amei a vida toda, ou faria um salto de parapente, um desejo antigo. Se eu me deixasse abalar e pensasse que a cadeira de rodas me tirou várias possibilidades, não teria passado por tanta coisa boa desde que estou nessa condição, e que venho contando sempre aqui no blog.
Vamos acompanhar as aventuras desse cara que vai mostrar o quanto é possível e prazeroso desafiar nossos limites e viver experiências fantásticas!

sábado, 28 de abril de 2012

I Simpósio Mineiro de Reabilitação em Lesão Medular

Clique na imagem para ampliar
Minha fisioterapeuta Joyce está promovendo no dia 19 de maio o primeiro Simpósio Mineiro de Reabilitação em Lesado Medular, que vai acontecer no Royal Center Hotel, na rua Rio Grande do Sul, 856, bairro Lourdes, aqui em Belo Horizonte. O simpósio contará com a presença dos principais profissionais de saúde importantes para lesados medulares, como neurocirurgião, ortopedista, urologista, terapeuta ocupacional, enfermeira, fisioterapeutas e a Joyce, que é hidroterapeuta.
Os temas das palestras são muito interessantes, será uma excelente oportunidade para estudantes e profissionais que trabalham ou tem interesse em trabalhar com lesados medulares, que poderão ampliar os conhecimentos e trocar experiências sobre o tema.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Itens importantes em um banheiro para deficientes

Esquema que mostra as principais adaptações necessárias
Já fiz alguns posts sobre as adaptações necessárias para que um banheiro atenda a um cadeirante e há muitos outros blogs que abordam o tema. Relembrando alguns pontos importantes: deve haver espaço para uma cadeira de rodas manobrar e se colocar a 90 graus do vaso para que o cadeirante faça a transferência; o vaso sanitário deve ser mais alto e de preferência com aquela tampa vazada; não deve haver armários embaixo da pia e ela deve ser alta o suficiente para uma cadeira de rodas entrar embaixo; o box não pode ter porta estreita e não deve haver ressaltos que dificultem a passagem de uma cadeira de banho; deve haver uma cadeira que possa molhar embaixo do chuveiro (de preferência, retrátil); o espelho deve ser mais baixo, de forma que um cadeirante consiga se enxergar nele; devem haver barras de apoio ao lado do vaso sanitário e dentro do box do chuveiro; o chuveiro deve ter chuveirinho anexado, e a porta deve ser de fácil abertura (a mais indicada é a porta de correr).
Itens e medidas mínimas para o banheiro
Há, porém, alguns detalhes que geralmente passam despercebidos, e por falta de experiência ou alguém para auxiliar na adaptação, muitos donos de estabelecimentos ou hotéis pecam e complicam a vida de um cadeirante que vá utilizar o banheiro. O primeiro deslize, e o que mais encontro, é a lixeira. Por incrível que pareça, já vi dezenas de banheiros adaptados para deficientes com lixeiras de pedal, aquelas em que a gente pisa para abrir a tampa. Pisa?? As pessoas esquecem que a gente não pisa. Aí a solução é a gente pegar na tampa com uma mão, abrí-la, e jogar o papel com a outra. Um processo bem inadequado, afinal pegamos na borda da lixeira, que sempre está suja e pode estar até contaminada. A lixeira ideal para um banheiro adaptado é a de tampa basculante, a do meio na foto abaixo. Ela permite que os dejetos sejam jogados sem  encostarmos a mão na tampa. A lixeira sem tampa também resolve, mas é menos higiênica e nada bonita.
Três modelos de lixeira. Jamais use a branca em banheiro adaptado
Outro detalhe que também é dificilmente lembrado é a torneira da pia. Ela deve ser mais alta, com espaço suficiente para colocarmos a mão e trazer ao rosto ou à boca sem dificuldade. Acontece que, como estamos sentados, o ângulo do braço em relação à torneira é menor, por isso é difícil entrar com a mão embaixo da torneira e depois voltar com a água. Sinto essa dificuldade principalmente na hora de escovar os dentes, acabo derramando água e me molhando no caminho. Nesse quesito há minha experiência própria, portanto deve haver pessoas que preferem a torneira mais baixa, de qualquer forma, abaixo vai uma imagem do modelo que considero ideal. Há centenas de modelos, mas o ideal (para mim) é que seja mais alta.
Torneira mais alta facilita
Agora um ponto que contou com a contribuição do meu finado tio Altair. Ele sempre foi pau pra toda obra, resolvia praticamente tudo dentro de casa. E depois de ouvir uma reclamação minha, veio com a solução. Eu me queixei do chuveirinho do meu banheiro, cuja mangueira era a conta para passar por baixo da cadeira de banho e .... bem, lavar as "partes baixas". Eu disse que ia comprar uma mangueira maior, mas ele veio com outra solução: cortou um pedaço de antena de televisão, daquelas tipo espinha de peixe, pegou um pedaço de mangueira sem uso que eu tinha em casa e fez a emenda. Ficou perfeito, a mangueirinha virou uma mangueirona (sem trocadilhos e piadinhas, por favor) e funciona muito bem até hoje. Abaixo, uma foto da emenda da mangueira.
Adaptação para lavar "lá embaixo"
Enfim, levando em conta estes detalhes, dá para fazer um banheiro perfeito para ser usado por cadeirantes. Até hoje não encontrei um assim fora da minha casa, mas com essas dicas é possível fazer um bem adaptado, e assim permitir que tenhamos mais conforto para fazer as necessidades e sair de lá limpinhos!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Krankcycle

Handbike Ergométrica
Uma das coisas que mais recomendo a cadeirante é praticar esportes. Na verdade, é uma recomendação que faço a qualquer pessoa, pois pratiquei esportes minha vida toda e sempre colhi muitos benefícios por isso. O esporte deixa a gente mais disposto, mas animado, mantém a forma e a aparência, e o corpo funciona melhor para tudo. Um dos grandes problemas que os cadeirantes enfrentam é a obesidade, que traz junto uma série de problemas que podem levar até à morte.
Só que para um cadeirante praticar esportes é preciso contornar alguns empecilhos, como a locomoção até um lugar adaptado, utilizar equipamentos adaptados, além de precisar sempre de locais apropriados, como quadras, ciclovias, galpões, etc. Para contornar tudo isso e possibilitar a prática de exercícios a qualquer momento sem precisar ajuda de ninguém, tem surgido soluções como esta aí de cima, o Krankcycle. Resumindo, ele é uma handbike ergométrica, ou seja, uma handbike fixa que permite variar o peso dos pedais e a força que é realizada. Quem nos brinda com um relato completo e fotos do Krankcycle é o Gregori, de Lages/SC, que já deu outras contribuições aqui no blog.
Pedais estilosos da Krankcycle
"Efetuei a compra pela empresa importadora Johnson Health Tech Brasil, a entrega foi feita dentro do prazo combinado, e o valor do equipamento é R$ 5.200,00, um valor bem salgado. O produto vem de forma fácil de montar e em meia hora meu cunhado montou para mim, o produto tem 67 quilos, e a tecnologia usada foi desenvolvida nos Estados Unidos para atletas que necessitam melhorar a capacidade cardio-respiratória, sem ter que usar as pernas.
Segundo estudos realizados é possivel perder de 9 até 14 calorias por minuto de exercicio, o que em 1 hora pode variar de 540 até 840 calorias, dependendo da intensidade e ritmo do exercício. Estou usando um relógio com monitor cardíaco para fazer os exercicios e em seis minutos já consigo entrar na faixa cardiaca ideal para mim. A conta é feita da seguinte forma: 220 menos a idade = faixa de batimento cardíaco. Como tenho 34 anos, meus batimentos cardíacos máximos são de 186 batidas por minuto.
Gregori preparado para pedalar
Como eu estava há bastante tempo sem me exercitar, o preparador físico indicou usar na faixa de 60% até 80% dos batimentos, ou seja, de 112 até 150 batidas por minuto. Nessa faixa cardíaca, estou perdendo 11 calorias por minuto ou 660 calorias por hora, o que é bastante coisa.
O Krankcycle é muito gostoso de fazer, faz pouco barulho e pode ser usado por toda a familia pois ele vem com um banco removivel facil de tirar e colocar. Estou conseguindo perder um quilo por semana, fazendo 40 minutos de exercício por dia e cuidando da alimentação, minha meta é perder mais seis quilos, e quando chegar na meta mando uma foto atualizada rsrsrsr.
Mandando ver no Krankcycle.
Uma curiosidade para quem precisa perder peso ou manter peso, um quilo de gordura tem 7.700 calorias. Cuidando da alimentação e fazendo 40 minutos de exercício aeróbico por dia, em um dia pode se perder 1.200 calorias, ou seja, 7.700 dividido por 1.200 = 6,4 dias para perder um quilo.
Vídeo demonstrando como utilizar o Krankcycle.

Muito bacana o equipamento, mas infelizmente é muito caro (como tudo para cadeirante). Mas se configura em uma ótima alternativa para se exercitar. Ah, e aguardamos a foto do Gregori quando atingir seu objetivo!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Lavras Novas

Vista de Lavras Novas
Este último fim de semana foi bem diferente do qu''e eu havia programado. Eu ia para São Paulo ver as novidades da Reatech, mas deu tudo errado. Comprei a passagem em janeiro para a sexta feira, dia 13 de abril, às nove horas, pensando em sair do trabalho às seis da tarde e correr para o aeroporto, para aproveitar melhor a feira no sábado. Aí começou a confusão. Eu havia comprado para as nove da manhã.
Chegando perto da data, vi só o horário, sem perceber o dia, e achei que tinha comprado para o sábado de manhã. No sábado, fui para o aeroporto e lá percebi o vacilo. Como a compra de ida e volta cancela automaticamente a volta se a gente não usar a ida (não sabia disso, fica a dica), eu teria que comprar mais duas idas e voltas (pra mim e pra Gi), mas o preço na hora é absurdo. Melou a viagem.
Como não sou de estressar, pegamos o computador e fomos tomar um café com calma (em casa tomamos correndo). Já que estávamos com a mala pronta, decidimos ir para Lavras Novas, uma cidade turística cheia de belas paisagens, cachoeiras e bons restaurantes, que fica a 117 quilômetros de BH. Já fui para lá várias vezes antes de ser cadeirante, fazia caminhadas e trilhas de bicicleta, e estive lá também como cadeirante, mas só de passagem, para almoçar.
Chalés Sesmarias
Procuramos então uma pousada adaptada. Achamos duas pela internet, e ligamos para conferir (isso é muito importante, evita passar raiva com as famosas "pseudo-adaptadações"). A primeira informou que não tinha quarto adaptado lá, somente na outra pousada que fica na serra do cipó. A outra, chamada Chalés Sesmaria, disse ter um quarto adaptado para cadeirante, amplo e com banheiro.
Pegamos o carro e em seguida a estrada. Uma hora e pouco depois, chegamos lá. A pousada até tem mesmo um chalé adaptado, mas não tem estacionamento ao lado. O chalé fica logo na entrada, e em seguida há uma descida judiada que dá nos estacionamentos, que também ficam em um morro com pouco espaço. 
Quarto "adaptado": a cama fica no fundo
Parei o carro meio de lado no estacionamento e saí com alguma dificuldade. O recepcionista me ajudou a chegar no chalé, já que só com ajuda isso é possível. O quarto é amplo, mas a cama fica no canto, só dá para entrar nela encostando a cadeira no pé da cama e se arrastando até a cabeceira. Ponto negativo.
O banheiro não é excelente, mas atende
O banheiro é grande e a porta passa a cadeira, mas cometeram outro vacilo: o espelho é alto demais, não dá para se enxergar da cadeira. A pia tem boa altura e há barras ao lado do vaso e no chuveiro, porém não há cadeira de banho. Pedi uma de plástico e conseguiram na hora, e deu para tomar banho.
Restaurante ao ar livre e com música ao vivo
Lavras Novas não é uma cidade muito adequada para cadeirantes, já que as ruas são de pedra fincada, mas como tem muitos gramados, dá para rodar um pouco. O que mais curto lá são os botecos que colocam várias mesas na grama, tem boa comida caseira e música ao vivo. Com o visual que tem, dá para curtir uma tarde tomando uma gelada e batendo papo. Foi o que fizemos, almoçamos lá mesmo (sugiro o frango com quiabo ou costelinha com ora pro nobis).
Mas a aventura mesmo foi a volta. Saímos de Lavras Novas no domingo à tarde e resolvi passar por Ouro Branco, cidade em que fui criado. O caminho passa pela serra de Ouro Branco, e como estava entardecendo, seria uma boa oportunidade de mostrar para a Gi o belíssimo visual do alto da serra. Entrei na estrada de terra que dá no mirante e seguimos. A estrada está bem judiada, cheia de buracos e erosões, mas com técnica estava conseguindo superá-los.
Fiquei atoladinho 
Só que o sol estava batendo bem na minha cara, e em uma das subidas, a trilha desmoronou e jogou o carro em uma cratera. Caíram as duas rodas do lado direito, encostando o fundo do carro no chão. Detalhe: não pegava celular, estava escurecendo e a estrada estava vazia. Na hora a Gi desesperou, mas com calma sugeri para ela descer pela estrada e procurar sinal de celular para chamar ajuda. Eu fiquei no carro, pois nem tinha como sair. Foi a situação em que senti maior impotência até hoje como cadeirante, pois nem avaliar a situação eu podia. A Gi conseguiu sinal na estrada e chamou o seguro, só que foi difícil explicar onde estávamos.
Havia uma cratera no meio do caminho
Felizmente apareceram duas mulheres e dois homens em um jipe, e logo em seguida mais dois de moto e outro carro com outros dois, e como em um mutirão, pegaram o carro pelos paralamas e conseguiram colocar na estrada de novo. Infelizmente a Gi não tirou foto dos caras colocando o carro de novo, foi uma cena incrível aquele tanto de gente fazendo força e balançando o carro para colocar no lugar. Detalhe, ele pesa uma tonelada e meia! No final rolou até aplausos pelos sucesso da operação. Agradeci a todo mundo e consegui virar o carro para voltar. Depois, cancelei o seguro, que já estava mandando um reboque.
O carro nada sofreu, nem um arranhão, e pudemos voltar para a estrada e seguir para BH. Viemos rindo da situação, mas que na hora bateu um cagaço, isso bateu! E fica a dica: cadeirante, não arrisque dirigir onde o carro possa atolar!

domingo, 15 de abril de 2012

Nova Automax

Belíssimo prédio da nova Automax
Este mês foi inaugurada mais uma unidade da Automax, a maior e melhor concessionária Fiat de Minas Gerais. Ela está localizada na Via Expressa, no bairro Coração Eucarístico, próximo à entrada da PUC, em BH, e é uma belíssima obra de engenharia, para atender com a reconhecida expertise em qualidade e excelência aquela região que possui um grande potencial.
Salas de espera muito confortáveis
O prédio ficou mesmo um espetáculo, tem um amplo salão de exposição com locais para relaxar ou aguardar a realização de algum serviço. Mas o que chama mais a atenção é um enorme painel que pega quase toda a extenção do prédio e conta em fotos a trajetória da Fabbrica Italiana Automobili Torino - FIAT, desde sua fundação em 1899 até os dias de hoje.
O painel que conta a história da Fiat
E como não podia deixar de ser, há um setor especializado na venda para deficientes, com profissionais preparados para atender e orientar na aquisição de veículos que tanta liberdade trazem a nós cadeirantes. Há vaga para deficiente bem na porta e bastante espaço para circulação lá dentro, além de banheiros para deficiente adaptados e independentes.
E o  meu amigo Geraldo Amaral atende lá agora, com a presteza e simpatia de sempre. Não deixe de conhecer mais essa alternativa para realizar o sonho do carro novo na garagem.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Reatech 2012

Começou hoje e vai até domingo em São Paulo a décima primeira edição da Reatech, a Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação ação, Inclusão e Acessibilidade.
A feira é uma ótima oportunidade para conhecer as últimas novidades em produtos e serviços voltados para as pessoas com deficiência. São 300 expositores em 32 mil metros quadrados, com expectativa de receber 48 mil visitantes nos quatro dias de feira. Na programação estão incluídos cursos, palestras, workshops e stands de diversas empresas, inclusive montadoras com test drive em veículos com as mais modernas adaptações. Outra vantagem são as promoções nos caros produtos destinados a nós, como as cadeiras e almofadas de ar.
Ano passado não pude ir, mas este ano não posso perder, chegarei à feira no sábado e nas semanas seguintes publicarei o que tiver visto de mais interessante.
Atualizando (direto do aeroporto): mais uma vez fiz uma cagada tripla e comprei a passagem errada para São Paulo, portanto não vou mais à feira. Quem for lembra de mim e depois me conta como foi...

domingo, 8 de abril de 2012

Fiat Grand Siena

Sabe aquele carro que você olha e pensa "quando eu crescer quero ter um carro desses"? Foi essa impressão que tive ao conhecer o novo Fiat Grand Siena. E para a felicidade dos cadeirantes, o carro cresceu onde precisava: espaço interno e porta malas. Agora ficou muito mais fácil e seguro entrar no carro, pois a porta é maior e a trava não possui pontas, e não corre o risco de machucar as costas no caminho. O espaço interno é bem melhor, consegui passar as pernas com facilidade por baixo do volante e fiquei a três dedos do teto, coisa que não consigo nem no meu Bravo.
O espaço interno agradou, achei maior até do que o do Bravo
Para mim é um alívio identificar essas melhorias no Siena, já que ele é um dos preferidos dos taxistas. Toda vez que eu preciso pegar um táxi, e me deparo com um do modelo anterior, já imagino o trabalho que vou ter evitando bater as costas na trava da porta e deitando o banco para não bater a cabeça no teto, sem contar que minha cadeira nem sempre cabe no porta malas, principalmente se o táxi tiver um cilindro de gás natural instalado.
Porta malas gigante do Grand Siena, cabe a cadeira com folga
E a outra boa notícia vem do porta malas, que cresceu 20 litros, passando de 500 para 520. Pode parecer pouco, mas o mais importante é o desenho interno, ele agora é mais alto e ainda tem a possibilidade de rebater o banco traseiro se necessário. Pelo teste que fiz, não é necessário, a cadeira cabe com folga e sobra bastante espaço para bagagem. O painel do carro também ficou lindo, dá impressão de ser carro de categoria superior.
Lindo painel do Siena, combina com o exterior
Além dos atrativos das dimensões e do belo design, o Fiat Grand Siena ainda conquista pelo nível dos equipamentos e pela segurança. Ele sai de fábrica bastante completo, incluindo de série air bag duplo frontal e freios ABS com EBD em todas as versões. Ainda oferece opcionais como rádio CD/MP3 com viva voz Bluetooth, conexão USB e iPod, volante em couro com os comandos do rádio, comando do câmbio tipo borboleta no volante, para-brisa térmico, air bags laterais dianteiros e sensores de chuva, estacionamento e crepuscular, elevando os parâmetros de tecnologia e requinte do segmento dos sedãs compactos.
O Grand Siena custa a partir de 38 mil, setecentos e dez reais, e a versão que acho mais interessante para cadeirantes é a Essence 1.6 Dualogic, que parte de 45.990,00. Com as isenções, este valor cai para 33.091,35 reais. É uma excelente oportunidade para virar gente grande!!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Aposentadoria especial para pessoas com deficiência

Nesta terça feira foi aprovada pelo Senado Federal a aposentadoria especial para pessoas com deficiência. O Senado Federal aprovou, o Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 40, de 2010, que regulamenta a aposentadoria especial da pessoa com deficiência filiada ao Regime Geral de Previdência Social. A nova legislação prevê redução da idade e do tempo de contribuição desses segurados, para fins de aposentadoria. Neste caso, a redução vai variar de acordo com o grau de deficiência.
Segundo o projeto, pessoas com deficiência leve terão o tempo de contribuição reduzido em dois anos. Para deficiência moderada, a redução é de seis anos e para pessoas com deficiência grave a redução será de 10 anos. Um decreto deve conceituar os graus de deficiência. O projeto também prevê redução para a aposentadoria por idade. No caso dos homens passa de 65 para 60 anos e no caso das mulheres, de 60 para 55 anos.
“Esse texto faz justiça às pessoas com deficiência, já que elas têm um desgaste muito maior com o trabalho do que os outros trabalhadores”, diz o secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim. O PLC já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados, mas como foi modificado no Senado, precisa voltar a ser apreciado pelos deputados federais.
Agora é torcer para que o projeto passe na câmara dos deputados também.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Novo Palio

Desde seu lançamento eu estou querendo experimentar o novo Palio, e semana passada eu finalmente consegui, e fiz até um test-drive! Estive na Hélio Adaptações para avaliar as novidades que vão para a Reatech este mês e lá estava um Palio zerinho sem placas pronto para rodar, e ainda com um acelerador de aro recém chegado da Guidosimplex. Como eu já ia testar a adaptação, aproveitei para fazer a avaliação geral do carro. Então, foquei nos quesitos que acho fundamentais para um cadeirante: facilidade para entrar, espaço interno e porta-malas. Este último quesito sempre é um empecilho em carros compactos, principalmente hatches.
E em todos os quesitos, me impressionei! O carro melhorou em tudo. Começando pela porta, agora o encaixe da porta é arredondado, e não mais pontudo, evitando o risco de machucar as costas na hora de entrar. E a porta é maior e mais alta, o que permite elevar o corpo e facilitar ainda mais a entrada. Melhorou tanto que consegui entrar sem encostar em lugar nenhum, o que era impossível no Palio antigo.
O teto mais alto é ótimo: sobra até espaço pro chifre!
Achei ótimo, mas me impressionei ainda mais com o espaço interno. Maior que o do Bravo! Consegui passar as pernas com facilidade por baixo do volante e o mais incrível: sobrou espaço acima da minha cabeça! Só para lembrar: tenho 1,95 metro, e carros dessa categoria geralmente são um tormento para mim. Começo batendo na porta, depois demoro uns minutos colocando as pernas para dentro, e para completar encosto a cabeça no teto. Nada disso aconteceu dessa vez!
Uma cadeira monobloco tamanho 44 coube no porta malas
Faltava a prova de fogo para todo cadeirante: o porta malas. Quando avaliei a última versão do Palio, depois de muita ginástica consegui colocar minha cadeira no porta malas, mas com o banco traseiro solto e um pouco para frente, e a tampa do porta malas só fechou quando empurramos o banco de trás mais para a frente. Desta vez, por incrível que pareça, minha cadeira coube sem esforço e com o banco traseiro travado! Achei incrível, e o melhor estava por vir: o porta malas fechou sem pegar na cadeira1 Juro que por essa eu não esperava.
E o porta malas fechou! Isso é incrível, Sílvio!
Agora sim, os cadeirantes estão bem servidos de um carro pequeno que atende aos principais requisitos, e ainda tem a opção de câmbio automatizado. O Palio Essence 1.6, que sai de fábrica com ar condicionado,  direção hidráulica, faróis de neblina, abertura elétrica do porta malas, vidros dianteiros e travas elétricas, custa R$ 38.350,00 na concessionária mas cai para R$ 27.594,65 sem os impostos, e a versão Dualogic custa a partir de R$ 40.880,00, mas com os descontos de IPI e ICMS cai para 29.413,90 reais. Mais um bom motivo para sair da cadeira para um banco reclinável motorizado!

domingo, 1 de abril de 2012

G-TRAN

Entrar e sair do carro assim é mole!
Esse mega chique sonho de consumo que vocês vêem na foto acima é o G-TRAN, uma espécie de cadeira de rodas cujo banco se solta do suporte de rodas e entra no carro. A cadeira que vem nele tem braços e uma barra para empurrar atrás, e como um banco de carro, pode também ser reclinada. Porém, neste modelo a cadeira terá que ser empurrada por uma outra pessoa, já que suas rodas são pequenas, de 12 polegadas, mas há também um modelo com rodas de 24 polegadas, que pode ser conduzida pelo próprio cadeirante. Melhor ainda, é a versão em que a base é uma cadeira de rodas com motor, que permite ao cadeirante sair do carro e continuar motorizado!
O suporte do banco é instalado no carro e gira mecanicamente em torno de 90 graus para se encaixar na base que vira uma cadeira de rodas. Aí basta escorregar o banco até o suporte e ele se transforma na cadeira de rodas. Este equipamento é vendido na Hélio Adaptações e ajuda muito na locomoção por carro de um cadeirante, trazendo muita praticidade e conforto para o dia a dia. Ele é importado da Itália, da marca Guidosimplex. O equipamento pode ser utilizado também para facilitar o embarque e desembarque de passageiros com dificuldades de locomoção.
Instalado em um Fiat 500, ficou super charmoso
Mas o mais interessante é que o G-TRAN pode ser instalado em um banco de carro comum, e, para demonstrar na Reatech, que acontece de 12 a 15 de abril em São Paulo, o pessoal da Hélio instalou no banco de um Fiat 500, o "Tchinquetchento". 
Escorrega facilmente para fora do carro
Este equipamento foi testado e aprovado pelas principais montadoras de veículos da Europa. Suporta peso de até 250 Kgs. Mas infelizmente ele não pode ser instalado em qualquer carro, para sua instalação o veículo tem que ter uma excelente abertura e altura de porta, ou então deverá ser modificado. A abertura da porta é fácil de resolver, basta ampliar, mas a altura do carro pode ser um complicador, pois será necessário mexer na suspensão.
Fora do carro, pronto para as ruas
G-TRAN
Preço: sob consulta (4 dias para instalar).
Pagamento: 30 % entrada e o restante em até 6 vezes sem juros no cartão de credito na Hélio Adaptações - Rua Pitangui, 650, Belo Horizonte/MG, Tel: (31) 2526-1569.

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