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Moderno Airbus A330-200 da Air Europa |
Viajar para a Europa era um sonho antigo. Após duas adiadas, resolvi colocar em prática meus planos este ano. Comecei a programar em maio, com a compra das passagens. Meu objetivo era passar por quatro países, portanto seriam várias passagens, além da principal, de ida e volta para lá. Recomendado por meu cunhado, que foi ano passado visitar o irmão que morava em Madri, escolhi a cidade como "porta de entrada" na Europa. Busquei por preços de passagens através dos
Skyscanner, e as mais baratas eram pela
Air China, que meu cunhado utilizou, e
Air Europa, uma companhia espanhola. Fui ao site das companhias para comparar preços e datas. Ficaria 14 dias na Europa e queria pegar dia 1º de outubro, para comemorar meu aniversário lá.
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O espaço para as pernas até que é razoável - minhas pernas que são enormes! |
Após pesquisa sobre opinião de consumidores sobre as companhias e envio de e-mail questionando sobre o preparo para receber cadeirantes, escolhi a Air Europa. Após a compra da passagem, enviei mais um e-mail perguntando se eu poderia ser alocado nas primeiras fileiras, pois poderia esticar as pernas e mudar de posição, afinal seriam dez horas de vôo. Me confirmaram que o assento seria reservado para mim e na reserva estava informado que eu era cadeirante. Cheguei ao aeroporto de Guarulhos, e houve resistência para me alocar na primeira fileira. Mostrei o e-mail da confirmação deles impresso (*isso é fundamental, imprimir todas os e-mails*). Logo chamaram uma pessoa mais "graduada" e ela me fez a seguinte proposta: reservaria para mim uma fileira inteira de quatro assentos no meio, e eu poderia usar à vontade, os braços eram todos removíveis. Aceitei e embarcamos.
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Pegamos uma fileira inteira |
Me passaram para aquelas cadeiras estreitas para chegar até o meio do avião e transferi para a poltrona. O avião era um Airbus A330-200 para quase 300 pessoas, confortável e com tela individual para cada passageiro. Isso foi ótimo para ver filmes na viagem, vi dois inteiros. E a solução deles de reservar quatro poltronas foi ótima, pude deitar no colo da Gi e dormir, no fim das contas foi menos cansativo do que a viagem de oito horas para Orlando. O atendimento deles também foi muito bom, mostraram que estão preparado para lidar com deficientes, e o espaço entre poltronas não é tão apertado. Durante o vôo serviram vários lanches e refeições, e tem bastante entretenimento a bordo. Na volta não consegui as quatro poltronas porque o vôo estava cheio, mas aí me colocaram na primeira fileira - que na verdade não é a primeira, é só a primeira da classe econômica. Foi bom também porque pude esticar as pernas e mudar de posição, minimizando novamente o desgaste.
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"Amarrado" à cadeira de avião |
Outra grande preocupação ao fazer uma viagem destas é o banheiro. Não conheço nenhum avião com sanitário adaptado, portanto nem adianta reclamar. Fiquei contando com a experiência dos comissários e minha no vôo para Orlando. Daria um jeito. Quando deu o horário e senti que precisava ir ao banheiro, chamei os comissários. Trouxeram a cadeira, transferi para ela e fomos. Chegando lá, colocaram a cadeira de frente para a porta e sugeriram que eu tentasse transferir. Me segurei nas barras e na pia, e joguei o corpo para a frente, com alguma ajuda deles. Meus joelhos entraram na lateral do vaso, consegui colocar a perna em cima do vaso, mas percebi que não conseguiria virar o corpo. Minhas pernas são muito grandes, e o banheiro muito estreito. Voltei à cadeira e sugeri fazer como fiz no vôo para Orlando, um dos comissários me puxaria de frente e me colocaria em cima do vaso, e então a Gi entraria comigo. Primeira tentativa, ele não conseguiu me girar direito e voltamos à cadeira. Segunda tentativa, o cara já bufando, minhas pernas travaram na porta e voltamos à cadeira. Aí deram a sugestão: como o banheiro ficava entre duas classes, poderiam fechar as duas cortininhas nas laterais e eu faria a sondagem ali. Assim fizemos, e deu certo. Na volta, fiz diferente. Diminuí a ingestão de líquidos à noite (o vôo era às 23:30), fiz uma sondagem antes de embarcar e no vôo tomei pouco líquido, então fiquei até chegar no Brasil sem sondagem, para fazer no aeroporto. Foi melhor assim.
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Espaço para as pernas na EasyJet. Melhor que alguns aviões daqui. |
De Madri para Paris busquei passagens no mesmo site e o melhor custo benefício foi pela
EasyJet, uma das mais famosas Low Cost da Europa - para quem não sabe, significa baixo custo. No site deles já mostram a preocupação com cadeirantes, você escolhe a necessidade que tem e compra sem marcar assento. Uma diferença básica com o Brasil, é que lá fora não tem essa de ficar chorando para ir na primeira fileira, que é reservada para deficientes, que você tem necessidade, que não adianta. A legislação lá proíbe que pessoas com deficiência ocupem as primeiras fileiras, pois são saídas de emergência. Mas eles são experientes com cadeirantes, auxiliam a passar para a cadeira estreita que te leva mais para o fundo, e depois para a sua poltrona. O que se consegue conversando é não ir muito para o fundo. Usei a mesma companhia para ir de Londres para Roma, mas de Roma para Madri usei a
Ryanair, outra Low Cost. Vou contar como foi.
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Avião da Ryanair. Meio feinho, né? |
Viajar de Low Cost dentro da Europa é muito tranquilo. A verdade é que as Low Cost de lá são muito semelhantes às nossas companhias "normais", na EasyJet me senti na Gol, até a cor é igual! Os assentos são apertados - assim como os daqui - e não dão nada a bordo, só vendem - assim como no Brasil. A diferença é que lá eles sabem lidar com cadeirantes, perguntam sempre como podem ajudar e se necessário transferir sabem exatamente como te pegar e orientam com educação. Recomendo usarem sem medo, porém na Ryanair achei a poltrona mais apertada para as pernas, mas mesmo assim nada absurdo. Me acomodei bem, até dormi. O que se deve observar é em que aeroporto estas companhias operam, pois muitas vezes só utilizam aeroportos mais distantes e menores. Foi o caso da Ryanair, que decolou de Ciampino, cidade próxima a Roma. Comprei nela mesmo porque os outros aeroportos também são distantes. A diferença é que para outros há linha de trem direto, para Ciampino havia só ônibus. Acabei indo de táxi, não ficou tão caro, trinta euros. Porém houve outro inconveniente: lá só há embarque na pista, portanto precisei ir de Ambulift. Pelo menos estava funcionando, ao contrário de alguns daqui.
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Espaço para as pernas na Ryanair. Apertadinho. |
De Paris para Londres, e de Roma para Modena, viajei de trem. E rodei muito de metrô em Madri. Vou contar como foi em outros posts. Vivi o maior perrengue em viagens da minha vida em um desses trechos, fiquei até tenso - olha que isso não é fácil - mas depois ri muito. Vocês também irão rir!
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Legal nos vôos pela Europa é o visual. |