segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Cadeirante na Itália - Vaticano

Na Praça de São Pedro, na esperança de ver Chiquinho!
Nosso quarto e último destino na Europa foi a Itália. E era justamente o lugar que eu mais queria conhecer, pois minha família veio de lá. Porém, confesso que foi a parte mais mal planejada da viagem, chegaríamos em Roma no fim da tarde de um dia, gastaria um dia inteiro para ir e voltar a Modena, e ainda iria embora no quarto dia pela manhã. Então, teria apenas um dia para conhecer os principais pontos turísticos da cidade. Já havia conversado com meu cunhado, que estivera lá há pouco tempo, e ele me disse que seria suficiente.
Chegamos à noite em Roma pelo terminal Termini
Chegamos ao aeroporto e pegamos um trem para a cidade. Escolhi um hotel próximo à estação Termini propositalmente, pois de lá partem trens, metrô e ônibus para qualquer parte da cidade e até para outras cidades. Chegamos a Termini por volta de oito e meia, bem cansados. Fomos andando até o hotel, mas chegando lá... O atendente nos disse que o quarto adaptado estava ocupado, e que os ocupantes haviam saído cedo e ainda não haviam retornado. Eu poderia esperar eles chegarem para trocarem de quarto entrar, ou poderia ir para um hotel semelhante que eles já tinham reservado para mim pelo mesmo preço. Inicialmente fiquei meio revoltado por não terem reservado direito, ameacei entrar em contato com o Booking, mas resolvi ir até o hotel para ver se valia a pena. O atendente chamou então um auxiliar japonês para nos levar até o hotel, que era no quarteirão seguinte. Fomos então atrás do japonês. Chegamos à esquina e entramos à esquerda. Acabou a rua e o japonês olhou para um lado, olhou para o outro e se virou pra nós. Perguntei se estava tudo certo e descobri que ele não falava inglês. Mas entendi que ele não estava encontrando o hotel. Pediu pra gente esperar ali - bem no meio do cruzamento, e saiu correndo pela rua até o fim do quarteirão e sumiu na esquina. Logo apareceu ele de novo, correndo, chegou até a gente e pediu para esperar mais um pouco, continuou correndo na outra direção até sumir. Nisso a gente já estava rindo, o japonês magrinho naquela roupa tipo ascensorista de elevador chique correndo prum lado e pro outro. Apareceu de novo o japonês tentando explicar que não encontrava o hotel e ia voltar ao primeiro hotel para pegar mais explicação. E lá vai o japonês correndo pela rua. Logo ele voltou correndo explicando o vacilo: era só entrar para a direita no início, o hotel era logo depois da esquina.
Fachada do Hotel San Remo, com degraus... mas tinha entrada lateral
Chegando ao hotel, pequeno problema: tinha dois degraus na porta. Antes que eu reclamasse o japonês entrou correndo e pediu para abrirem a porta lateral, onde há uma rampa. Tinha um certo cheiro de mofo, mas pelo menos não era íngreme. O hotel era bem melhor que o primeiro, apesar da entrada, e o quarto era bem adaptado e espaçoso. Saímos para jantar em um restaurante próximo, indicado pelo hotel. Pedimos pizza (claro) e vinho da casa - são sempre boa pedida, vinhos de qualidade em garrafa comum. Conversando descobrimos que estávamos ao lado de um casal de brasileiros. 
Prática trava de cadeira de rodas no metrô de Roma
No dia seguinte saímos cedo para correr pelos pontos turísticos. Resolvemos começar pelo Vaticano. Perguntei antes e descobri que o melhor meio de transporte seria o metrô. Em Roma há muitas estações adaptadas, mas é preciso se informar pois nem todos os elevadores funcionam. Chegamos rapidamente lá, mas ao sair da estação percebi que teria algum problema, pois o Vaticano ficava no alto. Não me desesperei, afinal um lugar que deve receber dezenas de cadeirantes por mês não poderia ser sem acesso. Chegamos à entrada e a fila estava dobrando o quarteirão. Mas logo me direcionaram para a entrada de cadeirantes, onde já haviam dois na fila. Entramos logo, e começou a sequência de elevadores. O primeiro leva a uma loja e algumas esculturas, o segundo ao segundo andar e início da Capela Sistina. Ainda haviam mais dois, para o segundo andar, e para a Praça São Pedro.
Bela igreja no caminho para o Vaticano
Entrada do Museu Vaticano, cadeirante não pega fila - só de cadeirantes...
Praça Quadrada, na entrada do Vaticano
Praça no centro do Museu
O Vaticano é um complexo com museu, lojas, praças ao ar livre, igreja e espaços internos. Iniciamos pela praça principal, onde há um monumento em forma de globo que fica girando. Não descobri o nome dele, mas pela foto acima dá para saber qual é. Depois da praça entramos no Museu do Vaticano, com obras religiosas e peças ligadas à história da igreja no mundo. Havia até uma arca que lembra aquelas de histórias do Indiana Jones. Rodamos pelos corredores e galerias do museu e ao final havia uma escada, mas - claro - tinha um elevador que levava até a Capela Cistina. Antes da entrada havia um espaço com uma mesa e um padre, para que as pessoas pedissem uma benção. Havia um casal lá e a Gi pediu para esperar, e assim que liberou entramos. Expliquei em inglês que a gente queria uma benção para nossa relação, e depois de dizer que Deus não havia me abandonado, por causa da minha situação, segurou nas nossas mãos e começou dizendo que a Gi era um anjo que apareceu na minha vida, que nossa relação era especial e Deus estava olhando por nós, etc, etc, nesse momento olhei para a Gi e ela estava desabando de chorar. O detalhe é que ela não fala inglês, então estava chorando porque? Quando acabou agradeci ao padre e fui tirar minha dúvida, ela disse que ele não poderia estar falando nada de ruim, então se emocionou! Ah, mulheres...
Linda arca entre os objetos do museu
O trânsito para dentro da capela era intenso, mas o pessoal respeita e é só ir pedindo licença. Chegando mais no meio, o padre que tinha nos dado benção apareceu e foi na frente tirando o povo e me posicionou em frente ao altar. Em seguida pediu silêncio a todos e começou uma breve missa. A capela é menor do que eu imaginava, mas sua grandiosidade está no teto, que é todo tomado pela obra de Michelangelo. Realmente incrível, de encher os olhos. Depois da missa fomos direto para a Praça São Pedro, onde fica a Basílica de São Pedro e onde o Papa aparece eventualmente. A praça é linda, mas toda irregular e complicada de rodar com cadeira de rodas, principalmente nas laterais. Imaginava que ela fosse plana, mas é toda em desníveis. Há escadas nas laterais, para acessar o centro há rampas, mas estando longe é mais fácil descer os degraus, são baixos e largos. O obelisco ao centro também é fantástico, mas o grande barato é estar ali, onde são revelados novos papas, onde o povo se junta para ver e ouvir o Papa - enfim, onde a história aconteceu e acontece até hoje.
Elevador que leva à Capela Sistina
Entramos depois na Basílica, que tem um caminho um pouco tortuoso para cadeirantes: peguei um elevador, atravessei a frente toda para chegar em uma rampa, atravessei algumas cordas e finalmente estava lá dentro. O lugar é absolutamente incrível, a altura do teto, as imagens nas laterais e a luz que entra pelo teto e janelas, coisa de louco. Dentro da basílica há diversos santuários e seções dedicadas a alguns papas, com destaque, claro para o túmulo do João Paulo II. Outra que chama muita atenção é a Pietá, toda em mármore, belíssima. E no fundo da basílica, o imponente altar, que já vi várias vezes na televisão, principalmente na Missa do Galo no fim do ano. Fiquei imaginando o tamanho das árvores que deram origem àquelas colunas. Na saída passamos em uma das lojinhas de lá para comprar lembranças - mas é mais barato fora da basílica, há dezenas de lojas e até camelôs.
Detalhe da fachada da Basílica de São Pedro
Túmulo do Papa João Paulo II
Altar Papal
Saindo de lá demos mais algumas voltas pela praça e fomos almoçar. Me disseram que os restaurantes bons são os mais próximos, pois os padres não comem mal. Realmente, comemos uma massa bem gostosa. Depois fomos pegar um buzão para conhecer Roma - conto no próximo post!

domingo, 11 de janeiro de 2015

Londres para cadeirantes - Parte 2

Fachada imponente do Museu Britânico

Na tarde do nosso segundo dia em Londres fomos ao British Museum. A entrada é gratuita e a acessibilidade completa. Tem dois elevadores na entrada, um de cada lado da escadaria principal, e ambos estavam funcionando. O hall de entrada do museu é incrível, o teto é arredondado e todo de vidro, em um vão de encher os olhos. Assim como em Paris, há quiosques de informação com guias em várias línguas, incluindo o português. Os funcionários são também cuidados e atenciosos com cadeirantes, explicam e acompanham até os elevadores e acessos. Começamos pela coleção grega, com lindas peças em mármore, estátuas, tem até pedaços do Pártenon e templos gregos quase completos. Depois descobri que há uma batalha jurídica entre a Grécia e a Inglaterra para que devolvam peças roubadas no passado. Gostei muito também da coleção de múmias e dos artefatos egípcios, com destaque para a Pedra de Roseta, que contém o primeiro texto bilíngue que se tem notícia. Em uma das alas tinha até uma caveira de cristal ao estilo Indiana Jones! Dá para gastar algumas horas apreciando alguns dos sete milhões de objetos de todos os continentes catalogados no museu. Depois do museu, fomos a pé para casa do Filipe.
Templo grego quase completo
A caveira de cristal que o Indiana Jones estava procurando!
No dia seguinte, fiquei sabendo que a cavalaria real passaria pelo Palácio de Buckingham, então começamos por lá o passeio. Muito legal ver os cavaleiros com aquelas vestes típicas e capacetes dourados, parece que voltamos ao século retrasado! Depois disso fomos para a Tower Bridge, outro cartão postal icônico de Londres. Como era um pouco longe, precisávamos pegar dois ônibus. Como a Gi não fala inglês, precisei ensinar a ela o nome das ruas em que iríamos descer, pois quando ela fosse pagar a passagem, o motorista iria perguntar. Enquanto esperávamos no ponto, eu ficava ensaiando com ela o nome das ruas. No primeiro ônibus, o motorista perguntou e ela falou, como ele não entendeu continuou perguntando, quando eu já ia lá resolver um dos passageiros se ofereceu para dar o recado. Para o segundo ônibus, mesma coisa, ficamos treinando, chegou na hora ela falou o nome, o motorista repetiu e ela: - Isso! É lá mesmo! Claro que o cara não entendeu patavinas. E eu fiquei rindo lá no meio do ônibus...
Cavalaria real. Parece aqueles soldadinhos de chumbo!
Os homi britânico!

Uma das famosas cabines telefônicas londrinas
No meio do caminho, antes de trocar de ônibus, reparei em uma placa em um prédio com os números mais icônicos que se pode ver em Londres: 007. O prédio era o London Film Museum, um museu com os principais veículos usados nos filmes do James Bond desde o primeiro (são 23 filmes da franquia). Há helicópteros, aviões, barcos, motos e dezenas de carros. Atrás dos principais veículos há telas ou televisões onde aparecem as principais cenas de ação que eles participaram. E há descrições explicando como foram feitas as cenas. Muito bacana para quem curte filme e carros, como eu. Ah, o museu não tem gratuidade, e não é barato, quase quinze libras. Mas valeu a pena.
Aston Martin do James Bond, esse foi dirigido por Sean Conery
Um dos helicópteros da exposição.
Depois disso pegamos outro busão, chegamos à Tower Bridge e nos impressionamos com o tamanho dela. Na base de uma das torres tinha uma entrada com uma fila na porta, fomos nos informar por lá e já nos colocaram para dentro, sem pagar. Há um elevador ali que leva até o corredor que liga as duas torres. No corredor, além da linda vista da cidade, há painéis com fotos e a história de outras pontes famosas mundo afora. Ao final, você tira uma foto e recebe um tícket, para comprar na saída uma montagem com a ponte ao fundo. Depois há uma sala de cinema com um filme bem interessante contando como foi feita a ponte, desde a ideia inicial até a construção final, mostrando o mecanismo de abertura para barcos. Para fechar o passeio é preciso descer por elevador, mas este estava quebrado e precisei voltar por onde vim.
Tower Bridge ao fundo.
Gi com os cabelos esvoaçantes na Tower Bridge. Ao fundo, o castelo Tower of London.
Bem ao lado da Tower Bridge fica o Tower of London, um castelo que funcionava como prisão no passado. Há guardas uniformizados com vestes antigas típicas, e é possível fazer um passeio guiado pelo interior do castelo. Só que nesse daí cadeirante e acompanhante pagam, quinze libras cada... Acabamos não fazendo porque estava ficando tarde, e leva-se pelo menos umas duas horas para ver tudo. Além disso, nem tudo lá dentro é acessível, alguns prédios só podem ser acessados por escada e não tem elevador. Tomei birra e não voltei mais. O passeio em torno do castelo já valeu pela vista do rio e da Tower Bridge. De lá pegamos um ônibus até um pub típico londrino, para finalmente tomar uma cerveja Guiness com o Filipe. Este é um programa imperdível em Londres, tomar uma Guiness em um pub! Depois fomos comer em um restaurante indiano chamado Massala Hut, muito bom, onde tomamos uma cerveja chamada Cobra, também muito gostosa (não, não era feita de cobra nem tinha uma cobra dentro dela).
Tomando uma Guiness com o Filipe em pub londrino
Para o último dia em Londres eu tinha programado ir a Notting Hill e Abbey Road, mas acordei com muitas dores e fiquei descansando até tarde. Saímos à tarde para dar um rolé pelo bairro e ficou nisso. Para a noite, eu tinha combinado de encontrar com o Carlos, um amigo que fiz pela internet, e já acompanha o blog há alguns anos. Mais uma vez usamos ônibus para atravessar a cidade em um dia chuvoso. Encontramos com ele no bairro Southwark, ao sul da cidade, do lado de baixo do rio Tâmisa. Ele nos levou a um pub que é um dos mais antigos de Londres, só que não lembro o nome. Fica bem na beira do rio e tem uma vista privilegiada para a Tower Bridge, que fica linda iluminada à noite. O pub tinha várias cervejas artesanais de vários sabores, escolhi uma das mais exóticas, feita de morango! É gostosa mas um pouco enjoativa. Encontramos lá um amigo dele brasileiro, o Felipe, e de lá fomos a pé para um restaurante também na beira do rio (e que eu também esqueci o nome). O restaurante era bem bacana, tinha banheiro para deficiente, só que não tinha acesso para a parte de cima, onde ainda haviam mesas perto da janela. Carlos e Felipe me levaram escada acima e degustamos ali pratos deliciosos e vinho do bom. Foi uma noite bem agradável, batemos muito papo e divertimos bastante! Nunca encontrei um camarada que conheci pela internet tão gente boa.
Tomando cerveja de morango em antigo pub tradicional
Vista da Tower Bridge à noite
Com o Carlos e o Felipe jantando à beira do rio Tâmisa.
No dia seguinte, pela manhã, pegamos um trem para o aeroporto de Gatwick, para embarcar para Roma. Gostaria de agradecer mais uma vez ao Filipe pela excelente recepção e estadia, espero um dia poder retribuir!
Sair de trem pela estação Victoria é fácil, é só seguir a linha vermelha!

domingo, 4 de janeiro de 2015

Londres para cadeirantes - Parte 1

Em frente ao Big Ben com a London Eye ao fundo
A viagem até Londres foi rápida e tranquila, chegamos domingo de manhã na estação St. Pancras, onde foi filmado Harry Potter. A estação é enorme e muito bonita, tem uma escultura linda de um casal se beijando, como em um reencontro, lembra aquela famosa foto de um marinheiro beijando uma mulher no porto. Chegando lá encontramos o Filipe, irmão do meu cunhado que mora lá e nos recebeu no seu apartamento. É uma mão na roda ter alguém que conhece a cidade para orientar o passeio e evitar furadas. E o cara é tão gente fina que procurou um apartamento com elevador antes de se mudar pensando em uma futura visita.
Fachada da estação ferroviária St. Pancras
Escultura no interior da estação
Fomos para a casa dele de ônibus, em um daqueles vermelhos famosos, de dois andares. O que pegamos era tão moderno que o motor era híbrido, movido a gasolina e energia elétrica. O cadeirante entra pela porta do meio, onde uma rampa aparece por baixo do ônibus ao comando do motorista. O cadeirante só precisa apertar um botão com o símbolo da acessibilidade ao lado da porta. Ninguém precisa ajudar a subir, pois a inclinação é ótima, e a chance de estragar é pequena, pois não tem a complexidade dos elevadores brasileiros. Depois de entrar, a rampa se recolhe e a porta se fecha, e aí um probleminha: é preciso ir até a cabine do motorista para pagar a passagem, voltando pelo corredor onde as pessoas estão entrando para embarcar. Ou melhor, pagar não, passar um cartão chamado "Oyster" em uma máquina. Se o cadeirante está sozinho, e as pessoas te vêem no corredor, todo mundo para e espera, sem reclamar. Imagina se fosse no Brasil...
Chegamos ao bairro do Filipe e passamos em uma estação para comprar o tal cartão de ônibus. A estação também serve ao metrô, porém esta não tinha acesso para cadeirantes. Não são todas na cidade que têm, o que faz do ônibus o transporte ideal. Assim como em Paris, há mapas das linhas disponíveis no aeroporto, estações, e até lojas de souvenir. Em seguida subimos para o apartamento dele, que fica em uma região nobre de Londres, próximo ao Regent's Park. É um apê típico de solteiro, um quarto grande, sala com cozinha combinada, um quarto pequeno e um banheiro. Ele nos cedeu sua suíte master (que honra) e ficou no menor. O banheiro não era adaptado, mas a cadeira passava com facilidade na porta. Tem uma banheira onde fica o chuveiro, o que percebi que atrapalharia um pouco o banho. Como outras cidades europeias, não havia ralo fora do box, portanto o banho sentado no vaso também seria complicado. Optei por tentar entrar na banheira, colocando um banco lá dentro, mas na prática isso se tornou complicado e perigoso - para sair da banheira passei um arrego. Nos dias seguintes, preferi tomar banho no vaso, e depois a Gi secava o banheiro.
Com o Filipe almoçando jamon
Devidamente instalados, aproveitamos o belo dia de sol - raridade em Londres - para conhecer os primeiros pontos turísticos. De cara, obvio, o Big Ben. Fomos almoçar jamon (pronuncia-se "ramon") - uma carne de cedro muito gostosa - no Iberia, e depois pegamos outro ônibus e descemos próximo ao prédio do parlamento. O prédio do parlamento - Palácio de Westminster - é imenso, toma um mega quarteirão às margens do rio. Apesar do sol, fazia um pouco de frio, por isso não tirei a blusa hora nenhuma - mais para frente me arrpendi de não ter levado blusas mais parrudas. Chegamos ao Big Ben e já avistamos a London Eye - aquela roda gigante à beira do rio Tâmisa. Confesso que achei que o Big Ben fosse maior, mas sua simbologia o torna gigante. Ele é testemunha de centenas de anos de reinado britânico.
O relógio mais famoso do mundo
London Eye ao fundo
Atravessamos o rio para ver melhor a London Eye, mas não animei dar uma volta, queria conhecer outros lugares. Fomos à St. Margaret's Church (Igreja de Santa Margarida) que fica bem atrás do parlamento. Estava fechada à visitação, mas só a construção por fora vale a pena. De lá nos dirigimos ao Palácio de Buckingham, residência oficial da realeza. Como não era longe, fomos a pé - e a roda - através do parque St. James, que tem um lago muito bonito no meio, além de vários animais como gansos, marrecos, patos e outros parentes.
Em frente a um dos portões do Palácio de Buckingham
O que mais impressiona em Buckingham são os portões. Imensos e adernados com brasões e lanças douradas, transmitem a sensação de fortaleza. Um deles fica aberto, mas com guardas na frente que não permitem ninguém entrar. Infelizmente não peguei a famosa troca da guarda, e só vi dois guardas com aquele chapéu típico à la Margie Simpson. O complexo do palácio é muito grande e conta com um parque aberto ao público, o Green Park, por onde passamos para ir embora. A próxima parada foi na National Gallery, um dos mais famosos museus da Europa, que fica na praça Trafalgar Square. A praça em si já é muito legal para se visitar, tem artistas de rua, fontes e estátuas. Tinha até um galo azul gigante no lugar de uma estátua, a explicação é que ainda não decidiram qual personalidade homenagear com uma estátua ali. Dizem as más línguas que estão esperando a rainha morrer... Acabamos não entrando na National Gallery porque estava escurecendo.
Em frente ao National Gallery
Detalhe da praça Trafalgar Square
Galo azul em Londres. Acho que é cruzeirense...
Dentro de um táxi adaptado
No dia seguinte, Filipe foi para o trabalho e eu e Gi fomos explorar a cidade. Logo ao sair do prédio avistei um táxi para deficientes encostando em um hotel, era uma Mercedes tipo van. O taxista foi muito solícito, tirou uma rampa do porta malas e me ajudou a subir. Por dentro ele era bem espaçoso, com lugar próprio para o cadeirante ir, de costas para o motorista. A altura deixou a desejar, fiquei com a cabeça meio inclinada, mas pela minha altura não ia encontrar um que desse nunca. Os famosos táxis pretos londrinos também ostentam o símbolo de acessibilidade, mas não cheguei a experimentar. Fomos para o Borough Market, uma espécie de Mercado Central que tem de tudo, até uma Taverna em estilo medieval. Almoçamos por lá e fomos ao British Museum, que tem mais de sete milhões de objetos de todos os continentes. Conto sobre ele (e outras coisas) no próximo post!
Dentro do Borough Market

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