quarta-feira, 24 de julho de 2024

Fastback Abarth 1.3T - tudo que um PCD acelerado precisa!

Faz sentido ter um SUV esportivo? E o Fastback Abarth é melhor que o Pulse Abarth?
Num país em que as estradas não são bem conservadas e que o poder aquisitivo não é tão alto, faz bastante sentido investir num SUV esportivo, se a pessoa gosta de dirigir e se divertir ao volante.
O Fastback Abarth é o segundo SUV da história da Abarth, e ao contrário do Pulse Abarth, o Fastback tem uma característica muito bem vinda num SUV: porta malas grande. O maior da categoria com 516 litros.
Mas será que isso prejudica o conortamento dinâmico? Pelo contrário. Achei o Fastback Abarth mais estável que o Pulse, pois a traseira não fica tão solta. O peso a mais da porção traseira trás mais equilíbrio ao carro.
E que diferenças ele tem para o Fastback Limited Edition by Abarth? Pra começar, o visual. Aqui a receita é cores vibrantes e detalhes de acabamento que se destacam como o friso vermelho nas rodas, os logotipos da Abarth pra todo lado (essa unidade tinha até projeção do símbolo no chão ao abrir a porta, um acessório instalado à parte). 
Mas a diferença mais marcante são os ajustes de motor, câmbio, suspensão e escapamento. As respostas do motor e câmbio são mais imediatas, cada leve toque no pedal da direita você sente o conjunto trabalhando e o impulso pra frente é imediato. E o ronco grave do motor invade a cabine trazendo um sorriso pro rosto de quem gosta de acelerar. E ainda tem o botão "Poison", que ativa o modo esporte e além de tudo que ele já faz acrescenta olhos arregalados e um palavrão, mental ou verbalmente.
Tudo isso é mérito do motor 1.3 turbo de 4 cilindros que rende 185 cv no etanol e 180 cv na gasolina, com torque de 27,5 kgfm a 1750rpm. Com a grande vantagem de produzir bons números de consumo, consegui fazer 8 e 10,3 km/l na cidade e estrada com etanol, melhor que os 7,2 e 9,3 km/l do Inmetro.
Quanto ao conforto e tecnologia tem quase tudo que se espera de um topo de linha como painel digital, mídia com conectividade sem fio e GPS nativo, ar digital com saída traseira, carregador por indução, bancos em couro, sensor crepuscular, chave presencial.
Custa R$ 162.990,00 e não tem isenção para PCD, infelizmente. Se ele faz sentido? Pra mim, faz demais! 

terça-feira, 25 de junho de 2024

Kardian Premiere Edition 1.0 Turbo - o SUV que movimentou o segmento dos B-SUVs!


O Kardian pode ser um marco para a Renault, sem dúvida o melhor carro que ela lançou nos últimos anos. Design harmônico e moderno, interior bem feito e confortável, tecnologias atuais, muita segurança e espaço interno acima da média. Seu porte, porém, o classifica como B-SUV, ao lado de Pulse e Nivus, que são modelos baseados em hatches compactos e comprimento total pouco acima dos quatro metros. Em muitos quesitos agrada mais do que os concorrentes diretos, mas tem pontos de atenção.


A boa impressão começa no design, passa pelo conjunto ótico em Led e segue na chave presencial, que trava o carro ao se afastar e destrava ao aproximar. Apesar de ter 20cm de altura do solo, o banco do motorista fica bem baixo, o que facilita transferência. Porém o recuo da lataria na coluna B limita o acesso e incomoda os mais altos.


O conforto dos bancos é incrível, as abas laterais seguram bem o corpo e a mistura de tecido e couro ecológico agrada. O botão de partida fica meio escondido, ao ligar revela o painel digital de 7" configurável bem completo. Dá pra mudar a cor do painel e das luzes de Led nas portas, são oito cores disponíveis, que mudam também ao escolher o modo de direção entre Eco, Sport e My Sense. O freio de mão é eletromecânico, muito prático.


Colocando no modo Sport a sensação que o motor 1.0 turbo de três cilindros dá é que sua potência e torque são maiores do que os 125 cv e 22,4 kgfm, esse último é o maior da categoria. 


Ele emite ainda um ronquinho gostoso, evidenciado pelas trocas de marcha do câmbio de dupla embreagem banhada a óleo. Dá para ouvir as trocas, mas não são sentidas no interior. Gostei do comportamento do câmbio.

A estabilidade é boa e o consumo razoável. Na cidade faz em torno de 8 km por litro na gasolina, sendo que pelo Inmetro o número é 13 km/l, superestimado. Na estrada chegou a fazer 16, mas a média final ficou em 14,5 km/l, sendo que o número do Inmetro é 13,9 km/l. Comparando a outros SUVs, é bom.


Uma das estrelas são os ADAS, tem mesmo várias babás eletrônicas mas o ACC não é do topo stop & go, deveria ser. Tem seis Air bags, frenagem autonoma de emergência e outros, mas o retrovisor não é eletrocrômico.


O espaço interno é muito bom atrás, são 2,60 de ente eixos, mas na frente é só razoável, o console central largo pega na perna dos grandões, como eu. Falta saída de ar condicionado para quem vai atrás, mas o espaço é acima da média, mesmo com o banco da frente todo para trás cabem adultos atrás, se não forem muito altos.


O porta malas é mediano considerando Pulse e Nivus como concorrentes diretos, melhor que o primeiro e pior que o segundo. São 358 litros pelo método VDA, mas a Renault divulga 410 no método litragem, mais otimista. No Nivus são 415 litros (VDA) e no Pulse 318 (VDA) ou 370 (litragem). Na prática tem um volume razoável, mas é bem profundo, o que complica a vida de quem precisa guardar volumes grandes ou pesados, é necessário elevar bastante o item até alcançar a borda do porta malas. Para guardar uma cadeira de rodas é necessário retirar as rodas e elevar bastante. O ponto positivo é que a cadeira cabe bem assentada no fundo, coisa que não acontece no Pulse, mas o espaço que sobre é limitado.


No fim das contas é um carro bonito, gostoso de dirigir, potente, seguro e econômico. Mas o porta malas podia ser maior.

segunda-feira, 10 de junho de 2024

Nova Spin Premier, como ficou a dona do maior porta malas do mercado nacional


Ela já foi um dos modelos preferidos pelo público PCD por ter o maior porta malas do mercado nacional. Para quem leva cadeiras de rodas, em especial motorizadas, ela era a única opção com isenções de impostos a levar com sobra este tipo de equipamento. E ainda era a opção mais em conta do mercado a levar sete passageiros.

Porém os atrativos da Spin se resumiam a isso. Seu design era sem graça, com cara de carro de trabalho. O interior era muito básico, plástico de aparência simples e desenho obsoleto. E pra piorar tinha só dois Air bags.

Mas na versão 2025 isso mudou radicalmente. O design ganhou elementos inéditos com faróis em Led separados do DRL, desenho moderno e capô mais elevado. Na lateral tem estilo SUV com plásticos nas caixas de roda e lateral. Atrás sofreu poucas mudanças mas manteve linhas sóbrias.


No interior a Spin inaugurou uma série de equipamentos, a começar pelo belo painel digital colorido de 8" configurável, que substitui o antiquado cluster analógico com uma diminuta tela central. Agora é possível ver no painel as principais informações necessárias a uma condução segura e confortável.


Outro grande destaque é a melhoria em segurança, passa a oferecer seis Air bags em todas as versões, controle de estabilidade e tração, assistente de frenagem de emergência e o inédito alerta de mudança de faixa. Ainda faltou o ACC, tem apenas piloto automático convencional, mas foi uma grande evolução que deixa seus consumidores mais tranquilos. Porém ainda escorrega em ergonomia, por não oferecer ajuste de profundidade no volante, ajuste de altura no cinto nem encosto de braço central.


Outra estreia é da moderna central multimídia MT Lynk que agora tem 11", conectividade sem fio e uma qualidade de imagem bem melhor, bom pra câmera de ré, agora mais nítida. E incorpora um novo e moderno computador de bordo, que era um dos mais simples do mercado. O espaço interno, porta malas e sete lugares continuam excelentes, mantendo a versatilidade do modelo.


Uma das maiores críticas a esse modelo novo foi a manutenção do antigo motor 1.8 aspirado que rende 111cv e 17,7 kgfm de torque. Como não é um carro tão leve, pesa 1292 Kg, o peso/potência e peso/torques não são animadores, 11,64 kg/cv e 73 kg/kgfm, o que se traduz em retomadas lentas e demora para ganhar velocidade. O motor é defasado mas é confiável e de baixa manutenção. E melhorou o consumo, agora 7,4 e 9,3 km/l no etanol (cidade-estrada). 



Seus maiores atributos ainda são o espaço com 2,62 m de entre eixos, apesar de não ser muito, os bancos traseiros correm sobre trilhos e possibilitam aumentar o espaço útil. E tem o porta malas de 553 litros quando a terceira fileira está recolhida, volume que cai para 162 litros com os sete lugares - sendo essa mais uma atração do modelo, levar até sete pessoas.


Pra PCD só tem isenção total com câmbio manual, o que a deixa menos competitiva. Vale a pena?

ModeloPreços públicosPreços PcDDiferença
Spin LT 5 lugares 1.8 MTR$ 119.990,00R$ 100.210,00R$ 19.780,00
Spin LT 5 lugares 1.8 ATR$ 126.990,00R$ 114.679,00R$ 12.311,00
Spin LTZ 7 lugares 1.8 ATR$ 137.990,00R$ 124.612,00R$ 13.378,00
Spin Premier 7 lugares 1.8 ATR$ 144.990,00R$ 126.884,00R$ 18.106,00



sexta-feira, 17 de maio de 2024

Commander Longitude atende a maioria das necessidades de uma família. Mas vale mais de 200 mil?


Pau pra toda obra. Essa expressão define bem o Commander, um carro que atende bem a maioria das necessidades de uma família. Na versão de entrada Longitude vem com motor 1.3 turbo que rende 185/180 cv e 27,5 kgfm, e a grande questão é se este motor dá conta dos quase 1.700 Kg que ele pesa. O peso/potência de 9,11 kg/cv e peso/Torque de 61,3 kg/kgfm não são números ruins, mas na prática em algumas situações falta um pouco de motor. Não chega a ser manco, mas faz bastante força em retomadas, ainda mais com o carro cheio.


O consumo em consequência não é dos melhores, pelo Inmetro faz 6,9 e 8,3 km/l com etanol na cidade e estrada, mas na prática faz em torno de 5 na cidade e 10 na estrada.


No modelo 2025 o Commander Longitude ganhou sistemas de condução semi autônoma nível II com ACC, frenagem de emergência e assistente de manutenção em faixa. Ganhou também comutação de farol alto e 5 anos de garantia. Perdeu somente a terceira fileira de assentos e controles elétricos do banco do motorista, que agora são um opcional que custa 8,7 mil reais.


O destaque do Commander como veículo da família é o espaço interno enorme garantido pelos 2,79 m de entre eixos e o porta malas com acionamento elétrico que manteve os 661 litros. E o nível de conforto, com bancos em couro e suede, ar condicionado digital de duas zonas com saída traseira com controle de ventilação, mídia com conectividade sem fio, painel digital configurável, volante multifuncional com borboletas, acabamento em soft touch, sensores dianteiro e traseiro e até assistente de estacionamento semi autônomo.


Por incrível que pareça, apesar de ter recebido mais itens de série, seu preço caiu em 24 mil reais e hoje parte de R$ 217.590,00, preço que pode cair ainda mais se for adquirido por venda direta, aí são mais 8% de desconto e o valor fica pouco abaixo dos 200 mil reais. Será que já dá para sonhar em ter um Commander na garagem?



C3 Aircross Shine Turbo 200, um SUV com mais espaço do que SUV médio!


Um SUV compacto pra quem precisa de muito espaço interno e porta malas, que chega a ser maior do que muito SUV médio. Essa é a pegada do C3 Aircross, o último lançamento da Citroën. Um carro focado no custo benefício, mas que peca no excesso de simplificação.


O design segue a linha inaugurada pelo C3 hatch, com destaque para o DRL em formato de X com origem no logotipo da Citroën, que nessa versão Shine fica sobre uma peça em preto brilhante. Os faróis são halógenos de parábola simples, e tem faróis de neblina também halógenos. Na lateral destaque para rodas de 17" de liga e plásticos ao longo da carroceria bem marcantes. Na traseira o destaque são as lanternas em formato de C ligadas por uma faixa em preto brilhante. Outro destaque são os skid plates, peças em prata na base dos para choques.


Para entrar nada de chave presencial, apenas telecomando. No interior os bancos são em couro e tem encosto de braço somente para o motorista. O volante é revestido em couro e tem comandos de mídia, do painel digital de 7" e de controle do piloto automático, mas pra acionar é num botão ao lado do volante, junto do botão Sport.


A mídia tem 10,1" com conectividade sem fio e acabamento em preto brilhante. O ar condicionado é analógico sem função automático e não tem saída traseira.


O acabamento é todo em plástico rígido, com variedade de texturas, e nem no encosto de braço das portas tem revestimento ou maciez. Outro destaque negativo são os comandos dos vidros elétricos traseiros, que ficam atrás do freio de mão, que é do tipo comum.


Motor 1.0 Turbo deixa o carro esperto em retomadas e econômico no uso diário

Na motorização ele manda bem, é equipado com o motor 1.0 turbo de três cilindros que rende 130 cv e 20,4 kgfm de torque máximos aliado ao câmbio do tipo CVT. Suficientes para levar os 1216 kg do carro com desenvoltura. E ainda faz bom consumo, pelo Inmetro 10,6 e 12 km/l na gasolina, mas na prática fiz 7 e 13,3 km/l na cidade e estrada.


Onde o C3 Aircross se destaca mesmo é no espaço interno, são 2,67 m de entre eixos, maior da categoria, cabe até gente mais alta com folga. O porta malas com 493 litros é o segundo maior mas cabe muita coisa tirando o tampão.


Custa R$ 129.990,00 e para PCD R$ 113.710,27 com isenção de IPI e bônus. Curtiu? Teria um?

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Strada Ultra Turbo 200, a versão esportiva da pick Up campeã de vendas


A Strada na versão Ultra trouxe um estilo esportivo para a pick up compacta da Fiat, seu design ficou bem acertado com para choque dianteiro bem diferente das demais versões, com uma peça em grafite e uma fina barra vermelha na parte de cima. O conjunto ótico é todo em Led com faróis de neblina. As rodas são de liga de 16" calçadas com pneus 205/55.

Na lateral o destaque são os estribos proeminentes, que nem tem tanta utilidade numa pick up tão baixa. Tem também rack de teto que termina em um estiloso Santo Antônio. Ainda na lateral chama a atenção um badge com o nome "Turbo" abaixo dos retrovisores, que tem repetidor de seta e capa em grafite.


A motorização é composta pelo motor 1.0 turbo de três cilindros que rende 130 cv e 20,4 kgfm a 1750rpm máximos, acoplado a um câmbio tipo CVT. A caçamba compra até 844 litros e aguenta 650 kg de carga útil.

No interior ela conta com bancos em couro, apoio de braço para o motorista, volante multifuncional revestido em couro com borboleta para passar marcha, mídia de 7" com conectividade sem fio, ar condicionado digital automático de uma zona, painel analógico com uma tela digital de 3,5" monocromática. O conforto pra quem vai atrás é limitado, apesar dos 2,73 m de entre eixos a maior parte é tomada pela Caçamba. As principais ausências são saída de ar pra quem vai atrás, piloto automático, sensor crepuscular, ajuste de profundidade no volante e Retrovisor eletrocromico.


Na prática é bem confortável de dirigir, tem bastante força no motor e bons números de consumo, leva com relativo conforto crianças no banco de trás e a versatilidade da Caçamba torna o transporte de grandes volumes como cadeiras de rodas, scooters e triciclos uma tarefa fácil.


Custa hoje R$ 136.990,00 e não tem isenção para PCD, pois a legislação considera pick up veículo de trabalho, mas hoje são muito mais do que isso. Esse modelo tem a vantagem de ser fácil transferir, ao contrário de modelos médios e grandes. Passou da hora de atualizarem a legislação e incluir os utilitários como passíveis de isenção de impostos para PCD. Concorda?

Megane E-Tech faz bonito e impressiona


O hatch médio 100% elétrico da Renault tem design futurista e muita tecnologia embarcada. A montadora francesa ressurgiu com o nome Megane, desta vez sem o acento agudo, acompanhado da denominação E-tech, que já mostra que o destaque deste hatch com ares de crossover é a tecnologia, que começa por seu motor elétrico de 220 cv e 30,6 kgfm de torque. A autonomia pelo ciclo PBEV, mais pessimista, é de 337 km e sua bateria de 60 kWh aguenta carga rápida e atinge 80% em até 36 minutos. Mas num carregador de 22kW atinge de 15 a 80% em bons 1h50min.


Além do belo design destaco sua chave presencial que trava o carro ao ser afastada e destrava ao aproximar, abrindo automaticamente os retrovisores e a maçaneta, que fica embutida. Ao entrar há uma animação no painel digital de 12,3" que se estende até a mídia de 9" com conectividade sem fio.
 

O volante tem formato mais "quadrado" e inclui piloto automático tipo ACC com Stop&Go, comandos do painel digital, botão configurável, Seletor de modos de condução e até borboletas que fazem a função de aumentar ou diminuir a regeneração da bateria, deixando o carro mais "travado" no modo mais intenso, quase como o sistema "one pedal".


O conforto é garantido por bancos revestidos em tecido reciclado com couro nas bordas, mas falta ajustes elétricos e de lombar. Abaixo da mídia ficam os comandos do ar condicionado digital de duas zonas com saída traseira e mais abaixo o carregador de celular por indução.


Em segurança conta com sete air bags, o já citado ACC, assistente de manutenção em faixa, sensor de ponto cego e de tráfego cruzado, e ainda comutador de farol alto e Retrovisor eletrocrômico, que tem a opção de usar uma câmera para gerar a imagem, ajustável em vários aspectos e clareia ao anoitecer. Muito útil para um carro que tem praticamente uma claraboia como vidro traseiro, de tão pequeno e estreito que é, tornando a visão traseira pelo retrovisor comum muito ruim.


O carro conta ainda com freio de mão eletromecânico posicionado do lado esquerdo numa posição ruim e Auto Hold, ao lado dele. O espaço interno é ótimo, com 2,685 m de entre eixos e o porta malas tem 440 litros.


O preço é R$ 279,9 mil. Curtiu? Teria um?




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