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sábado, 2 de novembro de 2019

Participação no Encontro com Fátima Bernardes

Falamos sobre a paternidade sobre rodas
Aparecer na Globo é um sonho de muita gente. Aparecer ao vivo, em rede nacional e ser entrevistado pela maior musa do jornalismo brasileiro, é um privilégio incalculável! E foi isto que aconteceu comigo e minha família no dia 29 de outubro! Tudo começou quando enviei uma mensagem para o programa através do site contando um pouco da nossa história e do meu dia a dia com os gêmeos. Depois de um mês e pouco a produção do programa me ligou chamando para participar ao vivo e mostrar o que representa a paternidade na minha vida, e como me adaptei para recebê-la. Resolvemos todos os detalhes por email, nos mandaram as passagens e fomos na segunda feira dia 28. Ficamos num hotel por conta deles e no dia um motorista nos levou cedo para o Projac. 
Fomos para o estúdio em um carrinho elétrico adaptado!
O tamanho do complexo impressiona, entramos pela portaria 3, e para chegar lá foram vários minutos rodando desda a primeira portaria. Nos identificamos, assinamos uma autorização para a entrada dos meninos e entramos. Logo ao entrar há um estacionamento de carrinhos elétricos, tipo aqueles de Golf, mas precisei esperar até buscarem o carrinho adaptado. Nele, subi com a cadeira, travaram ela no chão e seguimos para o estúdio. Nos receberam muito bem, mostraram o palco principal e onde ficaríamos. A estrutura da Globo é impecável, as pessoas muito solícitas e profissionais. A Maju, produtora da Fátima, nos recebeu muito bem, deu todas as orientações e nos deixou nos camarins, onde havia comida e bebida à vontade. Logo levaram a Gi para a maquiagem, depois eu fui, e aguardamos.
Bastidores do programa, a plateia e parte do estúdio
Faltando meia hora para começar o programa, a Maju nos levou para o palco. Ficamos na platéia e os artistas foram chegando. A Fátima chegou em seguida e foi muito simpática, disse que gostou muito da nossa história e agradeceu pela participação. Em seguida apresentaram a equipe de segurança, explicaram sobre a estrutura do estúdio e o que fazer em situação de emergência.
Max falando com a Fátima sobre meu acidente
Nossa participação foi no segundo bloco, assim que voltou dos comerciais a Fátima introduziu o assunto e nos chamou para o palco. Fiquei ao lado dela e a Gi no sofá com as crianças. Ela começou me perguntando sobre o processo para ter os filhos, e como lidei com os bebês no início, pois com a cadeira e as limitações físicas, tudo fica mais complicado. Falei sobre as adaptações que fiz na nossa casa para manusear melhor os bebês, como os berços em “L” para permitir o acesso da cadeira, com lateral deslizante para ficar no nível da cadeira, e o trocador que permite que eu entre com a cadeira de rodas embaixo, para trocar fraldas e roupas. E ainda hoje preciso adaptar o jeito de vestir e cuidar deles.
Eu e os meninos com a Fátima Bernardes!
Expliquei também que para a criança é legal ter um pai na cadeira de rodas, pois para eles ela é um carrinho grande, no qual elas podem rodar, empoleiradas no meu colo, e gostam de brincar em cima dela. Minha esposa Giordana falou sobre o início, que não queria ter filhos mas foi convencida por mim, e que os meninos já entendem as minhas limitações e até me ajudam quando fico sozinho com elas.
Com a atriz Cyria Coentro, muito simpática!
O psiquiatra Jairo Bouer contribuiu refletindo sobre como as crianças crescem com um olhar mais inclusivo por serem filhas de cadeirante. O ator Rainer Cadete falou sobre a relação dele com o filho Pietro, assim como o cantor Felipe Araújo. A Atriz Cyria Coentro também opinou sobre a paternidade, e como alguns pais sem deficiência dão desculpas para não ajudar. Falei sobre o dia a dia com os gêmeos, que tenho o privilégio de acompanhar, almoço todos os dias com eles, escovo os dentes, ajudo a arrumar e levo na escola, onde ficam na parte da tarde. Ao final do dia busco os dois, lanchamos juntos e fico sozinho com eles brincando até a chegada da minha mulher.
Max e Anne deram um show à parte. Ficaram muito à vontade no palco, falaram no microfone da Fátima, correram e pularam pra todo lado! Deram um tom divertido à entrevista e mostraram ser crianças desinibidas e felizes! Max resolveu, do nada, contar para a Fátima como foi o acidente que me deixou na cadeira. Muito espontâneo!
Com André Curvello, o cara é uma figura, muito gente boa!
Não falei tudo que queria, ao longo da entrevista a gente se envolve e esquece! O mais importante deixei de fora, que é a dor crônica que me limita mais do que a cadeira, e se adaptar a ela é muito mais difícil. Não falei também sobre meu livro, que escrevi para ajudar outros cadeirantes a se adaptarem e terem mais qualidade de vida. Mas valeu! 
Ao final da entrevista tiramos fotos e conversamos com a Fátima e os artistas, foram muito simpáticos conosco. A Fátima Bernardes é muito simpática, acessível e conhece bem os convidados, sabia de toda nossa história, do meu trabalho no blog e nas redes sociais em prol da melhoria de qualidade de vida dos deficientes.
Veja no link abaixo nossa participação no programa:

terça-feira, 12 de março de 2019

10 anos de Blog do Cadeirante

Uma década mostrando que é possível ser pleno e feliz sobre uma cadeira de rodas!!!
Hoje o Blog do Cadeirante completa dez anos no ar!! Dez anos ajudando quem vive em cadeira de rodas!!! Quando fiz a primeira postagem, naquele 12 de março de 2009, eu havia me tornado cadeirante há menos de três anos. Tudo era muito novo ainda e havia pouquíssima informação sobre o dia a dia de um cadeirante. Buscando na Internet, encontrava-se apenas artigos científicos sobre lesão medular e uma ou outra publicação pessoal, ninguém falava sobre a compra da cadeira, os direitos que os deficientes tem, esportes adaptados, aquisição de veículos com desconto, trabalho, família, filhos e muito menos como é viver em uma cadeira de rodas na prática!
Tudo começou em 24 de julho de 2006, após um acidente de moto na UFV
Para sanar esta lacuna, criei o blog com a intenção de ajudar outras pessoas que estivessem passando pela mesma situação, pois naquela época pouca gente tinha noção do que é ser cadeirante! Quem sofria um acidente, por exemplo, perdia os movimentos, algumas funções do corpo e tinha que se virar com isso, além de todos as complicações que poderiam ocorrer. Busquei mostrar de forma simples e direta os desafios e perrengues que vinha e ainda venho enfrentando no dia a dia sobre uma cadeira de rodas. Nunca tive a intenção de mostrar vitimismo nem buscar assistencialismo, meu objetivo sempre foi a divulgação isenta do que enfrentamos e como podemos fazer para contornar e passar por cima de todos os obstáculos!
Viajar é uma das formas de mostrar como podemos ir longe, mesmo sobre rodas
Mais do que isso, sempre mostrei tudo que podemos fazer mesmo com todas as limitações que uma cadeira de rodas nos impõe, como falta de acessibilidade, o desrespeito e preconceito que enfrentamos, e principalmente mostrar que é perfeitamente possível ser feliz e pleno com estas limitações. Busco mostrar as minhas conquistas e o caminho para chegar até elas, ressaltando onde as limitações se mostraram presentes e como as contornei.
Da minha cadeira eu posso abraçar o mundo!! 
Daquela época até hoje amadureci bastante, conquistei muitas coisas, desde um bom emprego até experiências incríveis que jamais sonhei viver antes da cadeira, como as viagens que fiz, os esportes que pratiquei, e para fechar com chave de ouro, a maior alegria da minha vida foi ter os meus lindos gêmeos Anne e Max!!! Passei também por muitos perrengues, principalmente com o agravamento da dor crônica, que hoje é minha única limitante a viver plenamente, contra a qual luto diariamente. A cadeira eu tiro de letra, a dor é que me impede de fazer mais do que faço. E olha que faço muita coisa....
A maior felicidade encontrei nos sorrisos dos meus filhos e da minha companheira
Hoje sou um homem realizado e feliz, e tenho prazer em mostrar para quem quiser que somos parte da sociedade, somos cidadãos como qualquer outro, com a diferença de nos locomover de forma diferente e necessitar eventualmente de acesso facilitado. Continuo firme na luta por um mundo mais inclusivo e justo para quem tem limitação! Juntes-se a mim e vamos fazer o amanhã ser melhor do que hoje! Que venham mais décadas!!!

quinta-feira, 14 de março de 2013

Matéria para o MG TV

Desrespeito por vagas para deficientes é comum em BH
Nesta quarta feira, 13/03, foi ao ar uma matéria que fiz para o MG TV demonstrando a dificuldade que um deficiente físico encontra em Belo Horizonte ao tentar estacionar em uma das 703 vagas reservadas que existem na capital. Esta é uma luta antiga, desde que comprei meu primeiro carro adaptado, em 2008, passo por este problema.
Meu carro ficou parecendo um estúdio
A verdade é que é muito raro encontrar uma vaga de deficiente livre em BH. Para piorar, as vagas que SEMPRE estão ocupadas são as que ficam nos lugares mais importantes para deficientes, como hospitais, clínicas de fisioterapia, farmácias e afins, e isso fica evidente na matéria. Eu fazia fisioterapia em uma clínica na Av. Contorno e haviam duas vagas para deficiente próximas a um estacionamento, e estas vagas estavam sempre ocupadas. Eu algumas vezes ligava para a BHTrans denunciando o uso irregular e ficava na fisioterapia, no prédio próximo, vigiando para ver se ele apareciam. Mas nas únicas duas vezes que apareceram, a pessoa que tinha parado o carro já tinha ido embora. As vagas aparecem na reportagem, quando um cara vai tirar um carro preto assim que eu encosto.
Eu com a repórter Liliana Junger, que fez um excelente trabalho
Infelizmente esta é uma questão cultural, as pessoas acreditam que não tem importância para nas vagas pois pouca gente precisa ou se precisar pode parar em outro lugar, mas as pessoas não parar para pensar nas necessidades de quem tem dificuldade de locomoção. Como comentou no Facebook a Laura Martins, as pessoas não têm noção das necessidades de quem tem mobilidade reduzida. É importante que as pessoas entendam que as vagas reservadas não são privilégio. Temos uma deficiência que dificulta nossa locomoção. Por isso, precisamos estacionar perto da entrada dos locais, para reduzir esforço e risco de acidentes. O que vocês acham de um cadeirante subir uma ladeira debaixo de chuva (ele não tem como segurar guarda-chuva) e um andante, sem NENHUMA deficiência, parar na vaga em frente à entrada? Parece coisa de gente que se diz em condições de viver em sociedade?
O lugar que mais me revolta é na Avenida Afonso Pena, em frente à delegacia da Polícia Civil, há três vagas para deficientes e estão sempre ocupadas, ou pelos carros da Polícia Civil ou de funcionários de lá. Já precisei várias vezes parar ali, pois é próximo à Praça Sete, que tem vários prédios comerciais e repartições públicas, e acabei parando muito longe, fazendo um grande sacrifício para chegar ao local.
Esse quadro demonstra falta de civilidade, total falta de noção do que significa viver em sociedade e respeitar o direito do outro. Mas acredito na mudança de postura das pessoas vendo matérias como esta e nos ajudando a lutar por nossos direitos. Obrigado à equipe da Globo, principalmente à Carine Tavares, que tornaram possível essa matéria/denúncia. Abaixo o link para a reportagem:
http://globotv.globo.com/rede-globo/mgtv-1a-edicao/v/motoristas-desrespeitam-cadeirantes-e-estacionam-em-local-reservado-em-pontos-de-bh/2457277/

sábado, 28 de julho de 2012

Grupo de Cidadania Empresarial

Logotipo do Grupo de Cidadania Empresarial
O Grupo de Cidadania Empresarial é parte da Fundação Cásper Libero e tem o objetivo de desenvolver e incentivar ações de cidadania através de iniciativas próprias e parcerias, junto a seus diversos públicos. Ele é formado por funcionários da fundação que tem envolvimento com o desenvolvimento de programas socio-educativos que assegurem condições adequadas e melhorias da qualidade de vida de crianças, adolescentes e adultos. Assim, eles pretendem contribuir para o surgimento de cidadãos conscientes de si e do outro, interagindo e motivando a construção do conhecimento e novas oportunidades, tendo como foco de atuação a educação, bem como o fomento e articulação de atividades de Responsabilidade Social na cidade de São Paulo.
Uma iniciativa nobre e muito importante para propiciar uma vida melhor para tanta gente que precisa e não tem acesso às oportunidades que muita gente tem e nem dá valor. Este trabalho deveria ser adotado por todas as empresas e se inserir na nossa cultura, pois só assim teremos um Brasil justo e com igualdade social.
Escrevi um artigo para o grupo contando um pouco da minha história e como foi minha adaptação no início. Quem me contactou foi a Bianca, jornalista que escreve para eles, que acabou se interessando ainda mais pelo trabalho que desenvolvo no blog e fez outra matéria, sobre mim e o que me motivou a criar este blog. Confiram, ficou muito legal. Agradeço à Bianca pelas matérias feitas, fiquei muito feliz.
http://cidadania.fcl.com.br/julho2012-fonte-de-informacao-e-motivacao
http://cidadania.fcl.com.br/junho2012-de-repente-deficiente

quinta-feira, 8 de março de 2012

Campanha de conscientização

Mais uma vez servi de garoto propaganda... e novamente para um propósito nobre. E mais uma vez também para alunos da UNA. A cada dia me surpreendo mais com a consciência destes jovens, que entendem de verdade o quanto a inclusão é importante e quanto todos se beneficiam quando a educação é colocada em primeiro lugar.
O cartaz acima foi feito para uma campanha pelo uso consciente dos elevadores no Campus Liberdade, na rua da Bahia, 1764. O texto diz "os elevadores são de uso exclusivo de pessoas com deficiência para que possam se locomover pelo campus com maior facilidade, podendo, assim, se integrar mais com a comunidade Una. Respeite este direito. Capacidade máxima: 03 pessoas." Ah, se todos fossem iguais a vocês...
Estive no campus para fazer a foto e testar o elevador, que está novinho em folha. Aprovei o elevador com ressalvas: não é largo o suficiente para que um cadeirante possa girar a cadeira, para entrar de frente e sair de frente. Mas resolve o problema, pois lá são vários andares e não havia elevador. E é só o cadeirante entrar de ré.
Essa questão de girar a cadeira é importante, certa vez entrei de frente em um elevador, ele deu problema e subiu direto ao último andar. Quando fui sair de ré, havia ficado um degrau, e virei pra trás, batendo a cabeça em um vaso de cimento que estava no corredor (isso explica muita coisa, vai ver que é por isso que sou meio desmiolado...).

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Inclusão dá trabalho

Matéria que saiu na Folha Universal do último domingo
Essa matéria elaborada pelo jornalista Fernando Poffo para a Folha Universal e aborda as dificuldades que os Portadores de Necessidades Especiais encontram na hora de buscar um emprego. Colaborei contando uma situação que passei em 2007 quando procurava emprego e não fui contratado por ser cadeirante. Fiz um processo seletivo e fui escolhido por unanimidade, mas a empresa não possuía as instalações necessárias para receber um cadeirante, por isso fui cortado. Não me disseram exatamente isso, mas para o bom entendedor, um pingo é letra.
Outro fato que citei na reportagem foi a grande distância entre empresas públicas e privadas no tratamento do deficiente. As empresas privadas geralmente contratam deficientes só para cumprir a lei 8.213/91, que estabelece que empresa com mais de 100 funcionários deve preencher uma porcentagem do seu quadro de pessoal com pessoas com deficiência. E como é só para cumprir a lei mesmo, geralmente colocam os deficientes em cargos inferiores, com baixa complexidade e baixos salários. Quando vejo isso, me parece mais caridade do que contratação de uma pessoa com potencial de crescer e contribuir para a empresa como qualquer outro funcionário. Já as empresas públicas disponibilizam nos editais vagas para deficientes em quase todos os cargos disponíveis, de nível fundamental ou superior, possibilitando ao deficiente ganhar maiores salários, com a garantia de um ambiente adaptado às suas necessidades.
Eu falei aqui outras vezes sobre o assunto trabalho, e minha dica é sempre procurar emprego, se qualificar, estudar e buscar seu lugar no mercado de trabalho como qualquer outra pessoa, respeitando, claro, as limitações que tenha. Hoje em dia há muitos deficientes plenamente capacitados para ocupar cargos importantes e crescer dentro das empresas como qualquer outro.
Muita gente é aposentado por invalidez e, mesmo com potencial para trabalhar e crescer na profissão, ficam com medo de perder o benefício. Se for trabalhar com carteira assinada perde o benefício mesmo, mas se não trabalhar perde a oportunidade de se desenvolver profissionalmente, socializar com as pessoas no ambiente de trabalho e melhorar muito sua renda mensal.
Na minha cadeira ou na do escritório, sou o mesmo trabalhador
Na foto acima estou na minha mesa de trabalho, da mesma forma que todos os outros analistas da empresa, contribuindo para o desenvolvimento e crescimento da companhia, e a única diferença para meus colegas de trabalho é a minha cadeira que, diga-se de passagem, é mais bacana que a deles! Eu costumo passar para a cadeira do escritório, pois tenho mais conforto e posso me movimentar mais, mas quando vou para reuniões, geralmente fico na minha mesmo. Felizmente encontrei na Gasmig um excelente clima de trabalho e jamais sofri qualquer tipo de preconceito, desenvolvi meu trabalho com liberdade e igualdade com todos.
Aproveito para contar que estou de mudança de emprego, há algum tempo contei que estava em dúvida, mas já me decidi e fui chamado para trabalhar no BDMG, semana que vem já começo. Espero encontrar por lá o mesmo clima de profissionalismo e respeito que tive na Gasmig. Se for assim, eles ganharam mais um excelente profissional (que além de tudo, é modesto)!
Quem quiser ler a matéria completa, é só clicar aqui. Agradeço ao Fernando, à Ivonete, que já considero uma amiga, e ao pessoal do jornal pela matéria muito bem feita.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Aprenda a lidar com a deficiência dos outros

Vejam que barato esse vídeo elaborado pelo pessoal do Hospital Albert Einstein, que dá dicas de como ajudar um cadeirante, um cego, surdo, enfim, qualquer pessoa com deficiência. São dicas simples, que parecem óbvias mas muita gente não se toca, e pela dúvida, enfiam os pés pelas mãos. Grande sacada!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Participação na Revista Incluir

Aquele na foto do canto ali sou eu!
Hoje recebi a edição número 12 da Revista Incluir, em que contribui para uma reportagem sobre a acessibilidade nos aeroportos brasileiros. Como conheço alguns, dei minha opinião, e elegi os piores: Vitória/ES e Cuiabá/MT. Nenhum deles tem finger (aquele corredor que chega até o avião) e nem ambulift (aquele caminhão que se eleva até o avião), mas o de Vitória tem pelo menos aquele robozinho que sobe escada com o cadeirante em cima.
Há autoridades preocupadas com os aeroportos, alguns deles já estão em obras e tem muita gente cobrando, mas o interessante notar é que todo esse movimento está baseado somente nos próximos eventos que ocorrerão no Brasil: a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Isso porque virá gente do mundo todo e tem que fazer bonito para eles. Mas porque não tomaram estas atitudes antes para atender a todos os brasileiros? Será que foi porque ninguém reclamou?? Duvido. É bem mais provável que nada foi feito até hoje porque o orçamento destas obras sempre sofreu "rombos" na hora da execução e acabaram deixando de lado a questão da acessibilidade. Mas a gente tá aí é para denunciar, né não? E amanhã vou avaliar mais um aeroporto, que já conheço de antes de ser cadeirante, mas agora vou observar do ponto de vista da acessibilidade.
Obs.: Hoje o Blog atingiu 700 seguidores!! Obrigado gente, é muito bom saber que tem tanta gente interessada no que eu escrevo. Mas tem um detalhe: o seguidor número 700 é.... a Gi, minha namorada! Dá para acreditar que até hoje ela não me seguia? Na verdade, é só aqui que faltava ela me seguir... vou ficar atento com o que escrevo... (a propósito, gatas de Floripa, amanhã estou chegando!! Provavelmente solteiro, depois que ela ler isso...)

sábado, 7 de maio de 2011

Participação no programa BH Connection

Bate papo sobre acessibilidade e prazer ao caminhar (ou rodar)
Ontem participei do programa BH Connection, do canal BH News TV, canal 9 da NET em Belo Horizonte. O tema do programa foi "acessibilidade e prazer ao andar e rodar pelas calçadas e ruas de Belo Horizonte". Bem, na verdade essa é minha interpretação, mas resume bem o que foi discutido lá.
O programa contou com a participação da Maria Elisa, conceituada arquiteta que abordou com clareza a questão da falta de acessibilidade e segurança, além da poluição visual que as pessoas encontram ao caminhar (ou rodar) pelas calçadas da cidade. Ela apontou os principais problemas que enfrentamos no dia a dia, o excesso de buracos, lixeiras altas que trazem riscos, muros muito altos e cheios de arame farpado, parecendo campos de concentração. Apresentou também ideias e soluções para melhorar este quadro e propiciar mais acesso a todos e mais prazer ao caminhar.
Muito lindo esse menino na TV, heim?
Outro participante do programa foi o professor de história Ricardo Wagner, que acrescentou muito trazendo informações e opiniões sobre o tema. Mais um que compôs a mesa, com uma divertida participação, foi o Carlos Alenquer, publicitário que fez intervenções importantes e muitas vezes engraçadas. E para completar, eu, que falei sobre os problemas que os cadeirantes enfrentam no dia a dia pelas calçadas e ruas da cidade, e ainda sobre as deficiências dos transportes públicos.
E quem conduziu tudo foi o Carlos Barroso, que além de jornalista e comentarista, é poeta, e participa de uma série de eventos chamado "Terças Poéticas", que acontece toda terça feira de maio nos jardins internos do Palácio das Artes. Vale a pena conferir.
Gostei muito de participar do programa, a oportunidade de discutir um assunto importante como esse na televisão por tanto tempo - o programa durou uma hora - é uma raridade, e deve ser valorizado. Destaco aqui uma ideia da Maria Elisa, fazer uma camapanha com o tema "somos todos cadeirantes", para que as pessoas se sensibilizem com nossa situação e exijam acessibilidade em todos os aspectos. 
No site do canal BH News a programação é transmitida em tempo real, e o programa é reprisado no fim de semana, mas não souberam precisar o horário. Mas enquanto eu fazia esse post descobri que passou hoje às 20:00 hs. Amanhã vou ficar de olho de novo e vou tentar gravar.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Reportagens

Ultimamente tenho contribuído bastante com a causa da acessibilidade. Semana passada, na quinta feira, dei entrevista para a Camla Sol, focando acessibilidade e dificuldades do dia a dia de um cadeirante. À noite no mesmo dia recebemos uma equipe da TV Brasil em nossa casa, o pessoal que faz o programa Cara e Coroa (que passa às terças, 20:30), para uma matéria sobre a vida de deficientes, destacando as dificuldades enfrentadas no relacionamento a dois. Felizmente nossas dificuldades foram mais para nos acertar, a família e amigos encaram tudo numa boa.
Hoje dei uma entrevista por telefone para a revista Incluir, falando sobre os problemas enfrentadas por mim nos aeroportos que passei, destacando pontos positivos e negativos e ainda opinando sobre a preparação para os eventos que estão por vir, Copa do Mundo e Olimpíadas. O Brasil tem muito a melhorar nos aeroportos, pois são a porta de entrada no país e podem ter muito impacto na imagem do Brasil lá fora. Amanhã vou conceder mais duas entrevistas, uma para o Cláudio, estudante de jornalismo da UNI/BH e à noite vou participar de um programa da BHNewsTV, o BH Connection (às 20hs, ao vivo), sobre as dificuldades enfrentadas pelos cadeirantes nas ruas da cidade. Espero contribuir para a causa da acessibilidade, trazendo um pouco de luz para esta importante questão urbana. E me acompanhem na mídia!
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sexta-feira, 18 de março de 2011

Família blogueira

Devido à repercussão e à importância que este blog tomou em minha vida, minha família também se empolgou e resolveu criar seus blogs. Meu irmão já tinha feito um pra ele, mas não deu continuidade devido a falta de tempo. Mas agora minha irmã e meu pai criaram blogs muito interessantes e estão animados com a dinâmica e interatividade que um blog proporciona.
Minha irmã teve a ideia de fazer um blog que reúna histórias de superação que sirvam de exemplo para tanta gente que vive reclamando da vida, entra em depressão e se descabela por problemas pequenos, que podem ser contornados com força de vontade e outros atributos nobres como paciência e perseverança. Achei muito bacana a iniciativa e a primeira história de superação será a minha, que inspirou-a a criar o blog. Vamos contribuir?
Meu pai já partiu pra outro lado, criou um blog com assuntos gerais, e vai contar tanto histórias pessoais como opiniões sobre assuntos diversos, de economia a futebol. E ele está super empolgado, já escreveu dezenas de textos e está publicando vários por semana. E não é porque é meu pai, mas o cara escreve bem pra caramba, é super inteligente e adora futebol.
Taí o blog dele: http://pitacosdopi.blogspot.com/.
Depois me contem se gostaram, viu?

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Matéria na Folha Universal

Mais uma matéria sobre mim, desta vez na Folha Universal, jornal de circulação nacional da Igreja Universal. A reportagem fala sobre a Fernanda Fontenele, que trouxe para o Brasil o método Project Walk, em um centro de recuperação de São Paulo, e traz num box minha história e do blog. Clicando na imagem acima, ela amplia e dá pra ler a matéria. Gostei muito do resultado, a Ivonete (reporter) fez um ótimo trabalho. E eu adoro aquela foto!

domingo, 14 de novembro de 2010

Reportagem pra Globo

Na sexta feira recebi em casa uma equipe da Rede Globo, que está fazendo uma reportagem sobre deficientes, para passar no dia 3 de dezembro, dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Será uma série de reportagens especiais para o MG TV, e fui um dos escolhidos para representar quem vive em cadeira de rodas.
Fizeram uma entrevista comigo e com a Gi, filmaram as adaptações que precisamos fazer aqui em casa e também eu postando no blog, o início deste post aqui. Até a Belinha, nossa gatinha, foi filmada. Acho que ficou bacana, apesar de que acho que falei pouco do blog, mas o suficiente: como começou, qual o objetivo e os principais assuntos que abordo aqui, como os problemas da cidade, lugares que não são adaptados e característica de carros para deficientes. A repórter, Luiza, me deixou super à vontade e conduziu tudo com profissionalismo.
Depois fomos pra uma choperia, a Exclusivo (Contorno, 8863), para avaliar a acessibilidade do lugar. Fui recebido lá pelo dono, o Luciano, que foi muito simpático e me falou sobre as adaptações que fez por lá, como um banheio exclusivo pra deficientes, fundamental para termos mais privacidade e conforto. A entrada tem um pequeno desnível com a calçada, porém é toda em forma de rampa, e ainda com antiderrapante.
As mesas também são adequadas, os pés são amplos, apesar de centrais, e dá pra entrar com a cadeira até encostar na mesa. Esse detalhe é importantíssimo, pois se os pés não forem separados o suficiente, não dá pra entrar com a cadeira e somos obrigados a ficar de lado pra alcançar as coisas, e é especialmente complicado pra comer. O ideal é ter pés paralelos, mas se for central, como da foto abaixo, precisa ter espaço entre as bases pra entrar com os pés.
O banheiro de lá é que me impressionou, totalmente adaptado, tem bastante espaço pra girar a cadeira lá dentro e tudo está ao alcance. Um exemplo a ser seguido.
Espero que a reortagem fique legal, e sirva pra estimular os donos de estabelecimentos a adaptar tudo, pois assim ampliam o leque de clientes e agem com responsabilidade social!
Aproveito para avaliar outros lugares que estive recentemente:
Piu Pizza (Rua Curitiba, 2154) - a entrada fica no nível da calçada e as mesas de pés paralelos, fáceis de entrar. Na mesma rua há uma vaga pra deficiente, mas meio longe da pizzaria. As mesas ficam um pouco juntas, mas há um corredor na lateral que permite ir até o fundo. Porém, não tem banheiro acessível, e pra piorar eles ficam na parte de cima, tem que subir escada. Se a pessoa tem alguma dificuldade de andar, já complica. Mas a pizza de lá é uma delícia, e a adega de vinhos bem completa.
Fabbrica Spaghetteria (Rua Felipe Santos, 27) - outro que fica no nível da calçada, mas as mesas não são boas, tem que ficar um pouco de lado pra chegar perto, mas movimentando a mesa resolve. Tem banheiro adaptado e exclusivo pra deficientes. As massas de lá são ótimas, na última vez comi uma Fritatta, uma espécie de omelete com espaguete no meio, uma delícia. Tomamos um vinho chileno muito bom, Terranoble.

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