domingo, 23 de março de 2014

Cuidador para cadeirante

Grande exemplo de cuidador "gente boa" no filme "Intocáveis"
As limitações que uma deficiência trazem são únicas para cada pessoa, o que causa um grau maior ou menor de dependência. Geralmente tetraplégicos tem maior dependência do que paraplégicos, mas mesmo isso varia de caso para caso e há tetraplégicos totalmente independentes. Mas há deficiências que, por suas características próprias, demandam acompanhamento constante. Quando o deficiente tem uma limitação severa, ele precisa de ajuda todos os dias, muitas vezes até mesmo para sair da cama. Em um caso assim, é fundamental contar com alguém para ajudar na manhã seguinte, senão a pessoa nem da cama sai. A família geralmente é a solução, porém é muito complicado para qualquer um hoje em dia parar toda a rotina para cuidar de alguém. As pessoas precisam trabalhar, sair, viajar, e não dá para ficar "por conta". O que acontece muitas vezes é o "revezamento", cada um dedica parte do dia ao cuidado. Ou então o companheiro (a) faz as vezes de cuidador. Mas e quando há imprevistos? Não dá para depender disso. Nestes casos, a solução é contratar um cuidador.
Minha "cuidadora" é minha mulher!
Mas contratar um cuidador não é tarefa fácil, é preciso ser alguém com experiência, pois dadas as limitações em questão, muitas vezes é necessário até conhecimentos de enfermagem ou medicina. É preciso ser alguém de confiança, pois vai passar muito tempo na casa da pessoa, vai lidar com momentos íntimos, sem contar a possibilidade de abuso, que infelizmente ainda existe. Às vezes o fator confiabilidade pesa muito mais que a experiência. Então, como contratar alguém? Quantos contratar para ter a segurança de ter alguém 24 horas? Quanto pagar? E até mesmo, como viajar de férias ou a estudos e levar alguém que dê segurança tendo tão grande dependência? Estas perguntas são individuais e dependem das necessidades de cada um. Nunca precisei de cuidador, mas o que percebo é que muitas vezes as pessoas contratam por indicação, já que o fator confiança é importante. Mas nada impede de encontrar aquela pessoa que vai encaixar com nossas necessidades. Só tem que procurar, e dar um pouco de sorte.
Esses dias tive contato com dois cadeirantes, um homem e uma mulher, com este mesmo problema, contratar um cuidador. E os dois moram sozinhos. Ele tem 25 anos, mora em Aracaju e tem uma deficiência chamada Artroghiphoses, que impede que alguns músculos se fortaleçam e encurta certos tendões dos membros, é uma doença que possui várias "versões" e a dele afetou os membros superiores e inferiores. Ele não tem o desenvolvimento dos músculos que o ajudem a levantar o braço para lavar a cabeça por exemplo e a mão não consegue esticar toda, na verdade o tendão a puxa para baixo e suas pernas já sofreram certas e longas cirurgias para melhorar sua forma. Hoje ele conta com um cuidador, e está em busca de outra pessoa. O e-mail dele é oscarlwr@gmail.com, se alguém souber de alguém, entra em contato.
Aline é de BH e precisa de cuidadora
Ela se chama Aline, tem 35 anos, mora em Belo Horizonte e é Jornalista, Relações Públicas e Especialista em Marketing (uau, quanta coisa); ela sofreu lesão medular nas vértebras C4, C5, C6 por acidente automobilístico há quatro anos e dois meses; tem pouca mobilidade física, e usa cadeira motorizada. Ela precisa de cuidados 24 horas por dia, na realização das atividades do dia a dia como higiene pessoal, auxilio na higienização do apartamento e das cadeiras, cama hospitalar, roupas além dos cuidados com a alimentação. Os cuidados se estendem no acompanhamento médico. Ela conta hoje com duas cuidadoras no regime 24 x 24 horas, e está em busca de uma substituta para uma delas, que sai em maio. As peculiaridades da lesão medular como cateterismo e transferência são ensinadas por ela.
Como já percebi que muitos posts do blog servem como ponte de contato entre pessoas, sugiro que quem tiver interesse no assunto, que esteja precisando de um cuidador ou que seja cuidador oferecendo seus serviços, dê o contato nos comentários, dizendo de que cidade é. Se você sabe do contato de alguém de confiança, pode deixar também. Ou então, se não quiser que fique exposto, envie para o e-mail do blog (blog.cadeirante@gmail.com), terei prazer em colocar as pessoas em contato.

quarta-feira, 12 de março de 2014

TCC - Acessório para carro adaptado

O que pode melhorar?
Um grupo de alunos da disciplina Desenvolvimento de Produtos do 6º período de Engenharia de Produção do Instituto Metodista Izabela Hendrix está fazendo uma pesquisa  para a criação de um acessório para carro com foco no público portador de necessidades especiais.
Uma das integrantes é minha amiga e ela pediu que eu usasse o blog para ouvir a opinião de vocês.  
Assim, galera que puder contribuir, bota a boca no trombone... quem sabe não vira realidade a partir deste trabalho escolar?
Responda: 
Que acessório poderia ter no seu carro e que facilitaria a sua vida? Pense em algo que não exista no mercado.

sábado, 8 de março de 2014

Mini Bike E5

Mini ergométrica portátil!
Desde que conheci a Krankcycle, apresentado pelo meu amigo Gregori, fiquei apaixonado pela ideia de poder fazer exercício em casa quando quiser e o quanto quiser. Mas a Krankcycle tem um pequeno defeito: o preço, mais de cinco mil reais. Desde então eu tenho pesquisado alternativas mais baratas para fazer exercício sem ter muito trabalho. Ou dar trabalho para alguém.
Nunca fui muito fã de academia, acreditava que fazendo esportes eu tinha muito mais prazer e o mesmo efeito. E o meu esporte preferido era a bicicleta, pela liberdade que ela proporciona. Quando virei cadeirante e descobri a handbike, acreditei que era a alternativa para minha sede de exercícios. E realmente é, só que não é tão simples para usar. Por ser muito baixa, é difícil a transferência e ainda corre mais risco na cidade por ser mais difícil de ser vista pelos motoristas. Por isso, prefiro utilizar ciclovias ou estradas mais vazias, só que aqui em BH é preciso pegar o carro para encontrar uma boa ciclovia. De onde moro, a mais próxima está há uns dez quilômetros. Assim, o uso da handbike fica restrito aos fins de semana.
Fazendo exercício no conforto de casa
E depois de muito procurar finalmente descobri uma alternativa bem mais barata que a Krankcycle: a Mini Bike E5. É uma mini ergométrica portátil que pode ser utilizada com as pernas ou com as mãos, no chão ou em cima de uma mesa. Ou até em um sofá, por ser pequena pode ser utilizada em vários locais. Eu prefiro utilizar no sofá, pois além da força com os braços para pedalar, é preciso forçar o abdômen para manter o corpo ereto. São dois exercícios em um!
Ah, mas o melhor guardei para o final. O preço! Encontrei essa Mini Bike à venda no Walmart por 219,00 reais! Bem mais em conta que o Krakcycle, não é? E cumpre o que promete, a Gi, minha esposa, coloca no chão e pedala por quinze minutos a meia hora, e eu coloco em cima do sofá e faço meus exercícios! Ela conta ainda com um visor de LCD que mostra diversas informações sobre o exercício feito, como tempo, distância percorrida, número de pedaladas e calorias consumidas. Isso é importante para estabelecer metas, como pedalar quinze minutos ou mil pedaladas por dia. Estou curtindo muito a Mini Bike, fiz um vídeo mostrando ela em ação, curtam abaixo!

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