domingo, 28 de fevereiro de 2010

Cadeirante na caminhada

Ontem de manhã participei da 1ª Caminhada Ecológica da Gasmig, realizada no Parque das Managabeiras, aqui em Belo Horizonte. Apesar de parecer meio surreal um cadeirante participando de uma caminhada, na minha opinião é aí que está a inclusão. É claro que não fui lá pra caminhar, mas pra participar do evento, encontrar os colegas de trabalho fora do ambiente da empresa e desfrutar de uma bela manhã de sábado ao ar livre, no meio da natureza, e passear pela parte plana do parque. E ainda havia o atrativo da programação informal pós-caminhada: hidratação com "suco de cevada" e recuperação de calorias na churrascaria do mercado do Cruzeiro (o problema é que eu não perdi muitas calorias...).
Na hora da caminhada minha ideia era rodar pelo parque, que é imenso e tem muitos lugares planos e bacanas, e depois esperar o pessoal chegar em um dos vários quiosques e mesas à sombra de árvores. Mas mesmo não tendo ido pra participar ativamente da caminhada, um dos instrutores insistiu em me levar até um mirante, que dizia ele ser "pertinho", logo no início da caminhada. Mesmo sendo mineiro me esqueci que nossos padrões de distância são diferentes do resto do Brasil, pois perto de mineiro nunca é menos de cinco quilômetros e aceitei a idéia de ser levado pelo caminho inicial: uma estradinha de pedra fincada. O cara foi empurrando a cadeira empinada com duas pessoas puxando pela frente.
Nos primeiros metros achei tranquilo, o pessoal fez piadinha, e eu já estava pensando em alugar a cadeira a 50 reais o minuto, já que tinha gente pensando em entregar os pontos. Mas à medida que o instrutor começava a bufar, o pessoal que puxava na frente se revezava e a cadeira trepidava cada vez mais, percebi que o mirante não estava tão perto assim e a ideia de ir até lá estava se mostrando um verdadeiro programa de índio. Adequado, dado o ambiente de mata, mas não seria agradável pra todo mundo, nem pra mim. Feliz com a meia caminhada carregada, resolvi voltar dali, e outro instrutor voltou com a gente.
Aí fizemos o que me propus desde o início: ficamos nos quiosques tomando água de côco, comendo milho verde e conversando com as mulheres que ficaram pra tomar conta de filhas pequenas. E depois que o pessoal chegou fomos pra churrascaria.
Achei um grande barato o evento, é muito importante essa integração entre funcionários, ainda mais despertando o pessoal para atividade esportiva, lazer e integração com o meio ambiente. São ações assim que tornam a empresa um lugar bom para se trabalhar.
Quanto ao parque, tem estacionamento próprio, acesso para cadeira de rodas, rampas para todos os lados e banheiros adaptados. Vale a pena conhecer e rodar ao ar livre, saindo um pouco da loucura da cidade e do ambiente de prédios e ruas que presenciamos todo dia. E pra namorar também é uma boa pedida!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Levando bronca


Ontem falei com Andrezza (minha agora ex-fisioterapeuta fashion) e levei bronca. Devido ao novo ritmo de vida, tive que parar com a fisioterapia e nem tenho ficado de pé. Até que tenho ficado, mas só uma vez por semana e olhe lá, porque chego tão dolorido em casa que não aguento me levantar do sofá. Mas a bronca da Andrezza foi pelo progresso perdido com a falta de fisioterapia, afinal eu estava começando a dar pequenos passos e estava melhorando bastante o controle do tronco. E deixar de ficar de pé, como eu mesmo alertei aqui no blog, é imperdoável.
Mas me redimi e fiquei quarenta minutos de pé no mesmo dia, e senti que a pior consequência foi o enrijecimento do corpo. E aumento das dores nas articulações. Toda manhã eu faço quarenta minutos de mobilização passiva, que alonga o corpo, mas só volto a fazer algum tipo de alongamento à noite, na hora de dormir.
Portanto o mínimo que passarei a fazer agora é voltar a ficar de pé três vezes por semana e tentar fazer mais alongamento durante o dia. Fica brava não, viu Andrezza?

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Profissões para cadeirantes

No outro blog que tenho (pra escrever bobagens) relacionei as profissões inadequadas e as mais indicadas para cadeirantes. Como já faz um tempo e o outro blog não emplacou tanto quanto este, resolvi repetir aqui o post:

Os deficientes físicos em geral estão sempre batalhando para ter seu lugar ao sol, conseguir um bom emprego e se incluir na sociedade, além de se sentir útil e capaz. O governo reserva cotas em concursos públicos, grandes empresas também são obrigadas a contratar, mas não adianta: há profissões que são impossíveis de ser exercidas pelos cadeirantes. Por exemplo:

- Comediante de "stand up comedy", ou comédia em pé - a não ser que o cadeirante crie uma nova categoria, "sit down comedy", mas acho que não faria sucesso, pois o costume é o cara contar as piadas de pé.

- Carteiro - imagina sair por todas as calçadas desniveladas da cidade numa cadeira de rodas, e mesmo se for numa cadeira motorizada, é impossível passar em muitos lugares. E o pior, não dá pra fugir correndo dos cachorros bravos.

- Policial - se já é difícil correr atrás de ladrão a pé, imagina em uma cadeira de rodas. A não ser que o policial cadeirante tenha uma cadeira turbo, de preferência blindada.

- Guia turístico (em ambiente externo) - experimenta tentar mostrar as pinturas rupestres na caverna em uma cadeira de rodas, experimenta! Ou qualquer outro monumento desses cheios de escadas...

- Aeromoça (ou aeromoço) - Se entrar no avião já é difícil, imagina circular com um carrinho. Pior seria explicar aquele negócio das máscaras caíndo, o que ia dar de gente esticando o pescoço pra enxergar...

Por outro lado, alguns empregos deveriam ter prioridade absoluta pra cadeirantes, pois são bem adequados a quem fica sentado, como por exemplo:

- Passeador de cachorros - tem a vantagem de ser puxado pelas ruas sem fazer esforço. É só usar um dispositivo para controlar a direção, tipo aqueles que puxavam carruagem, se puxar de um lado os bichinhos viram, ou como este aí de baixo, mais sofisticado pra encarar a terra.

- Office boy - tem preferência nas filas de bancos. Só isso já é uma super vantagem, mas quem não vai gostar são os velhinhos da fila de prioridade, que vão ter que esperar o office-cadeirante resolvendo aquele monte de pagamento e conta de tudo que é tipo.

- Apresentador de jornal ou de programa de entrevistas - afinal de contas, a gente nem sabe se eles estão de cueca, pelados ou se tem perna mesmo, nunca saem de trás daquela mesa.

- Papai Noel de Shopping - outro sujeito que fica sentado o tempo todo, e deve ficar com a bunda doendo, coisa que o cadeirante tá acostumado. De preferência com uma mamãe noel como essa aí de baixo.

- Guia Turístico de museu - isso sim é emprego pra cadeirante, tudo plano, corredores largos, e ainda pode pedir pros turistas empurrarem a cadeira de rodas enquanto ele vai falando.
Agora cadeirante nenhum pode reclamar de falta de emprego, é só procurar nos lugares certos. Já tô até vendo a fila de cadeiras de rodas nas seleções de papai noel no fim do ano...

E como recordar é viver aí vão mais dois posts que fizeram sucesso no outro blog:
http://lesadoemeio.blogspot.com/2009/04/dez-motivos-para-ficar-com-um.html
http://lesadoemeio.blogspot.com/2009/04/dez-vantagens-de-ser-cadeirante-e-ficar.html

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Stilo Dualogic


Nem sempre fui muito criterioso para fazer compras, principalmente se tratando de carro, eu era extremamente levado pelo lado emocional. E convenhamos, carro é um produto com forte apelo emocional. Mas desta vez, apesar de não parecer, já que comprei um carro vermelho, com design levemente esportivo, a decisão foi extremamente criteriosa. Tomada através de comparativo item a item, pesando prós e contras, vantagens e desvantagens. E coincidiu com a decisão emocional.
E quando o assunto é compra de carro, alguns pontos devem ser considerados: equipamentos, preço, concorrentes, manutenção, consumo e preço de revenda. No fim das contas, o desafio é encontrar o melhor custo/benefício. Mas não tem jeito, o componente emocional entra no meio, seja na preferência por marca, por design ou por modelo mesmo.
Os comparativos que faço são simples: em primeiro lugar itens de segurança, depois itens de conforto e beleza e em seguida tecnologia. Ao decidir a compra do meu carro defini os itens mínimos obrigatórios: air bag duplo, freios ABS, som com MP3, ar condicionado, direção hidráulica, rodas pelo menos aro 15" e seria um hatch. Não gosto de sedan, apesar de ser bom pra cadeirante por causa do porta-malas maior. Lá vem o lado emocional... E tinha que ser automático.
Mas vamos aos fatos. Concorrentes (à época - final de 2007): Astra, Focus, Peugeot 307, Golf e correndo por fora o Corolla (único sedan que considerei). O Peugeot automático disponível na época ultrapassava os 60 mil reais de isenção, então foi eliminado. Os outros, coloquei lado a lado e foi goleada do Stilo. Itens de série, chega a ser covardia. Ele tem porta-luva refrigerado, regulagem elétrica de farol, piloto automático, e por aí a fora vai. Tecnologia também, ninguém segura. Dois computadores de bordo completaços, mycar com várias funções, som com MP3, bluetooth pra celular, entrada USB e pra I-pod. Mas perdia feio no motor, tem só 114 cv e é de tecnologia ultrapassada. O desgin não era tão atual, mas na época o Focus era o antigo, o Golf também era bem ultrapassado, o Astra então...
No fim das contas, a opinião de um proprietário 100% feliz: foi a melhor escolha sem dúvida alguma. O carro é excelente na estrada, estável demais, é muito macio de dirigir na cidade (a direção eletro-hidráulica é um espetácuilo), é econômico (8,5 km/l cidade e 13,5 na estrada). Apesar do design ultrapassado, ainda vira muitos pescoços por onde passo. E apesar de quase dois anos de uso, me sinto dentro de um carro zero, nenhum ruído interno, nenhum sinal de desgaste. E o porta-malas me satisfaz: 380 litros, cabe a cadeira com bastante bagagem (principalmente agora que a cadeira é menor!).
Mas se eu fizesse o comparativo hoje, o resultado seria outro. O Focus está arrebentando em design e tecnologia embarcada. O Peugeot 307 hoje é viável, pois o limite aumentou. E ainda tem o C4, outro primor de tecnologia e design. Se a Fiat não lançar o Bravo logo, meu próximo carro vai ser de outra marca.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Toyota Corolla

Casa de ferreiro, espeto de pau. Esse ditado faz sentido mesmo. Estive revendo minhas avaliações e percebi que não avaliei os carros que tenho mais experiência: os que tive e os que minha família teve. Acho que por medo de ser tendencioso, ou por deixar pra depois mesmo, mas resolvi agora dar meu parecer sobre alguns deles, começando pelo Corolla, carro que meu pai comprou zero em 2008 (mas é a versão antiga) e vendeu ano passado pra minha irmã, e que tive a oportunidade de dirigir na Reatech ano passado (a versão nova). E foi um dos que quase comprei (mas perdeu pro Stilo no comparativo que fiz).
O Corolla começa com uma imensa vantagem do ponto de vista de um cadeirante: facilidade para entrar e trava da porta arredondada. Essa trava da porta é uma briga que venho comprando. Pra quem é alto é fundamental que seja arredondada, pra não machucar as costas. Enfim, a porta do Corolla é bem grande e ninguém corre o risco de rasgar as costas na porta. O espaço interno também é generoso. Característica essencial de um carro médio.
A posição de dirigir agrada a grande e pequenos.
Ainda no quesito espaço, a versão mais nova do Corolla ganhou espaço no porta malas, são 470 litros (acho que eram 430). Na antiga cabe até mesmo a cadeira de roda tipo "X" e sobra espaço pra bagagem, na nova então o cadeirante tem espaço de sobra.
Debaixo do capô uma prova da eficiência dos japoneses na potência do motor 1.8: 136 cv, absurdos 22 cavalos a mais do que o motor de mesma cilindrada da Fiat, por exemplo. Mas essa potência se faz necessária para puxar os 1260 kg do carro vazio. O câmbio automático não é dos melhores, engasga muito e é indeciso, mas em viagens é confortável.
O Corolla desanima é na hora de estacionar. Seus 4,54m não cabem em qualquer cantinho e nessas garagens estreitinhas de hoje em dia dá pra passar boas horas de raiva tentando manobrar pra entrar na vaga. Por incrível que pareça, 
Mas não é a maior desvantagem. No bolso pesa mais na hora do abastecimento. Por ser pesado, ter câmbio automático e motor potente, não dava pra ser diferente, o danado é beberrão. No dia a dia ele faz em torno de 6km/l e olhe lá.
O Corolla XLi automático custa a partir de 65.010,00 e oferece bom pacote de equipamentos como ar condicionado, direção eletroassistida, computador de bordo, som com mp3 e outros.
No fim das contas, considero o Corolla um dos melhores carros para um cadeirante. Pena que é carro de tiozão.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Rodas novas

Como diz o ditado, quem não chora, não mama... Na sexta feira passada chegou pra mim sem custo nenhum um par de rodas soft roll novas, depois que reclamei com a Ortobrás do desgaste prematuro das que vieram na M3 que adquiri há pouco mais de três meses, como relatei neste post.
Quando chegou minha cadeira não veio nenhum certificado de garantia, mas o código de defesa do consumidor garante um mínimo de três meses contra defeitos de fábrica em qualquer produto adquirido no território nacional. De qualquer forma, a empresa foi rápida na resposta e solução, se desculpou pelo inconveniente e prometeu investigar o motivo do desgaste prematuro, já que estas rodas são importadas e geralmente tem boa durabilidade. Fica aqui meu agradecimento à Ortobrás.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Reportagem para o icarros

No dia 16 de janeiro, como comecei a contar há dois posts, estive na Cavenaghi em São Paulo para conhecer as últimas novidades em adaptações, mas o principal motivo para ir à famosa loja foi o convite do jornalista Rodrigo Ribeiro para testar algumas adaptações em carros e contribuir para uma matéria no site icarros, que faz parte do UOL. Ele havia lido alguns posts sobre carros que fiz aqui no blog e achou que eu podia ajudar, olha que honra! E ontem a reportagem entrou no ar. Confiram clicando aqui.
Fiquei muito satisfeito com o convite, sempre fui apaixonado por carros, sempre li muito sobre isso, tive a oportunidade de dirigir dezenas de modelos antes de ficar paraplégico, e mesmo depois disso já contabilizo sete modelos, com quatro tipos de adaptações diferentes. Com este interesse e experiência, desenvolvi um olhar crítico sobre o tema, e sempre que posso ajudo parentes e amigos a decidir sobre suas aquisições, e aqui no blog dou também meus pitacos, desde o comparativo que fiz sobre carros para deficientes até a matéria que saiu ontem. Lá tive a oportunidade de dirigir pela primeira vez um carro manual adaptado com embreagem automatizada, muito interessante o sistema. E dirigi também uma Renault Scenic automática zerinha, com adaptação CMC, que acelera abaixando a alavanca ao invés de puxando. Enfim, leiam a reportagem, ficou nota dez! Aproveito para agradecer novamente ao Rodrigo pela oportunidade. E aguardem mais matérias sobre carros e adaptações!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Blizzard!!

Conheçam a Blizzard, a mãe da M3! Pelo menos esse é o papo que corre a boca pequena... Lá na Cavenaghi (em 16/01) me admirei desta linda cadeira que estava no fundo, sem muito destaque, mas que tinha uma boa semelhança com a M3 (a regulagem das rodas traseiras é quase igual). Procurei saber do que se tratava e a vendedora me informou que era uma cadeira importada da Alemanha, da fabricante Otto Bock. E o preço... quase oito mil reais. Até achei a M3 baratinha depois disso.
Entrei na internet depois e fui conhecer melhor a tal cadeira. A semelhança realmente é muito grande, e o que chama mais a atenção o eixo traseiro, uma barra multi-regulável com vários furos e com dois parafusos que prendem o eixo. Quem quiser conferir mais informações clique aqui para ir direto para a página da cadeira no site da fabricante.
Mas a grande sacada veio no fim do mês passado, em conversas com minha amiga Sandra de Petrolina, ela me passou o link para o manual da Blizzard, que explica tanta coisa sobre a cadeira que dá pra desmontar ela quase toda, e remontar, claro. É uma grande ajuda pra quem tem uma M3 e quer fazer algumas regulagens, já que infelizmente ela ainda não vem com manual (tive informações que a Ortobrás está desenvolvendo um - eeeeeee!!).
Ah, não vou me esquecer de compartilhar, é só clicar aqui!!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Avanço nas adaptações

No dia 16 de janeiro estive na Cavenaghi em São Paulo para saber das últimas novidades em acessibilidade. E tem muita coisa boa vindo por aí.
Uma das adaptações que achei interessante é pra acomodar a "carga" cadeirante em vans. O elevador de cadeira de rodas todo mundo já conhece, eu mesmo fiz um teste e uma reportagem para a Record de BH mostrando o Táxi Acessível, um Doblo com esta adaptação. É um sistema complexo, seguro, todo automatizado, mas tem alguns inconvenientes do ponto de vista de quem adapta um carro destes: é caro e muito pesado, interferindo no equilíbrio do carro, sendo necessário alterar as suspensões em alguns modelos. Mas lá na Cavenaghi vi um sistema muito mais simples e barato: uma rampa adaptada junto a um rebaixamento do assoalho do carro.
Este tipo de adaptação pode animar quem tem vontade de oferecer este serviço diferenciado e tem medo de não conseguir recuperar o alto investimento de um elevador. Oferece a mesma segurança, pois tem as travas reguláveis que seguram a cadeira ao chão e ainda a rampa, depois de fechada, também dá proteção à cadeira, como podem ver na foto abaixo.
É mais uma opção para adaptar vans e oferecer serviço de Táxi Acessível para os milhares de cadeirantes que dele tanto necessitam.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Primeiro perrengue

Todo mundo sabe que vida de cadeirante é uma luta a cada dia, que sempre surgem novos obstáculos, mas nunca estamos preparados pra todos eles. Ontem passei o maior perrengue do ano (até agora): trocar o pneu do carro. E o pior, no horário de almoço, precisando voltar logo pro trabalho.
Triste é admitir que a culpa foi minha, fiz uma curva fechada mais fechada do que devia e a roda traseira pegou em cheio na quina da calçada, na hora já ouvi o ar saindo. Ainda bem que estava perto de casa. Parei na garagem e desci pra ver a situação: o pneu lá embaixo. Subi pra almoçar, comi rapidinho e, pra amenizar um pouco minha situação, pedi minha empregada (Zélia) pra me ajudar na tarefa inglória, mas não quer dizer que eu não conseguiria sozinho, mesmo porque a força e a técnica foram por minha conta.
Infelizmente essa não é a roda do meu carro - ainda
Fui pegar o estepe (nunca tinha sido usado, que dó) e descobri o lado ruim da minha tara por rodas grandes e largas (sem sacanagem, heim): o peso. As rodas do meu carro são aro 16 e 205 de largura (lindas, lindas) mas pesam pra caramba. Zélia pegou de um lado e eu com a cadeira travada e meio sem jeito do outro, joguei no meu colo e passamos pro chão. Aí peguei as ferramentas que ficam junto com o macaco embaixo da roda, também bem pesadinhos, e comecei a troca, essa tarefa que nós homens tão bem entendemos e vocês mulheres tanto desconhecem... (brincadeira heim...)
Para destravar as porcas, ainda mais pela primeira vez, muitas vezes é necessário uma "pisada" na chave de roda, já que elas ficam muito firmes. Não teve jeito, coloquei a chave e pedi pra Zélia usar seus quilinhos a mais (eu brinco com ela, não tô sacaneando). Depois de destravadas as quatro porcas, coloquei o macaco no lugar e levantei o carro. Felizmente nessa hora a física ajuda, girar o macaco não demanda muito esforço.
Acabei de tirar as porcas e pedi Zélia pra trazer a outra roda e substituímos. Coloquei as porcas e dei os primeiros apertos, desci o macaco e pedi pra ela usar os quilos mais uma vez (vou levar bronca da mulherada hoje...).
O resto foi tranquilo, só precisei de ajuda de novo pra colocar o pneu furado no porta malas (furado não, rasgado, não se fazem mais pneus com câmaras, e o prejuízo é maior...). No fim das contas o processo todo demorou só uns vinte minutos. Mas me deu uma boa canseira...

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Diminuindo a mordida do leão

Para aqueles que ficam naquela - comprar ou não comprar um equipamento ou um acessório de cadeirante - uma dica boa pra quem trabalha: a maior parte dos equipamentos ortopédicos (inclusive próteses) é dedutível no imposto de renda. E mesmo para quem não trabalha, os pais podem fazer o abatimento caso você seja dependente deles, mesmo maior de idade, se justificado por invalidez. Nos links abaixo tem mais informações, direto da página do fiscosoft, lá tem muita informação sobre isso:
http://www.fiscosoft.com.br/perguntao_irpf/2007/perg_37.html#338
http://www.fiscosoft.com.br/perguntao_irpf/2007/perg_37.html#341
Acho que agora tomo coragem pra comprar uma Roho...

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