sábado, 6 de fevereiro de 2010

Primeiro perrengue

Todo mundo sabe que vida de cadeirante é uma luta a cada dia, que sempre surgem novos obstáculos, mas nunca estamos preparados pra todos eles. Ontem passei o maior perrengue do ano (até agora): trocar o pneu do carro. E o pior, no horário de almoço, precisando voltar logo pro trabalho.
Triste é admitir que a culpa foi minha, fiz uma curva fechada mais fechada do que devia e a roda traseira pegou em cheio na quina da calçada, na hora já ouvi o ar saindo. Ainda bem que estava perto de casa. Parei na garagem e desci pra ver a situação: o pneu lá embaixo. Subi pra almoçar, comi rapidinho e, pra amenizar um pouco minha situação, pedi minha empregada (Zélia) pra me ajudar na tarefa inglória, mas não quer dizer que eu não conseguiria sozinho, mesmo porque a força e a técnica foram por minha conta.
Infelizmente essa não é a roda do meu carro - ainda
Fui pegar o estepe (nunca tinha sido usado, que dó) e descobri o lado ruim da minha tara por rodas grandes e largas (sem sacanagem, heim): o peso. As rodas do meu carro são aro 16 e 205 de largura (lindas, lindas) mas pesam pra caramba. Zélia pegou de um lado e eu com a cadeira travada e meio sem jeito do outro, joguei no meu colo e passamos pro chão. Aí peguei as ferramentas que ficam junto com o macaco embaixo da roda, também bem pesadinhos, e comecei a troca, essa tarefa que nós homens tão bem entendemos e vocês mulheres tanto desconhecem... (brincadeira heim...)
Para destravar as porcas, ainda mais pela primeira vez, muitas vezes é necessário uma "pisada" na chave de roda, já que elas ficam muito firmes. Não teve jeito, coloquei a chave e pedi pra Zélia usar seus quilinhos a mais (eu brinco com ela, não tô sacaneando). Depois de destravadas as quatro porcas, coloquei o macaco no lugar e levantei o carro. Felizmente nessa hora a física ajuda, girar o macaco não demanda muito esforço.
Acabei de tirar as porcas e pedi Zélia pra trazer a outra roda e substituímos. Coloquei as porcas e dei os primeiros apertos, desci o macaco e pedi pra ela usar os quilos mais uma vez (vou levar bronca da mulherada hoje...).
O resto foi tranquilo, só precisei de ajuda de novo pra colocar o pneu furado no porta malas (furado não, rasgado, não se fazem mais pneus com câmaras, e o prejuízo é maior...). No fim das contas o processo todo demorou só uns vinte minutos. Mas me deu uma boa canseira...

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