quinta-feira, 10 de junho de 2010

Estou a pé, ou melhor, a roda

Essa semana, pela primeira vez desde que voltei a trabalhar, fiquei sem carro, pois deixei o bólido pra arrumar o para-choques traseiro, que foi acertado por um roda dura aqui em BH. Esse caso me deu trabalho, o cara era funcionário de uma loja de piscinas e o dono encrencou pra pagar o prejuízo, tive que recorrer ao juizado de pequenas causas e, óbvio, ganhei. Consegui receber e terça feira deixei o carro pra arrumar, aproveitei e pedi pra tirar todos os arranhões na pintura. Aqui vai uma observação: carro de cadeirante fica arranhado mesmo, não tem jeito. A porta traseira do meu carro já estava que nem cartolina que a gente dá pra criança: toda rabiscada por causa das montagens de cadeira. E ainda tinha um amassadinho que causei numa dessas. Mas mesmo sabendo que vou acabar arranhando de novo, não resisto a deixar o carro sempre novinho, e mandei arrumar assim mesmo.
E na terça à noite começou a aventura: fui pra casa de ônibus sozinho. Na chegada do busão já rolou stress, o motorista parou longe e a rampa ficou muito baixa, além de não abaixar a aba de segurança. Já tive que pedir ajuda a um senhor que estava no ponto pra segurar a cadeira enquanto eu "pulava" pra plataforma. O processo demorou um pouco mas consegui entrar, pedi ao trocador pra parar três pontos depois (moro perto do trabalho, mas ir rodando não rola porque tem morro). Na saída foi tranquilo, mas parou em um lugar sem rampa pra calçada, tive que pedir ajuda de novo pra subir.
E aí começou a pequena luta pra chegar em casa, tive que dar a volta no quarteirão pra não pegar uma subida íngrime, e a calçada é muito ruim. Além dos buracos, tem muito desnível. Mas fui assim mesmo, devagar mas com segurança. Rodei uns 200 metros, mas foi osso, cheguei em casa com o ombro e o peito doendo muito. Ontem vim de ônibus de novo, na vinda a Gi vem comigo e é mais tranquilo, apesar de pegar um baita morro na porta do prédio. Mas à noite fui embora de táxi, eu já estava dolorido e não quis piorar a situação. Hoje eu comecei a vir de ônibus, só que pegamos o errado, que entrou numa avenida inesperada e tive que descer pra pegar um táxi e acabar de chegar no serviço. Que dureza! Felizmente meu carro fica pronto hoje, e espero não ficar "a roda" de novo tão cedo.
Dedico esse post aos cadeirantes que enfrentam as ruas no braço, pegam ônibus pra todo lado e sofrem com a falta de acesso a prédios e casas. O negócio não é fácil não, tem que ser guerreiro!

4 comentários:

  1. Quando a gente nao tem o carro,nao sente tanta falta,porque nao vai sentir falta de algo que nunca teve.
    rs
    Mas depois que compra um carro e começa a rodar,ficar sem ele e muito dificil.
    Boa sorte nessa aventura,meu amigo.

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  2. Ficar sem carro é mesmo uma m e depender de ônibus, então...
    Agora, para um cadeirante, imagino que as dificuldades sejam triplicadas. Tem mesmo que, como diz você, ser guerreiro.
    Parabéns prá você, que é um guerreiro e tanto!

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  3. Alguém pode me ajudar?

    Tenho carro adaptado, ando para lá e para cá e não consigo ainda desmontar minha cadeira e guardá-la sozinho dentro do carro. Acho minha cadeira muito pesado (16 kg) e já tentei desmontá-la sozinho para guardála no interior do carro e não consegui. Ela é aquela que desmonta em forma de X. Qual é a melhor opção para facilitar minha vida em?

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  4. MEU NOME É ANGELA TENHO UM SOBRINHO TETRAPRÉGICO PRECISCADEIRA DE RODAS MOTORIZADA ARA ELE..NOME DELE LEANDRO PINHEIRO DIAS
    GENTE QUEM PUDER E QUISER NOS AJUDE AÍ
    COM DOAÇÕES ,NÃO IMPORTA A QUANTIA....
    CAIXA ECONOMICA FEDERAL
    LEANDRO PINHEIRO DIAS
    CONTA POUPANÇA:OOO15291-6
    AGêNCIA:4146.013
    MORAMOS EM PETRÓPOLIS
    NOS AJUDE QUEM PUDER
    TEL ..PARA CONTATOS
    92735235
    ELE FICA INTERNADO NO HOSPITAL OSVALDO CRUZ EM PETRÓPOLIS
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    OBRIGADA

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