terça-feira, 25 de outubro de 2011

II Fórum de Acessibilidade de Garopaba

Ontem participei, por videoconferência, do II Fórum de Acessibilidade de Garopaba, em Santa Catarina, com a palestra "A pessoa com deficiência e a mobilidade urbana". Foi um convite da queridíssima Karla Garcia, que citei nesse post, que é a pessoa mais engajada que conheço com a causa da acessibilidade. Ela compra as brigas e corre atrás de melhorias no acesso em tudo quanto é lugar. Ou seja, é das minhas!
Participando do Fórum em SC, direto de MG. Ao fundo, quadro da igreja de Garopaba.
Foi muito interessante participar pela internet, eles projetaram minha imagem em um telão lá e eu via a platéia no meu computador. Para a palestra, preparei um roteiro e comecei falando da minha história, antes e depois do acidente, depois dei meu depoimento sobre a situação da acessibilidade nas cidades. Neste tópico, falei sobre as calçadas, que são despadronizadas e cheias de buracos e desníveis, mesmo nas cidades grandes. Falta cobrança dos órgãos governamentais para que os comércios mantenham as calçadas em bom estado e falta bom senso por parte dos moradores de casas e edifícios para manter a calçada acessível a todos, principalmente nas entradas de garagens, muita gente deixa ressaltos ou degraus, e o ideal é que façam uma suavização nas beiras para que seja possível passar com a cadeira sem correr perigo. Nos comércios, muitas vezes uma rampa móvel resolve, pois costumam deixar um ou dois degraus na entrada, e em um caso de necessidade basta colocar a rampa sobre os degraus para permitir o acesso.
Do outro lado da tela: participantes do Fórum em Garopaba/SC
Falei também sobre os transportes públicos, em que faltam mais ônibus adaptados nas linhas, e muitas vezes, mesmo havendo ônibus com elevador, as pessoas não sabem operar ou o equipamento está quebrado. O metrô de BH é outro exemplo ruim, não oferece acesso aos cadeirantes, que precisam de ajuda para entrar ou sair dos vagões.
Passando para o transporte particular, citei a dificuldade que é conseguir comprar um carro com isenções, pois a burocracia é muito grande e chega a ser desgastante correr atrás de toda a papelada. O processo poderia ser simplificado. Uma vez com o carro na mão, o que encontramos é muita falta de respeito com as vagas reservadas para deficientes, muita gente ainda tem coragem de parar o carro nessas vagas dizendo que é "só por um minutinho" e atrapalha demais a quem precisa.
Finalizando, falei sobre as soluções que julgo serem necessárias para melhorar este quadro, que começam pela reivindicação de quem precisa e se depara com problemas de acessibilidade e passa por políticas públicas sérias que devem ser aplicadas pelos órgãos governamentais responsáveis por garantir a todos plenas condições de ir e vir. Além disso, é importante o bom senso da população em geral, que precisa ficar mais consciente quanto à situação da acessibilidade e sempre lembrar disso em todos o lugares.
Parabenizo e agradeço à Karla pela iniciativa e aos garopabenses, que estão preocupados com a acessibilidade e buscando se informar sobre as melhores práticas e formas de atender a todos da melhor forma possível.

9 comentários:

  1. Olá Sam, muito interessante seu blog, parabéns! Sou nutricionista e também tenho um blog, onde escrevo sobre padrão de beleza, transtornos alimentares, obesidade. Passa lá e dá uma olhada caso se interessar: http://ocorpoemeu.blogspot.com
    Abraço!

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  2. Parabéns sucesso.fico feliz por ter pessoas com você Alessandro e Karla,para lutar por nós cadeirantes,porque aqui na Bahia não é diferente a falta de Acessibilidade.
    Forte abraço

    Antonio venas

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  3. Parabéns San!!!

    Assim a luta por acessibilidade fica muito mais perto das pessoas que precisam. Quanto mais cidades se preocuparem com o tema, colocarem em sua agendas essa discussão, poderemos viver a plena cidadania.

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  4. Beleza sam vim aqui deixar uma materia muito boa, não sei se vc viu o link é esse http://g1.globo.com/videos/jornal-nacional/v/pesquisa-com-celulas-tronco-pode-devolver-movimentos-para-paraplegicos/1672021/

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  5. Sam voce acha que se agente se escrever nesse hospital em salvador aonde o paraplegico esta conseguindo andar agente consegue fazer essa cirurgia de celula tronco o que acha?

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  6. Anônimo, vi a matéria sim, mas não é assim que funciona, eu já procurei saber. Eles têm um grupo de controle que já acompanham há alguns anos, escolheram 20 pacientes e aplicaram células tronco para acompanhar a evolução por dois anos, e então dar os próximos passos (aplicar em mais gente, ou não). Pode tentar, mas acho difícil. Se conseguir, me avise!

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  7. Bom dia Sam;

    Tenho como assistir a videoconferência que vc participou? Tens isto gravado em algum local?

    (vilmar.silva40@yahoo.com.br)

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  8. Oi Vidomar, infelizmente não gravamos o debate, mas no próximo fórum, se me chamarem vou dar um jeito de ir pessoalmente!

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