terça-feira, 12 de outubro de 2010

Rancho do Boi

Ontem fui com amigos no Rancho do Boi, um mega restaurante na saída de BH para o Rio. Frequento muito o lugar, e desta vez me surpreenderam as mudanças. Sempre que eu chegava, avisava na portaria e mesmo se o estacionamento de cima estivesse lotado eles deixavam eu entrar e procurar um lugar. Como as vagas são em 45º, era só colocar o carro colado no do lado e um pouco mais atrás pra dar espaço pra eu sair. O estacionamento é de pedrinhas com o meio asfaltado (ou melhor, mal asfaltado), de forma que a cadeira agarrava um pouco ao sair do carro mas depois rodava melhor pelo asfalto.
Mas dessa vez reservaram duas vagas pra deficiente. Só reparei isso na saída, pois quando cheguei haviam dois carros lá (não sei se eram de deficiente mesmo...). Chegando ao restaurante, há uma subida, depois uma reta plana, e aí vem uma pontezinha, que passa por cima de uma lagoa artificial. Não é muito íngrime, a Gi sozinha sempre consegue me empurrar numa boa e na descida também é fácil frear. Só que dessa vez logo que cheguei à primeira subida apareceu um funcionário se oferecendo pra empurrar a cadeira, principalmente por causa das subidas e descidas. A Gi aceitou, claro.
Chegamos na reserva de mesas e me lembrei de um episódio que passei lá que beirou o ridículo. Estava lotado, cheguei pro cara que fazia reservas e pedi pra incluir meu nome, e dar uma preferência pra conseguir uma mesa. Sabe o que o cara teve coragem de dizer? "Não precisa de preferência, afinal você está sentado". Foi uma daquelas situações em que a gente se controla pra não ser grosso, respondi que independente de estar sentado ou não minha deficiência me causa muitas dores e precisava de prioridade. Fosse hoje, eu soltava um "então vamos trocar de lugar, seu fdp".
E até nisso o lugar, felizmente, mudou muito. O cara que me empurrava já mobilizou outros dois e me passaram na frente, e em dois minutos eu já estava na mesa. Felizmente a consciência chegou naquele lugar, pois adoro as carnes e o ambiente de lá, apesar de tocar algumas músicas sertanejas de vez em quando...

Um comentário:

  1. como é bom o respeito pelo direito do cidadão.Bom saber que eles responderam as diferentes necessidades.
    A propósito,vcs formam um casal lindo.

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